Quem acha que a história da Fiat com SUVs começou com Pulse e Fastback deve ter esquecido do Freemont. Tudo bem que o modelo não é um projeto original da fabricante de Turim, mas foi um dos primeiros utilitários esportivos de fato a ostentar a marca italiana.
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O Freemont surgiu de uma parceria entre Fiat e Chrysler no fim dos anos 2000, que depois virou FCA e mais de uma década depois culminou na Stellantis, o maior grupo automotivo da América do Sul. Era uma cópia de um SUV da Dodge, porém, com preços mais acessíveis.
O Freemont tinha duas diferenças em relação ao Dodge Journey: o emblema italiano e deprimente motor 2.4
Esse custo-benefício resultou em certo sucesso para o Freemont em vendas. Hoje, no mercado de usados, é opção para quem é vidrado em utilitário esportivo e precisa de um modelo espaçoso, com 7 lugares e bem equipado.
Veja 10 fatos sobre o Fiat Freemont.
O Freemont nasceu como um dos primeiros “frutos” da união entre Fiat e Chrysler, iniciada em 2009 e que formou a FCA – e que resultaria na aquisição total da montadora norte-americana pela italiana cinco anos depois.
Em 2011, a Fiat decidiu ter um SUV para chamar de seu de forma prática. Deu uma nova cara ao Dodge Journey fabricado no México: trocou os emblemas, ajustou alguns detalhes e lançou o jipão com sotaque italiano. Estava pronto o Freemont.
No Brasil, o Fiat Freemont chegou em 2012 com uma estratégia agressiva. Foi posicionado mais barato que o irmão da Dodge. Conseguiu isso graças à maior capilaridade de suas operações no Brasil e de sua rede de concessionárias, além de só vender o SUV com motor quatro cilindros – o Journey usava o V6.
O modelo começou sua jornada com duas versões, a de entrada com 5 lugares e a topo de linha com dois bancos extras. Em 2013, já como linha 2014, o Fiat Freemont trocou o câmbio de quatro marchas pelo de seis. Em 2015, o modelo deixou de ser importado com 23 mil unidades emplacadas no país.
Como dito, em vez do V6 do Journey, o Fiat Freemont recebeu o 2.4 16V, o mesmo do carro retrô Chrysler PT Cruiser. Resultado? Os 172 cv se esforçam para dar conta dos 1.850 kg do SUV.
Motor 2.4 era fraco demais para o peso do carro e isso refletia no consumo e na performance
O câmbio automático de quatro marchas dos primeiros anos de venda do modelo, impreciso em diversas faixas de rotações, só reforça a sensação de o Freemont parecer um Jumbo levantando voo. Mesmo com a evolução para seis marchas em 2014, o desempenho continuou longe de empolgar.
Ou seja, é um SUV para andar sem grandes expectativas quanto a acelerações e retomadas mais vigorosas
O peso e o conjunto mecânico cobram caro na bomba: o Fiat Freemont anota médias de 7,2 km/l na cidade e de 10,8 km/l, na estrada, segundo o Inmetro.
Se o motor e consumo decepcionam, o espaço compensa. Com quase 5 metros de comprimento e 2,90 m de entre-eixos, o Freemont é generoso com os passageiros em termos de espaço para joelhos, ombros e cabeça.
O ponto forte do Freemont estava no conforto, graças às suas medidas generosas
A segunda fila acomoda três adultos sem dramas, e os bancos ainda deslizam e reclinam. O acabamento interno é correto nos fechamentos e na qualidade dos materiais, embora inferior ao do visto no Journey.
Detalhes curiosos no Fiat Freemont: freio de estacionamento por pedal (herança de um projeto pensado para os EUA) e assentos de elevação embutidos na segunda fileira, que viram boosters para crianças.
Na versão topo de linha, Precision, o Fiat Freemont oferece sete lugares. Os assentos extras são bons para crianças ou adultos em viagens curtas – desde que não sejam jogadores de basquete ou de vôlei…
A suspensão tem calibragem macia, típica dos carros pensados para os EUA. O resultado é um SUV que “flutua” em velocidades mais altas na estrada e “quica” nos buracos das nossas ruas.
