Quem acompanha o mercado de automóveis já sabe muito bem: os SUVs são, atualmente, os queridinhos dos consumidores. Esses veículos não param de ganhar espaço no ranking brasileiro de vendas e, consequentemente, prevalecem nos calendários de lançamentos dos fabricantes. O domínio é tamanho que os modelos desse gênero extinguiram os segmentos de peruas e monovolumes. E já fizeram muito estrago também entre os sedans médios.
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Ao longo dos últimos quatro anos, nada menos do que seis sedans médios saíram definitivamente da linha brasileira dos respectivos fabricantes. Nenhum deles deixou sucessor direto: a faixa de mercado acabou sendo ocupada por algum SUV. Para piorar, pelo menos outros dois modelos estão seriamente ameaçados de extinção no país e devem ter o mesmo destino.
AutoPapo listou todos os sedans médios extintos ao longo dos últimos anos. Devido à ausência deles, esse segmento, que tinha mais de uma dúzia de competidores na década passada, agora conta com pouquíssimas opções.
Mitsubishi Lancer saiu de linha no mundo inteiro
A trajetória do Lancer no Brasil é longa: começou na década de 1990, após a abertura do mercado às importações. Porém, só em 2014 o modelo passou a ser produzido no país, mais precisamente na fábrica do Grupo HPE em Catalão (GO). Apenas 5 anos mais tarde, em 2019, ele saiu de linha. A extinção ocorreu em em nível global, pois a Mitsubishi abandonou o segmento de sedans médios.
Dirigibilidade sempre foi destaque da linha Focus
Outro modelo que tem longa história no Brasil é o Focus. Entre 2000 e 2019, a gama teve três gerações, todas importadas da Argentina: até 2015, ele se chamava Sedan, mas naquele ano mudou de nome para Fastback. A Ford até desenvolveu uma quarta safra para a linha, mas só a comercializa na Europa e em alguns poucos países em outros continentes.
Hyundai disputou categoria de sedans médios com o Elantra
Ao contrário dos demais sedans médios do listão, o Elantra nunca teve fabricação nacional ou em algum país latinoamericano: sempre veio da Coreia do Sul. Ele também chegou ao Brasil na década de 1990, mas deixou de ser importado em 2019; no ano seguinte, saiu definitivamente do site da Hyundai. A marca ainda produz o modelo, que inclusive ganhou nova geração recentemente, mas abandonou o segmento por aqui.
Fluence foi a última aposta da Renault no segmento
Após oferecer o modelo 19 e duas gerações do Mégane no mercado brasileiro, a Renault deu uma cartada final no segmento de sedans médios com o Fluence, em 2011. O sedan teve até a interessante versão esportiva GT, mas nunca deslanchou em vendas. Os últimos lotes chegaram ao país em 2018 e, no ano seguinte, ele saiu do portfólio da marca francesa, que seguiu os passos da concorrência e passou a investir em SUVs.
Citroën C4 Lounge deixou o mercado em 2020
Quando foi lançado, em 2013, para substituir o C4 Pallas, o Lounge até alcançou volume razoável de vendas. Porém, a participação no mercado foi caindo, até que a Citroën suspendeu as importações da Argentina em 2020. No ano seguinte, a saída do modelo do mercado foi oficializada. Agora, a marca francesa investe para ampliar a gama, mas não tem planos de lançar sedans.
Vendas do Peugeot 408 nunca decolaram
Tanto o 408 quanto o hatch 308 saíram do mercado em 2019. Desde então, a gama do fabricante não conta mais com nenhum produto desse gênero, e não há sinais de que isso vá mudar no futuro. A despedida do modelo colocou fim a uma dinastia de sedans da Peugeot, que chegou ao Brasil com a linha 306, nos anos de 1990.
Dos poucos sedans médios que ainda restam no mercado brasileiro, pelo menos dois estão seriamente ameaçados de extinção. Por enquanto, eles seguem à venda, mas o futuro de ambos é desanimador.
Cruze não terá nova geração em parte alguma do planeta
Desde 2011, o Cruze ocupa o posto de sedan médio da Chevrolet no Brasil, sendo que a linha conta ainda com o hatch Sport6. Porém, a segunda e atual geração, que estreou em 2016, será a última: o fabricante já anunciou que ela não terá sucessora. A Argentina, inclusive, é o único país que ainda produz essa gama. Pode até ser que o modelo ainda dure alguns anos, mas, depois disso, o fim será inevitável.
Atualmente, versão esportiva GLI é a única da linha Jetta
O desempenho comercial da atual geração do Jetta, que data de 2018, foi fraco. Tanto que, apenas dois anos depois do lançamento, a gama perdeu as três versões equipadas com motor 1.4 TSI: restou unicamente o esportivo GLI. No ano passado, o modelo passou por uma reestilização no México, de onde é importado para o Brasil, mas a Volkswagen ainda não lançou essa novidade por aqui: será que ele sobreviverá a 2022?
Para não dizer que tudo está perdido, pelo menos dois sedans médios que saíram de linha recentemente devem voltar ao Brasil em 2022. Entretanto, eles chegarão via importação e em pequenas quantidades, para ocupar nichos nas gamas dos respectivos fabricantes.
Nissan confirmou o retorno do Sentra ao país, já em nova geração
A Nissan já confirmou o retorno do Sentra ao Brasil, após um hiato que começou há quase um ano. Ele chegará totalmente reprojetado e com propulsão híbrida, mas atuará no topo do segmento, com preços elevados: consequentemente terá vendas limitadas. Assim como ocorreu com as três últimas safras do modelo, a nova geração virá do México.
Novo Civic virá, mas apenas via importação
No ano passado, a Honda encerrou a produção do Civic no Brasil, porém confirmou que vai importar a nova geração, que ainda é recente em nível global. O modelo terá motorização híbrida, mas a gama será enxuta: por tais motivos, terá preços mais elevados e participação pequena no mercado. Vale lembrar que o sedan foi o primeiro produto nacional da marca japonesa, em 1997. Ao todo, cinco linhagens foram fabricadas aqui.
O AutoPapo testou a versão top de linha Touring da última geração do Honda Civic: assista ao vídeo!
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Ao longo dos últimos quatro anos, nada menos do que seis sedans médios saíram definitivamente da linha brasileira dos respectivos fabricantes. Nenhum deles deixou sucessor direto: a faixa de mercado acabou sendo ocupada por algum SUV. Para piorar, pelo menos outros dois modelos estão seriamente ameaçados de extinção no país e devem ter o mesmo destino.
Sedans já extintos
AutoPapo listou todos os sedans médios extintos ao longo dos últimos anos. Devido à ausência deles, esse segmento, que tinha mais de uma dúzia de competidores na década passada, agora conta com pouquíssimas opções.
1. Mitsubishi Lancer

