A ergonomia ao volante é essencial para prevenir lesões e melhorar o conforto. Confira dicas práticas para dirigir com mais saúde.
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Segundo a Fundação AAA para a Segurança no Trânsito, quem possui um carro pode passar mais de 350 horas por ano ao volante — um número ainda maior para quem mora em grandes cidades e trabalha longe de casa.
Postura incorreta pode provocar dores e até lesões sérias
A desatenção quanto à postura ao volante pode provocar danos aos músculos e ossos. No entanto, os riscos à saúde não se limitam a esses aspectos: com veículos cada vez mais conectados e a vida moderna sempre mais corrida, ergonomistas apontam para a necessidade de alinhar o tempo no trânsito com outras práticas que melhorem o deslocamento diário.
Muito além da posição ao dirigir, confira algumas dicas para melhorar a ergonomia do seu carro enquanto você dirige.
O Centro Canadense para Saúde e Segurança Ocupacional explica que há diferenças importantes entre um assento de automóvel e o de um escritório, por exemplo. No carro, os braços ficam em uma posição mais alta do que o normal, e o movimento dos pés pode causar tensões que afetam o corpo inteiro, resultando em dores na lombar e nos ombros, entre outras.
Por isso, o ajuste do assento é fundamental para evitar desconfortos ao longo do tempo. Lembre-se de que, antes de ajustar os retrovisores e afivelar o cinto de segurança, é importante configurar corretamente o banco.
Ajuste correto do banco não é complexo e melhora muito o conforto e controle direcional
De acordo com a entidade, a altura do assento deve permitir que o condutor enxergue pelo menos 3 cm sobre o volante e até o início do para-brisa. Nos veículos com ajuste de extensão do banco, deve-se deixar um pequeno espaço (de até 6 cm) entre a articulação dos joelhos e a extremidade do banco. O ângulo do assento deve ser ajustado para que as coxas fiquem bem apoiadas, sem a sensação de pressão na parte inferior das costas.
O encosto não deve ficar inclinado demais, pois isso pode fazer com que o motorista, inconscientemente, incline o pescoço e a cabeça para frente, o que pode até gerar formigamento nos braços. Para o volante, a recomendação é que ele fique a cerca de 30 cm do tórax e que o condutor ajuste o miolo para que ele mire diretamente em seu peito. Isso diminui os riscos de lesões em caso de acionamento do airbag e evita que os braços fiquem esticados — algo que deve ser sempre evitado.
Ergonomistas apontam que, além dos sistemas musculoesquelético e postural, é fundamental cuidar da visão durante a direção.
Isso é especialmente importante à noite, quando os motoristas devem evitar grandes variações de luz. Uma boa prática é ajustar o brilho da central multimídia para tornar o estímulo visual mais uniforme.
Ajuste do brilho do multimídia evita ofuscamento, principalmente durante a noite (Foto: Ford | Divulgação)
Em trechos de estrada, por exemplo, recomenda-se que as telas sejam gradualmente escurecidas para melhorar a percepção do ambiente externo, mais escuro. Também é recomendável evitar deixar as luzes internas acesas e colocar o display do celular no modo noturno quando for necessário usá-lo.
As normas mais recentes do Ministério do Trabalho e Emprego destacam a importância de controlar os ruídos na cabine por duas razões principais.
A primeira tem a ver com a preservação da audição: segundo a Fundacentro, a exposição diária a 85 decibéis (dBA) por 8 horas pode causar danos auditivos. Esse limite diminui, e a 95 dBA, cerca de 2 horas por dia já oferecem riscos.
Sistema de áudio de alta qualidade é ótimo, mas volume em excesso prejudica a audição e impede que motorista ouça sons do trânsito, como sirenes e alertas (Foto: BMW | Divulgação)
Isso significa que o motorista deve se atentar, principalmente, ao volume da música no sistema de som. Uma forma de aproveitar a multimídia sem aumentar o volume é manter as janelas fechadas, o que ajuda a perceber melhor a música, e também equalizar as frequências de forma adequada.
Outra tática é recorrer a aplicativos como o Decibelímetro, que usa o microfone do smartphone para estimar o nível de ruído do ambiente. Para referência, 95 dBA equivalem ao volume de uma rua movimentada — volume facilmente atingido por uma canção de rock, por exemplo.
Outra razão importante para se atentar ao silêncio na cabine é a ergonomia cognitiva: essa vertente prega que o estresse mental está diretamente ligado ao desconforto físico, e que é preciso poupar também o cérebro.
Ruídos muito altos, portanto, podem prejudicar a consciência do motorista sobre o ambiente ao seu redor. De forma mais clara, a “barulheira” aumenta o risco de acidentes, pois impede que a audição seja utilizada para a direção defensiva. Além disso, o excesso de estímulos sonoros pode dificultar o raciocínio a longo prazo, gerando fadiga mental que se reflete até mesmo em tensão muscular.
Outros aspectos ligados à ergonomia cognitiva incluem o uso do GPS para diminuir a carga mental ao dirigir para destinos desconhecidos, além de evitar telefonemas e conversas que dividem a atenção com o ato de dirigir.
Esses detalhes também se aplicam à área da ergonomia organizacional, que visa tornar o tempo no carro mais agradável. Práticas simples, como sair de casa com uma margem maior de tempo, podem evitar o estresse causado por atrasos no caminho.
Ar-condicionado deve ser regulado para climatizar o automóvel e evite que fluxo vá na direção dos olhos para evitar ressecamento
Outros aspectos, que também se inter-relacionam com as áreas anteriores da ergonomia, incluem a temperatura do ar-condicionado, que deve ser ajustada para proporcionar conforto, evitando que o fluxo de ar atinja diretamente os olhos, principalmente para quem usa lentes de contato.
Além disso, deve-se evitar que o vento frio atinja as vias aéreas, prevenindo resfriados e outros desconfortos. O condutor também é estimulado a notar outros aspectos do veículo que, indiretamente, geram algum dano à qualidade de vida e, em reflexo, acaba repercutindo na “paz mental” ao volante.
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Segundo a Fundação AAA para a Segurança no Trânsito, quem possui um carro pode passar mais de 350 horas por ano ao volante — um número ainda maior para quem mora em grandes cidades e trabalha longe de casa.