Nas curvas, porém, surpreende, com pouca inclinação da carroceria. No geral, o Freemont tem aquele famoso comportamento meio “banheirão” de utilitário estadunidense. Um carro para andar na boa, sem exageros, na cidade ou na estrada.
O Fiat Freemont tinha bom custo benefício quando 0 km e no segmento de usados sugerimos a versão Precision ano 2014, que é a mais completa. Na segurança, seis airbags, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, Isofix e sensor de ré.
Modelo oferece sete lugares, que podem ser rebatidos para ampliar o bagageiro
No conforto, ar-condicionado automático de três zonas, chave presencial, bancos dianteiros elétricos e aquecidos, volante ajustável em altura e profundidade, som com USB e Bluetooth, entre outros. Teto-solar e revestimento de couro eram opcionais.
Na KBB Brasil o Fiat Freemont Precision 2014 tem preço médio de revendedor de R$ 56 mil (valor apurado na segunda quinzena de novembro de 2025).
O motor 2.4 16V não é tão conhecido nem simples de mexer. Por isso, é importante que o dono anterior tenha feito as revisões dentro dos prazos e usado óleo lubrificante dentro das especificações recomendadas pela montadora.
Veja alguns preços médios de peças do Fiat Freemont:
Algumas queixas comuns de donos de Fiat Freemont chamam a atenção em fóruns e grupos de discussão de donos de SUVs. Entre eles, módulo do ABS com problemas e histórico de recall, além de falhas no motor de arranque, no sistema multimídia e na transmissão.
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O Freemont surgiu de uma parceria entre Fiat e Chrysler no fim dos anos 2000, que depois virou FCA e mais de uma década depois culminou na Stellantis, o maior grupo automotivo da América do Sul. Era uma cópia de um SUV da Dodge, porém, com preços mais acessíveis.
O Freemont tinha duas diferenças em relação ao Dodge Journey: o emblema italiano e deprimente motor 2.4
Esse custo-benefício resultou em certo sucesso para o Freemont em vendas. Hoje, no mercado de usados, é opção para quem é vidrado em utilitário esportivo e precisa de um modelo espaçoso, com 7 lugares e bem equipado.
Veja 10 fatos sobre o Fiat Freemont.
O clone
O Freemont nasceu como um dos primeiros “frutos” da união entre Fiat e Chrysler, iniciada em 2009 e que formou a FCA – e que resultaria na aquisição total da montadora norte-americana pela italiana cinco anos depois.
Em 2011, a Fiat decidiu ter um SUV para chamar de seu de forma prática. Deu uma nova cara ao Dodge Journey fabricado no México: trocou os emblemas, ajustou alguns detalhes e lançou o jipão com sotaque italiano. Estava pronto o Freemont.
Trajetória do Fiat Freemont no Brasil
No Brasil, o Fiat Freemont chegou em 2012 com uma estratégia agressiva. Foi posicionado mais barato que o irmão da Dodge. Conseguiu isso graças à maior capilaridade de suas operações no Brasil e de sua rede de concessionárias, além de só vender o SUV com motor quatro cilindros – o Journey usava o V6.
O modelo começou sua jornada com duas versões, a de entrada com 5 lugares e a topo de linha com dois bancos extras. Em 2013, já como linha 2014, o Fiat Freemont trocou o câmbio de quatro marchas pelo de seis. Em 2015, o modelo deixou de ser importado com 23 mil unidades emplacadas no país.
Desempenho com motor de PT Cruiser
Como dito, em vez do V6 do Journey, o Fiat Freemont recebeu o 2.4 16V, o mesmo do carro retrô Chrysler PT Cruiser. Resultado? Os 172 cv se esforçam para dar conta dos 1.850 kg do SUV.
Motor 2.4 era fraco demais para o peso do carro e isso refletia no consumo e na performance
O câmbio automático de quatro marchas dos primeiros anos de venda do modelo, impreciso em diversas faixas de rotações, só reforça a sensação de o Freemont parecer um Jumbo levantando voo. Mesmo com a evolução para seis marchas em 2014, o desempenho continuou longe de empolgar.
