Notícia ‘Sabotador’ de freios de frota de carros é descoberto por meio de DNA

Um parque ecológico na Espanha passou por um sério problema. Durante meses, os técnicos encontraram cabos do ABS cortados em mais de um veículo da frota da Cantur, empresa que administra o parque. Várias teorias foram criadas e até mesmo a possibilidade de sabotagem interna foi levantada. O ocorrido levantou preocupação com a segurança e controle do parque, para, no final, o grande vilão da história ser apenas uma marta, um mamífero local semelhante a uma Fuinha.

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Desvendando o mistério


A Cantur instalou diversas câmeras de vigilância adicionais e manteve alguns veículos como isca para descobrir a identidade dos sabotadores. Para a surpresa de todos, uma das câmeras mostrou uma pequena marta embaixo dos veículos.

Mesmo sem registros concretos do animal roendo os cabos, a análise de DNA em vestígios biológicos comprovou que os danos tinham, sim, origem animal. A Guarda Civil concluiu a investigação e afirmou tratar-se de atos não intencionais atribuídos à fauna local, e não atos criminosos de ação humana.

Após a descoberta dos culpados, o caso ganhou uma certa simplicidade. As martas, assim como outros pequenos mamíferos silvestres, têm o hábito de entrar no compartimento do motor para proteção e aquecimento. O odor de alguns materiais pode ser atrativo para esses animais, fazendo com que eles roam cabos, mangueiras e plásticos macios.

animal selvagem marta roendo cabos de carro

Mamífero é conhecido pelo seu gosto por ‘cabos’ e compartimentos de motor (Foto: Shutterstock)

Durante épocas de acasalamento, os machos da espécie ficam mais territoriais, e o ato de roer pode estar relacionado à marcação de território. O caso não é exclusivo da Espanha; outros países europeus já tiveram relatos de casos bem parecidos.

Consequências


A situação gerou um pedido público de desculpas por parte do ministro do Turismo aos trabalhadores da Cantur, que foram acusados injustamente de sabotagem. Também serviu como crítica aos sindicatos que exploraram o caso para alimentar narrativas de instabilidade e chantagem durante negociações internas.

O ocorrido ainda chamou atenção para uma discussão cada vez mais atual: os conflitos entre fauna e tecnologia, evidenciando como a invasão humana em áreas de habitat natural pode ter um impacto imprevisível.

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