Hatch urbano ganha uma melhora leve no desempenho e mantém foco em mobilidade diária
Lançado em 2016, o Fiat Mobi foi equipado com motor 1.0 Firefly de três cilindros até 2020, quando passou a ter o conjunto 1.0 EVO. Enfim, cinco anos depois, a marca voltou a equipar o hatch com característica urbana com o propulsor do “irmão” mais velho Argo.
Com a mudança, o Fiat Mobi passa a se enquadrar nas normas de emissões, além de ter redução de peso e uma leve melhora no consumo. Vendido em duas versões, Like, que sai por R$ 81.060, e Trekking, que custa R$ 83.490, essa última avaliada pela Revista Carro.
Motor e desempenho
O coração do Fiat Argo é o conhecido motor Firefly 1.0 aspirado flex que entrega 75 cv com etanol e 71 cv com gasolina, com torque de 10 kgfm. O câmbio é manual de cinco marchas. A calibração resultou em ganho de potência entre 3 e 4 cv, além de leve aumento no torque. Segundo dados da montadora, a melhora representa redução estimada entre 0,8 s e 1 s.
Na condução, o escalonamento das marchas privilegia retomadas, com engates já conhecidos da Fiat, sendo mais mole, e distância longa entre as relações. A terceira marcha alcança 110 km/h antes do corte eletrônico, indicando ajuste voltado à economia em uso urbano.
Consumo
Em relação ao consumo, o Mobi Trekking 2025 registra consumo de 9,8 km/l na cidade e 10,6 km/l na estrada com etanol, basicamente o que foi alcançado. Com gasolina, os números são de 14 km/l em ciclo urbano e 15,1 km/l no rodoviário, segundo dados divulgados no teste da unidade avaliada.
Urbanismo
A plataforma compacta continua sendo o principal atrativo do modelo. Portanto, não espere um hatch com atitude de SUV. O Mobi mantém dimensões curtas, posição elevada de condução e boa manobrabilidade, características úteis para uso diário em grandes centros. O porta-malas de 200 litros reforça o foco urbano, enquanto o rack de teto funcional oferece alternativa para transportar até 250 litros extras com bagageiro.
Em geral, tem 3,59 metros de comprimento, 1,66 metro de largura, 1,55 metro de altura e 2,30 metros de entre-eixos, o que é apertado para dois adultos sentados nos bancos traseiros, sendo ideal mesmo para duas pessoas. Além disso, há bastante porta-objetos pelo carro, seguindo o padrão da Fiat.
O modelo continua posicionado como carro de entrada da Fiat no Brasil e é indicado para primeiros compradores, uso universitário e deslocamentos diários, na famosa casa de trabalho. A proposta não inclui aplicação rodoviária prolongada, devido às limitações de espaço do porta-malas.
Versão aventureira
O Mobi Trekking mantém elementos visuais conhecidos: faróis halógenos com parábola única, aplique frontal com assinatura Trekking no capô e teto e acabamento escurecido na grade, no melhor estilo Fiat Argo. A tampa traseira de vidro é destaque do design, mas pode ser negativa em caso de uma batida ou até com uma pedrada no dia a dia, o que vai sair caro para arrumar. Sem o pacote de tecnologia, a versão utiliza rodas de aço aro 14 de liga leve com desenho esportivo e escurecido, que no caso é um opcional.
O interior segue a proposta de simplicidade da linha Mobi. Há vidros elétricos apenas nas portas dianteiras e comandos básicos. A versão Trekking sem pacote adicional não inclui itens de conforto ampliados. Como diferencial, o modelo permanece com bom espaço vertical devido ao desenho do teto mais alto. Além disso, há uma central multimídia de 7 polegadas Uconnect, que está na Strada, e tem conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay. Inclusive, não há engasgos na conexão e tem um toque de dedos semelhante ao de um smartphone.
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Enfim, o Fiat Mobi Trekking é ideal para percursos urbanos, uma vez que tem uma dirigibilidade ágil, assim como é prático para estacionar em qualquer vaga dos grandes centros urbanos. Ademais, é melhor do que o Renault Kwid Outsider, que sai por R$ 85.290, o que é R$ 1.800 mais caro do que o modelo da marca de Betim, em Minas Gerais.
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