Mitsubishi Lancer saiu de linha no mundo inteiro
A trajetória do Lancer no Brasil é longa: começou na década de 1990, após a abertura do mercado às importações. Porém, só em 2014 o modelo passou a ser produzido no país, mais precisamente na fábrica do Grupo HPE em Catalão (GO). Apenas 5 anos mais tarde, em 2019, ele saiu de linha. A extinção ocorreu em em nível global, pois a Mitsubishi abandonou o segmento de sedans médios.
2. Ford Focus Fastback

Dirigibilidade sempre foi destaque da linha Focus
Outro modelo que tem longa história no Brasil é o Focus. Entre 2000 e 2019, a gama teve três gerações, todas importadas da Argentina: até 2015, ele se chamava Sedan, mas naquele ano mudou de nome para Fastback. A Ford até desenvolveu uma quarta safra para a linha, mas só a comercializa na Europa e em alguns poucos países em outros continentes.
3. Hyundai Elantra

Hyundai disputou categoria de sedans médios com o Elantra
Ao contrário dos demais sedans médios do listão, o Elantra nunca teve fabricação nacional ou em algum país latinoamericano: sempre veio da Coreia do Sul. Ele também chegou ao Brasil na década de 1990, mas deixou de ser importado em 2019; no ano seguinte, saiu definitivamente do site da Hyundai. A marca ainda produz o modelo, que inclusive ganhou nova geração recentemente, mas abandonou o segmento por aqui.
4. Renault Fluence

