Na contramão da indústria automotiva, que cada vez mais sela componentes de forma definitiva, a Mercedes-Benz anunciou uma mudança estratégica em sua linha de produção: substituir a cola industrial por parafusos tradicionais na fixação de peças, começando pelos faróis. A medida integra a nova diretriz de “Design para a Circularidade” da montadora, visando facilitar reparos e a reciclagem de materiais.
A decisão ataca um problema crônico e custoso para os proprietários de veículos modernos. Atualmente, se a lente de um farol sofre uma pequena trinca, a colagem industrial obriga a substituição do conjunto óptico inteiro, o que gera custos elevados e desperdício de componentes que ainda funcionam.
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Com o retorno dos parafusos, a Mercedes permitirá que oficinas troquem apenas a parte danificada — como a lente de policarbonato ou a carcaça traseira —, mantendo o “miolo” eletrônico intacto. Além do benefício financeiro ao consumidor, a técnica resolve um gargalo ambiental: a cola contamina o processo de reciclagem, dificultando a separação de plástico, vidro e metal.
Segundo a fabricante, essa alteração de projeto permite desmontar o farol de forma não destrutiva. A estimativa é que a facilidade na separação dos componentes possa reduzir as emissões de CO₂ associadas àquela peça em até 50%, além de aumentar significativamente a taxa de materiais recuperados.
Outro pilar da estratégia é a eliminação progressiva de “materiais compostos” (misturas de plásticos) em favor de monomateriais. Peças feitas de um único tipo de polímero são quimicamente mais fáceis de reciclar e reinserir na cadeia produtiva com qualidade.
A Mercedes já aplica esse conceito em outros pontos do veículo. Reservatórios de limpador de para-brisa, por exemplo, já utilizam 100% de plástico reciclado, enquanto partes dos para-choques chegam a 25%.
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A decisão ataca um problema crônico e custoso para os proprietários de veículos modernos. Atualmente, se a lente de um farol sofre uma pequena trinca, a colagem industrial obriga a substituição do conjunto óptico inteiro, o que gera custos elevados e desperdício de componentes que ainda funcionam.
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Desmontagem simplificada e custo menor
Com o retorno dos parafusos, a Mercedes permitirá que oficinas troquem apenas a parte danificada — como a lente de policarbonato ou a carcaça traseira —, mantendo o “miolo” eletrônico intacto. Além do benefício financeiro ao consumidor, a técnica resolve um gargalo ambiental: a cola contamina o processo de reciclagem, dificultando a separação de plástico, vidro e metal.
Segundo a fabricante, essa alteração de projeto permite desmontar o farol de forma não destrutiva. A estimativa é que a facilidade na separação dos componentes possa reduzir as emissões de CO₂ associadas àquela peça em até 50%, além de aumentar significativamente a taxa de materiais recuperados.
Guerra aos materiais mistos
Outro pilar da estratégia é a eliminação progressiva de “materiais compostos” (misturas de plásticos) em favor de monomateriais. Peças feitas de um único tipo de polímero são quimicamente mais fáceis de reciclar e reinserir na cadeia produtiva com qualidade.
A Mercedes já aplica esse conceito em outros pontos do veículo. Reservatórios de limpador de para-brisa, por exemplo, já utilizam 100% de plástico reciclado, enquanto partes dos para-choques chegam a 25%.
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