Notícia Motorista vira algoritmo para prever acidentes ‘ocultos’

Um estudo desenvolvido pela PUC-PR identificou padrões ocultos causadores de acidentes em rodovias e propôs estratégias para reduzir a gravidade destas adversidades. A metodologia adotada apresentou uma taxa de acerto de até 94%.

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O Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana (PPGTU) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), conduziu a pesquisa com o objetivo de reduzir as mortes causadas por acidentes em estradas.

Acidentes de trânsito configuram-se como um problema de saúde pública, e não apenas como fatalidades. Esses casos costumam seguir padrões que, quando analisados, ajudam a identificar suas causas.

Motorista vira algoritmo


A partir de registros de acidentes, os pesquisadores desenvolveram um algoritmo baseado no perfil dos usuários, nas características da infraestrutura, nas condições ambientais e nos tipos de transporte envolvidos.

A equipe aplicou quatro técnicas de mineração de dados, com destaque para o uso do software CBA (Classification Based on Associations), que gera regras de classificação para prever acidentes com base em fatores como tipo de via, iluminação, velocidade, clima e presença de áreas urbanas.

ccr rodovia bandeirantes

Acidentes são previstos baseados no perfil dos usuários, nas características da infraestrutura, nas condições ambientais e nos tipos de transporte envolvidos (Foto: CCR | Divulgação)

Os resultados mostraram que a presença de perímetro urbano aumentou em 90% a ocorrência de acidentes no período analisado. Outros fatores relevantes incluem faixas adicionais, curvas acentuadas, áreas de ultrapassagem com linha tracejada, acostamentos e iluminação precária.

Acidentes urbanos


No que diz respeito à gravidade dos acidentes, destacaram-se como fatores principais o perímetro urbano (93,5%), a sinuosidade do terreno, a baixa iluminação, as áreas de ultrapassagem e as altas velocidades.

Os pesquisadores aplicaram modelos com alta precisão, acima de 94% no primeiro período e entre 86% e 89% no segundo. Além disso, recomendaram a aplicação dessas soluções em outras regiões. No entanto, a falta de dados atualizados, especialmente sobre os condutores, limita parte das análises.

O doutorando Gabriel Troyan Rodrigues e o professor Fabio Teodoro de Souza, da PUCPR, desenvolveram a pesquisa e redigiram o artigo em parceria com as pesquisadoras Amanda Christine Gallucci Silva e Tatiana Maria Cecy Gadda, da UTFPR.

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