Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) desenvolveram um protótipo inédito de bateria de íons de sódio que reúne, pela primeira vez na literatura científica, três características simultâneas: flexibilidade, transparência e funcionamento em meio aquoso. A inovação promete ser uma alternativa mais barata e segura às onipresentes baterias de lítio.
A tecnologia ataca os principais gargalos dos modelos atuais: enquanto o lítio é escasso, caro e concentra riscos geopolíticos, o sódio — extraído do sal de cozinha — é abundante e acessível. Além disso, o novo dispositivo elimina o risco de explosões e incêndios, comuns em baterias convencionais que utilizam solventes orgânicos inflamáveis.
VEJA TAMBÉM:
Liderado pelo professor Aldo José Gorgatti Zarbin, do Grupo de Química de Materiais (GQM) da UFPR, o projeto utilizou nanotecnologia para criar o dispositivo. Diferente das baterias rígidas de celulares e carros elétricos, o modelo paranaense emprega eletrodos em filmes finos (nano-arquitetura) e um eletrólito à base de água. Essa combinação permite que os íons de sódio circulem com eficiência sem a necessidade de blindagens pesadas.
A soma dessas propriedades abre um leque futurista de aplicações industriais. Segundo os pesquisadores, a bateria poderia ser integrada a “janelas inteligentes” que captam e armazenam energia solar sem bloquear a visão, dispositivos eletrônicos vestíveis (wearables) na pele e até lentes de contato com circuitos integrados.
O desenvolvimento é fruto das teses de mestrado e doutorado da pesquisadora Maria Karolina Ramos. O trabalho ganhou destaque internacional ao ser publicado na revista Sustainable Energy & Fuels, da Royal Society of Chemistry, e rendeu a Zarbin o Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia. Com a patente já depositada, o próximo passo do grupo é ampliar a capacidade de carga e buscar parcerias para produzir protótipos em escala comercial.
Continue lendo...
A tecnologia ataca os principais gargalos dos modelos atuais: enquanto o lítio é escasso, caro e concentra riscos geopolíticos, o sódio — extraído do sal de cozinha — é abundante e acessível. Além disso, o novo dispositivo elimina o risco de explosões e incêndios, comuns em baterias convencionais que utilizam solventes orgânicos inflamáveis.
VEJA TAMBÉM:
- Transportadora DHL lista os fretes mais bizarros que fez em 2025
- Verão: especialistas ensinam como cuidar do carro no calor brasileiro
- Já que multas são baixas, Londres começa a rebocar supercarros estacionados em local proibido
Liderado pelo professor Aldo José Gorgatti Zarbin, do Grupo de Química de Materiais (GQM) da UFPR, o projeto utilizou nanotecnologia para criar o dispositivo. Diferente das baterias rígidas de celulares e carros elétricos, o modelo paranaense emprega eletrodos em filmes finos (nano-arquitetura) e um eletrólito à base de água. Essa combinação permite que os íons de sódio circulem com eficiência sem a necessidade de blindagens pesadas.
A soma dessas propriedades abre um leque futurista de aplicações industriais. Segundo os pesquisadores, a bateria poderia ser integrada a “janelas inteligentes” que captam e armazenam energia solar sem bloquear a visão, dispositivos eletrônicos vestíveis (wearables) na pele e até lentes de contato com circuitos integrados.
O desenvolvimento é fruto das teses de mestrado e doutorado da pesquisadora Maria Karolina Ramos. O trabalho ganhou destaque internacional ao ser publicado na revista Sustainable Energy & Fuels, da Royal Society of Chemistry, e rendeu a Zarbin o Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia. Com a patente já depositada, o próximo passo do grupo é ampliar a capacidade de carga e buscar parcerias para produzir protótipos em escala comercial.
Continue lendo...