Postura incorreta pode provocar dores e até lesões sérias
A desatenção quanto à postura ao volante pode provocar danos aos músculos e ossos. No entanto, os riscos à saúde não se limitam a esses aspectos: com veículos cada vez mais conectados e a vida moderna sempre mais corrida, ergonomistas apontam para a necessidade de alinhar o tempo no trânsito com outras práticas que melhorem o deslocamento diário.
Muito além da posição ao dirigir, confira algumas dicas para melhorar a ergonomia do seu carro enquanto você dirige.
Ajuste de bancos e volante
O Centro Canadense para Saúde e Segurança Ocupacional explica que há diferenças importantes entre um assento de automóvel e o de um escritório, por exemplo. No carro, os braços ficam em uma posição mais alta do que o normal, e o movimento dos pés pode causar tensões que afetam o corpo inteiro, resultando em dores na lombar e nos ombros, entre outras.
Por isso, o ajuste do assento é fundamental para evitar desconfortos ao longo do tempo. Lembre-se de que, antes de ajustar os retrovisores e afivelar o cinto de segurança, é importante configurar corretamente o banco.

Ajuste correto do banco não é complexo e melhora muito o conforto e controle direcional
De acordo com a entidade, a altura do assento deve permitir que o condutor enxergue pelo menos 3 cm sobre o volante e até o início do para-brisa. Nos veículos com ajuste de extensão do banco, deve-se deixar um pequeno espaço (de até 6 cm) entre a articulação dos joelhos e a extremidade do banco. O ângulo do assento deve ser ajustado para que as coxas fiquem bem apoiadas, sem a sensação de pressão na parte inferior das costas.
O encosto não deve ficar inclinado demais, pois isso pode fazer com que o motorista, inconscientemente, incline o pescoço e a cabeça para frente, o que pode até gerar formigamento nos braços. Para o volante, a recomendação é que ele fique a cerca de 30 cm do tórax e que o condutor ajuste o miolo para que ele mire diretamente em seu peito. Isso diminui os riscos de lesões em caso de acionamento do airbag e evita que os braços fiquem esticados — algo que deve ser sempre evitado.
Evitando a fadiga visual
Ergonomistas apontam que, além dos sistemas musculoesquelético e postural, é fundamental cuidar da visão durante a direção.
Isso é especialmente importante à noite, quando os motoristas devem evitar grandes variações de luz. Uma boa prática é ajustar o brilho da central multimídia para tornar o estímulo visual mais uniforme.

