Notícia Acionistas da Tesla topam pagar US$ 1 trilhão para Elon Musk e até Papa critica

Acionistas da Tesla aprovaram, nesta quinta-feira (6), um novo e controverso plano de remuneração para o CEO Elon Musk, que pode chegar ao valor de aproximadamente US$ 1 trilhão.

A aprovação, ocorrida na sede da empresa em Austin, Texas , pode tornar Musk o primeiro trilionário do mundo , mas depende do cumprimento de metas operacionais e financeiras extremamente ambiciosas ao longo da próxima década.

O pacote é estruturado em 12 etapas e exige que o executivo eleve o valor de mercado da Tesla dos atuais US$ 1,4 trilhão para US$ 8,5 trilhões. Além da valorização das ações, o plano inclui metas de produto, como a venda de um milhão de robôs humanoides que Musk vem anunciando como sua próxima grande sacada.

Também é necessária a obtenção de 10 milhões de assinaturas pagas do software de direção autônoma da companhia.

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Robô humanoide é nova aposta de Elon Musk para a Tesla (Foto: Tesla | Divulgação)

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Este plano substitui um pacote similar de 2018, avaliado em US$ 128 bilhões, que foi anulado por uma juíza de Delaware no ano passado, que considerou o processo de aprovação “profundamente falho”. A Tesla recorre dessa decisão.

Musk, que é dono de cerca de 15% da Tesla e ameaçou deixar a empresa se o plano fosse rejeitado, agradeceu aos acionistas: “O que estamos prestes a embarcar não é apenas um novo capítulo do futuro da Tesla, mas um livro totalmente novo”, disse.

Resultado controverso


O plano foi defendido por diretores da Tesla e por investidores que o veem como uma forma de motivar o executivo. O fundo de pensão da Flórida, por exemplo, afirmou que a Tesla “conquistou o direito de usar modelos de incentivo que recompensam o desempenho extremamente ambicioso”.

A proposta, no entanto, enfrentou forte oposição de outros fundos de pensão públicos, como os de Nova York e Califórnia, além do fundo soberano da Noruega. Os críticos argumentam que o pacote concentra riqueza e poder corporativo excessivos nas mãos de uma única pessoa.

“Isso não é pagamento por desempenho. É pagamento por poder desenfreado”, disse Thomas DiNapoli, controlador do estado de Nova York. Os noruegueses citaram preocupações com o “tamanho total do prêmio, diluição e falta de mitigação do risco de pessoa-chave”.

A votação ocorre em um momento de debate acirrado sobre a desigualdade nos EUA. A aprovação do pacote de Musk aconteceu dois dias após Nova York eleger o democrata-socialista Zohran Mamdani como prefeito, com uma plataforma de taxar os ricos.

O próprio papa Leão XIV comentou o pagamento pretendido, classificando-o como um “sintoma da crescente disparidade” entre trabalhadores e ricos.

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