Nas guerras modernas, milhares de usuários da internet se dedicam a monitorar atividades das zonas de conflito. Ontem, esses analistas se surpreenderam com um navio da Marinha do Brasil, que navegava bem próximo à costa da Venezuela.
Nas redes sociais, houve quem acusasse o Brasil de tomar parte dos vizinhos no conflito. O navio, diziam os desconfiados, estaria mapeando a frota norte-americana no local, a fim de repassar informações aos venezuelanos.
AutoPapo, entretanto, apurou que tudo não passa de uma coincidência.
NE Brasil durante sua passagem por Londres, no ano passado (Foto: Marinha do Brasil | Divulgação)
A embarcação da Marinha que passou pela costa da Venezuela é o Navio-Escola Brasil. Esse é o principal equipamento de treinamento da Marinha e, anualmente, cruza o mundo em uma viagem de treinamento.
A ideia é que os futuros oficiais da Marinha, recém-saídos da Escola Naval, possam colocar o aprendizado em prática, ao visitarem até 18 países em quatro continentes. A cada parada, o NE Brasil também serve para estreitar laços diplomáticos e receber visitas, entre outras funções sociais.
A Viagem de Instrução de Guardas-Marinha, como é chamada, já ocorre há 39 anos, de agosto a dezembro. Justamente por isso, o NE Brasil passava pela Venezuela em seu retorno, com parada em Belém (PA) marcada para os próximos dias.
Por não carregar armas, o NE Brasil pode passar até à beira da costa venezuelana sem cometer um ato hostil. É a chamada “passagem inocente”, prevista na convenção da ONU que rege as leis do mar.
Em termos de laços militares, entretanto, o Brasil — oficialmente neutro na questão — se alinha mais é com os Estados Unidos.
Nesta quarta (3), por exemplo, três aviões tanque KC-135R pousaram no aeroporto de Belém. Novamente, porém, não houve ligação com a Venezuela, já que os aviões da Força Aérea dos EUA apenas auxiliavam no translado de caças F-16 até a Argentina.
Mais significativa é a Operação Southern Seas, que ocorre em parceria da Marinha do Brasil com a dos EUA, incluindo operações navais e aeronavais de ambos países nas águas do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
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Nas redes sociais, houve quem acusasse o Brasil de tomar parte dos vizinhos no conflito. O navio, diziam os desconfiados, estaria mapeando a frota norte-americana no local, a fim de repassar informações aos venezuelanos.
AutoPapo, entretanto, apurou que tudo não passa de uma coincidência.
O Navio-Escola
NE Brasil durante sua passagem por Londres, no ano passado (Foto: Marinha do Brasil | Divulgação)
A embarcação da Marinha que passou pela costa da Venezuela é o Navio-Escola Brasil. Esse é o principal equipamento de treinamento da Marinha e, anualmente, cruza o mundo em uma viagem de treinamento.
A ideia é que os futuros oficiais da Marinha, recém-saídos da Escola Naval, possam colocar o aprendizado em prática, ao visitarem até 18 países em quatro continentes. A cada parada, o NE Brasil também serve para estreitar laços diplomáticos e receber visitas, entre outras funções sociais.
A Viagem de Instrução de Guardas-Marinha, como é chamada, já ocorre há 39 anos, de agosto a dezembro. Justamente por isso, o NE Brasil passava pela Venezuela em seu retorno, com parada em Belém (PA) marcada para os próximos dias.
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A Brazilian warship is currently sailing east along Venezuela’s northern coast, just off the shores of Curacao and Caracas.![]()
Its radar systems are capable of detecting every U.S. military vessel in the region.
The ship is mapping the Caribbean theater as tensions escalate… pic.twitter.com/eFuvsbCUgF
— DD Geopolitics (@DD_Geopolitics) December 4, 2025
De que lado o Brasil está?
Por não carregar armas, o NE Brasil pode passar até à beira da costa venezuelana sem cometer um ato hostil. É a chamada “passagem inocente”, prevista na convenção da ONU que rege as leis do mar.
Em termos de laços militares, entretanto, o Brasil — oficialmente neutro na questão — se alinha mais é com os Estados Unidos.
Nesta quarta (3), por exemplo, três aviões tanque KC-135R pousaram no aeroporto de Belém. Novamente, porém, não houve ligação com a Venezuela, já que os aviões da Força Aérea dos EUA apenas auxiliavam no translado de caças F-16 até a Argentina.
Mais significativa é a Operação Southern Seas, que ocorre em parceria da Marinha do Brasil com a dos EUA, incluindo operações navais e aeronavais de ambos países nas águas do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
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