Ajuste do brilho do multimídia evita ofuscamento, principalmente durante a noite (Foto: Ford | Divulgação)
Em trechos de estrada, por exemplo, recomenda-se que as telas sejam gradualmente escurecidas para melhorar a percepção do ambiente externo, mais escuro. Também é recomendável evitar deixar as luzes internas acesas e colocar o display do celular no modo noturno quando for necessário usá-lo.
Reduzindo o ruído excessivo
As normas mais recentes do Ministério do Trabalho e Emprego destacam a importância de controlar os ruídos na cabine por duas razões principais.
A primeira tem a ver com a preservação da audição: segundo a Fundacentro, a exposição diária a 85 decibéis (dBA) por 8 horas pode causar danos auditivos. Esse limite diminui, e a 95 dBA, cerca de 2 horas por dia já oferecem riscos.

Sistema de áudio de alta qualidade é ótimo, mas volume em excesso prejudica a audição e impede que motorista ouça sons do trânsito, como sirenes e alertas (Foto: BMW | Divulgação)
Isso significa que o motorista deve se atentar, principalmente, ao volume da música no sistema de som. Uma forma de aproveitar a multimídia sem aumentar o volume é manter as janelas fechadas, o que ajuda a perceber melhor a música, e também equalizar as frequências de forma adequada.
Outra tática é recorrer a aplicativos como o Decibelímetro, que usa o microfone do smartphone para estimar o nível de ruído do ambiente. Para referência, 95 dBA equivalem ao volume de uma rua movimentada — volume facilmente atingido por uma canção de rock, por exemplo.
Tecnologia a favor do cérebro
Outra razão importante para se atentar ao silêncio na cabine é a ergonomia cognitiva: essa vertente prega que o estresse mental está diretamente ligado ao desconforto físico, e que é preciso poupar também o cérebro.
Ruídos muito altos, portanto, podem prejudicar a consciência do motorista sobre o ambiente ao seu redor. De forma mais clara, a “barulheira” aumenta o risco de acidentes, pois impede que a audição seja utilizada para a direção defensiva. Além disso, o excesso de estímulos sonoros pode dificultar o raciocínio a longo prazo, gerando fadiga mental que se reflete até mesmo em tensão muscular.
Outros aspectos ligados à ergonomia cognitiva incluem o uso do GPS para diminuir a carga mental ao dirigir para destinos desconhecidos, além de evitar telefonemas e conversas que dividem a atenção com o ato de dirigir.
Vida organizada para uma direção tranquila
Esses detalhes também se aplicam à área da ergonomia organizacional, que visa tornar o tempo no carro mais agradável. Práticas simples, como sair de casa com uma margem maior de tempo, podem evitar o estresse causado por atrasos no caminho.

Ar-condicionado deve ser regulado para climatizar o automóvel e evite que fluxo vá na direção dos olhos para evitar ressecamento
Outros aspectos, que também se inter-relacionam com as áreas anteriores da ergonomia, incluem a temperatura do ar-condicionado, que deve ser ajustada para proporcionar conforto, evitando que o fluxo de ar atinja diretamente os olhos, principalmente para quem usa lentes de contato.
Além disso, deve-se evitar que o vento frio atinja as vias aéreas, prevenindo resfriados e outros desconfortos. O condutor também é estimulado a notar outros aspectos do veículo que, indiretamente, geram algum dano à qualidade de vida e, em reflexo, acaba repercutindo na “paz mental” ao volante.