Fluence foi a última aposta da Renault no segmento
Após oferecer o modelo 19 e duas gerações do Mégane no mercado brasileiro, a Renault deu uma cartada final no segmento de sedans médios com o Fluence, em 2011. O sedan teve até a interessante versão esportiva GT, mas nunca deslanchou em vendas. Os últimos lotes chegaram ao país em 2018 e, no ano seguinte, ele saiu do portfólio da marca francesa, que seguiu os passos da concorrência e passou a investir em SUVs.
5. Citroën C4 Lounge

Citroën C4 Lounge deixou o mercado em 2020
Quando foi lançado, em 2013, para substituir o C4 Pallas, o Lounge até alcançou volume razoável de vendas. Porém, a participação no mercado foi caindo, até que a Citroën suspendeu as importações da Argentina em 2020. No ano seguinte, a saída do modelo do mercado foi oficializada. Agora, a marca francesa investe para ampliar a gama, mas não tem planos de lançar sedans.
6. Peugeot 408

Vendas do Peugeot 408 nunca decolaram
Tanto o 408 quanto o hatch 308 saíram do mercado em 2019. Desde então, a gama do fabricante não conta mais com nenhum produto desse gênero, e não há sinais de que isso vá mudar no futuro. A despedida do modelo colocou fim a uma dinastia de sedans da Peugeot, que chegou ao Brasil com a linha 306, nos anos de 1990.
Sedans seriamente ameaçados de extinção
Dos poucos sedans médios que ainda restam no mercado brasileiro, pelo menos dois estão seriamente ameaçados de extinção. Por enquanto, eles seguem à venda, mas o futuro de ambos é desanimador.
7. Chevrolet Cruze

Cruze não terá nova geração em parte alguma do planeta
Desde 2011, o Cruze ocupa o posto de sedan médio da Chevrolet no Brasil, sendo que a linha conta ainda com o hatch Sport6. Porém, a segunda e atual geração, que estreou em 2016, será a última: o fabricante já anunciou que ela não terá sucessora. A Argentina, inclusive, é o único país que ainda produz essa gama. Pode até ser que o modelo ainda dure alguns anos, mas, depois disso, o fim será inevitável.
8. Volkswagen Jetta

Atualmente, versão esportiva GLI é a única da linha Jetta
O desempenho comercial da atual geração do Jetta, que data de 2018, foi fraco. Tanto que, apenas dois anos depois do lançamento, a gama perdeu as três versões equipadas com motor 1.4 TSI: restou unicamente o esportivo GLI. No ano passado, o modelo passou por uma reestilização no México, de onde é importado para o Brasil, mas a Volkswagen ainda não lançou essa novidade por aqui: será que ele sobreviverá a 2022?
Sedans que devem ressurgir
Para não dizer que tudo está perdido, pelo menos dois sedans médios que saíram de linha recentemente devem voltar ao Brasil em 2022. Entretanto, eles chegarão via importação e em pequenas quantidades, para ocupar nichos nas gamas dos respectivos fabricantes.
9. Nissan Sentra

Nissan confirmou o retorno do Sentra ao país, já em nova geração
A Nissan já confirmou o retorno do Sentra ao Brasil, após um hiato que começou há quase um ano. Ele chegará totalmente reprojetado e com propulsão híbrida, mas atuará no topo do segmento, com preços elevados: consequentemente terá vendas limitadas. Assim como ocorreu com as três últimas safras do modelo, a nova geração virá do México.
10. Honda Civic

Novo Civic virá, mas apenas via importação
No ano passado, a Honda encerrou a produção do Civic no Brasil, porém confirmou que vai importar a nova geração, que ainda é recente em nível global. O modelo terá motorização híbrida, mas a gama será enxuta: por tais motivos, terá preços mais elevados e participação pequena no mercado. Vale lembrar que o sedan foi o primeiro produto nacional da marca japonesa, em 1997. Ao todo, cinco linhagens foram fabricadas aqui.
O AutoPapo testou a versão top de linha Touring da última geração do Honda Civic: assista ao vídeo!
O post Sedans médios em extinção: veja quais modelos já sumiram e quais correm riscos apareceu primeiro em AutoPapo.
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