Ou seja, é um SUV para andar sem grandes expectativas quanto a acelerações e retomadas mais vigorosas
Consumo
O peso e o conjunto mecânico cobram caro na bomba: o Fiat Freemont anota médias de 7,2 km/l na cidade e de 10,8 km/l, na estrada, segundo o Inmetro.
Conforto do Fiat Freemont
Se o motor e consumo decepcionam, o espaço compensa. Com quase 5 metros de comprimento e 2,90 m de entre-eixos, o Freemont é generoso com os passageiros em termos de espaço para joelhos, ombros e cabeça.
O ponto forte do Freemont estava no conforto, graças às suas medidas generosas
A segunda fila acomoda três adultos sem dramas, e os bancos ainda deslizam e reclinam. O acabamento interno é correto nos fechamentos e na qualidade dos materiais, embora inferior ao do visto no Journey.
Detalhes curiosos no Fiat Freemont: freio de estacionamento por pedal (herança de um projeto pensado para os EUA) e assentos de elevação embutidos na segunda fileira, que viram boosters para crianças.
SUV de 7 lugares
Na versão topo de linha, Precision, o Fiat Freemont oferece sete lugares. Os assentos extras são bons para crianças ou adultos em viagens curtas – desde que não sejam jogadores de basquete ou de vôlei…
Dinâmica
A suspensão tem calibragem macia, típica dos carros pensados para os EUA. O resultado é um SUV que “flutua” em velocidades mais altas na estrada e “quica” nos buracos das nossas ruas.
Nas curvas, porém, surpreende, com pouca inclinação da carroceria. No geral, o Freemont tem aquele famoso comportamento meio “banheirão” de utilitário estadunidense. Um carro para andar na boa, sem exageros, na cidade ou na estrada.
Nossa dica
O Fiat Freemont tinha bom custo benefício quando 0 km e no segmento de usados sugerimos a versão Precision ano 2014, que é a mais completa. Na segurança, seis airbags, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, Isofix e sensor de ré.
Modelo oferece sete lugares, que podem ser rebatidos para ampliar o bagageiro
No conforto, ar-condicionado automático de três zonas, chave presencial, bancos dianteiros elétricos e aquecidos, volante ajustável em altura e profundidade, som com USB e Bluetooth, entre outros. Teto-solar e revestimento de couro eram opcionais.
Na KBB Brasil o Fiat Freemont Precision 2014 tem preço médio de revendedor de R$ 56 mil (valor apurado na segunda quinzena de novembro de 2025).
Manutenção do Fiat Freemont
O motor 2.4 16V não é tão conhecido nem simples de mexer. Por isso, é importante que o dono anterior tenha feito as revisões dentro dos prazos e usado óleo lubrificante dentro das especificações recomendadas pela montadora.
Veja alguns preços médios de peças do Fiat Freemont:
- Jogo com quatro pastilhas do freio dianteiro: de R$ 320 a R$ 450
- Jogo com quatro velas de ignição: de R$ 190 a R$ 280
- Bomba de combustível: de R$ 230 a R$ 400
- Kit troca de óleo (5 litros 5W30 + filtro): de R$ 240 a R$ 370
- Amortecedor traseiro: de R$ 300 a R$ 560 (par)
- Para-choque traseiro: de R$ 1.300 a R$ 1.900
- Farol direito: de R$ 920 a R$ 1.400
Principais problemas
Algumas queixas comuns de donos de Fiat Freemont chamam a atenção em fóruns e grupos de discussão de donos de SUVs. Entre eles, módulo do ABS com problemas e histórico de recall, além de falhas no motor de arranque, no sistema multimídia e na transmissão.
Recalls do Fiat Freemont
- troca da tampa de fixação do motor em carros produzidos de 2011 a 2015
- vedação do chicote do sistema ABS em modelos fabricados entre 2013 e 2015
- substituição da fiação do volante de unidades feitas entre 2012 e 2015
- atualização da central da injeção eletrônica em veículos anos 2014 e 2015
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