Motor 3 cilindros é bom? Essa é uma dúvida que ganha força devido ao grande número de críticas que pipocam nas redes sociais. Em perfis e canais do YouTube o que não faltam são catedráticos que bradam que os motores três cilindros não prestam, ou que são descartáveis.
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Mas muita gente não faz ideia de que o motor tricilíndrico equipa nada menos que a metade de todos os carros de passeio vendidos no primeiro trimestre de 2024. Isso mesmo, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), de janeiro a março de 2024 foram emplacados 376.691 automóveis. Desse total, 203,4 mil foram equipados com motores 1.0.
O Kia Picanto foi o primeiro automóvel moderno com tricilíndrico oferecido no Brasil (Foto: Kia | Divulgação)
No entanto, apenas o Fiat Mobi (que acumula pouco mais de 14 mil unidades) ainda utiliza bloco 1.0 com 4 cilindros. Todos os demais contam com motores 3 cilindros. Ou seja, dos 376 mil carros emplacados, 188.735 deles utilizam motor 3 cilindros, sem contar parte das 1.131 unidades do X1 e Série 1, que utilizam unidade tricilíndrica 1.5 turbo.
O motor 3 cilindros está no mercado há 71 anos. Ele foi desenvolvido pela alemã DKW (com ciclo dois tempos), inclusive foi vendido no Brasil na famosa Vemaguet. Nos anos 1970 o bloco tricilíndrico se sofisticou e ganhou o mercado japonês como solução para substituir os motores dois cilindros dos antigos Kei Cars.
No final dos 1990, o motor 3 cilindros tornou-se popular no mercado europeu. Mas por aqui, só chegou há 13 anos. Esse tipo de motor estreou com o Kia Picanto, em 2011 e logo em seguida passou a equipar o novíssimo Hyundai HB20. Em 2013, a Volkswagen lançou o Fox Bluemotion com o motor 1.0 de 82 cv, que viria equipar o up! e posteriormente Gol, Golf, Polo, Virtus, T-Cross e Nivus.
O Nivus é oferecido exclusivamente com TSI 200 de 128 cv (Foto: Marcelo Jabulas | AutoPapo)
Boa parte dos motores 3 cilindros modernos derivam de blocos de 4 cilindros. Basicamente tiveram um cilindro removido. Na Europa ainda é comum blocos 1.2, que foram desenvolvidos a partir de motores 1.6.
O principal argumento dos fabricantes é que o bloco de três pistões tem menor perda de energia térmica e atrito, já que são menores e conta com pelo menos 25% das peças móveis, quando comparado com um motor 4 cilindros. Os motores dos automóveis perdem muita energia para vencer o atrito entre suas peças.
De acordo com engenheiros, cerca de 20% da potência do motor são perdidos só com o atrito. Com um cilindro a menos, o esforço cai na ordem de 15%. Dessa forma, sobra mais energia para ser transferida para as rodas.
O pulo do gato foi combinar o bloco com o turbocompressor. Com isso se conseguiu médias de potência e torque superiores a motores 2.0 aspirados. Assim, fabricantes conseguiram se adequar a exigências de emissões e oferecer performance.
Hoje, o mercado brasileiro conta com pelo menos 23 modelos equipados com motores tricilíndricos, com deslocamentos que variam de 1.0 a 1.5. Pelo visto, será difícil fugir desse tipo de motor. Confira!
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Mas muita gente não faz ideia de que o motor tricilíndrico equipa nada menos que a metade de todos os carros de passeio vendidos no primeiro trimestre de 2024. Isso mesmo, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), de janeiro a março de 2024 foram emplacados 376.691 automóveis. Desse total, 203,4 mil foram equipados com motores 1.0.
O Kia Picanto foi o primeiro automóvel moderno com tricilíndrico oferecido no Brasil (Foto: Kia | Divulgação)
No entanto, apenas o Fiat Mobi (que acumula pouco mais de 14 mil unidades) ainda utiliza bloco 1.0 com 4 cilindros. Todos os demais contam com motores 3 cilindros. Ou seja, dos 376 mil carros emplacados, 188.735 deles utilizam motor 3 cilindros, sem contar parte das 1.131 unidades do X1 e Série 1, que utilizam unidade tricilíndrica 1.5 turbo.
Mas o motor 3 cilindros é bom?
O motor 3 cilindros está no mercado há 71 anos. Ele foi desenvolvido pela alemã DKW (com ciclo dois tempos), inclusive foi vendido no Brasil na famosa Vemaguet. Nos anos 1970 o bloco tricilíndrico se sofisticou e ganhou o mercado japonês como solução para substituir os motores dois cilindros dos antigos Kei Cars.
No final dos 1990, o motor 3 cilindros tornou-se popular no mercado europeu. Mas por aqui, só chegou há 13 anos. Esse tipo de motor estreou com o Kia Picanto, em 2011 e logo em seguida passou a equipar o novíssimo Hyundai HB20. Em 2013, a Volkswagen lançou o Fox Bluemotion com o motor 1.0 de 82 cv, que viria equipar o up! e posteriormente Gol, Golf, Polo, Virtus, T-Cross e Nivus.
O Nivus é oferecido exclusivamente com TSI 200 de 128 cv (Foto: Marcelo Jabulas | AutoPapo)
Boa parte dos motores 3 cilindros modernos derivam de blocos de 4 cilindros. Basicamente tiveram um cilindro removido. Na Europa ainda é comum blocos 1.2, que foram desenvolvidos a partir de motores 1.6.
O principal argumento dos fabricantes é que o bloco de três pistões tem menor perda de energia térmica e atrito, já que são menores e conta com pelo menos 25% das peças móveis, quando comparado com um motor 4 cilindros. Os motores dos automóveis perdem muita energia para vencer o atrito entre suas peças.
De acordo com engenheiros, cerca de 20% da potência do motor são perdidos só com o atrito. Com um cilindro a menos, o esforço cai na ordem de 15%. Dessa forma, sobra mais energia para ser transferida para as rodas.
O pulo do gato foi combinar o bloco com o turbocompressor. Com isso se conseguiu médias de potência e torque superiores a motores 2.0 aspirados. Assim, fabricantes conseguiram se adequar a exigências de emissões e oferecer performance.
Modelos vendidos no Brasil
Hoje, o mercado brasileiro conta com pelo menos 23 modelos equipados com motores tricilíndricos, com deslocamentos que variam de 1.0 a 1.5. Pelo visto, será difícil fugir desse tipo de motor. Confira!
- BMW X1
- BMW Série 1
- Citroën C3
- Citroën C3 Aircross
- Chevrolet Montana
- Chevrolet Onix
- Chevrolet Onix Plus
- Chevrolet Tracker
- Fiat Argo
- Fiat Fastback
- Fiat Pulse
- Fiat Strada
- Hyundai Creta
- Hyundai HB20
- Hyundai HB20S
- Mini Cooper
- Peugeot 208
- Renault Kardian
- Renault Kwid
- Toyota GR Corolla
- Volkswagen Nivus
- Volkswagen Polo
- Volkswagen T-Cross
- Volkswagen Virtus
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