Sob o comando de Antonio Filosa, a Stellantis iniciou uma mudança radical de estratégia corporativa, relatada pela agência Reuters através de pessoas próximas ao comando. O novo CEO, que assumiu em junho, abandonou a política de “preço sobre volume” do antecessor Carlos Tavares para priorizar a recuperação da participação de mercado, mesmo que isso custe as margens de lucro no curto prazo.
A manobra é descrita internamente como uma operação de “sala de emergência” para estancar a crise, especialmente na América do Norte. A gestão anterior focava em cortes de custos severos e preços elevados, o que resultou em uma queda de 15% nas vendas nos Estados Unidos em 2024, enquanto o mercado local crescia. O cenário gerou estoques encalhados e atritos com a rede de concessionários.
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Para reverter o quadro, Filosa retomou as vendas para frotas — prática evitada anteriormente por reduzir a rentabilidade média — e redirecionou o foco de produtos. O plano inclui trazer de volta o Jeep Cherokee e o icônico motor V8 Hemi para preencher lacunas deixadas no portfólio.
Além disso, a montadora cortou investimentos em tecnologias de longo prazo, como direção autônoma e hidrogênio, e revisou as metas agressivas de eletrificação para 2030. O pragmatismo já surtiu efeito: no terceiro trimestre, as vendas na América do Norte subiram 6% — a primeira alta após oito trimestres consecutivos de retração.
A estratégia conta com o aval das famílias controladoras do conglomerado, que aceitam margens menores para garantir a sobrevivência comercial da gigante automotiva. Contudo, o futuro da estrutura do grupo está sob análise.
Com 14 marcas no portfólio, a nova gestão avalia a viabilidade de manter todas as operações ativas, especialmente na Europa, onde há sobreposição de público entre as fabricantes.
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A manobra é descrita internamente como uma operação de “sala de emergência” para estancar a crise, especialmente na América do Norte. A gestão anterior focava em cortes de custos severos e preços elevados, o que resultou em uma queda de 15% nas vendas nos Estados Unidos em 2024, enquanto o mercado local crescia. O cenário gerou estoques encalhados e atritos com a rede de concessionários.
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Volta do V8 e revisão da eletrificação
Para reverter o quadro, Filosa retomou as vendas para frotas — prática evitada anteriormente por reduzir a rentabilidade média — e redirecionou o foco de produtos. O plano inclui trazer de volta o Jeep Cherokee e o icônico motor V8 Hemi para preencher lacunas deixadas no portfólio.
Além disso, a montadora cortou investimentos em tecnologias de longo prazo, como direção autônoma e hidrogênio, e revisou as metas agressivas de eletrificação para 2030. O pragmatismo já surtiu efeito: no terceiro trimestre, as vendas na América do Norte subiram 6% — a primeira alta após oito trimestres consecutivos de retração.
A estratégia conta com o aval das famílias controladoras do conglomerado, que aceitam margens menores para garantir a sobrevivência comercial da gigante automotiva. Contudo, o futuro da estrutura do grupo está sob análise.
Com 14 marcas no portfólio, a nova gestão avalia a viabilidade de manter todas as operações ativas, especialmente na Europa, onde há sobreposição de público entre as fabricantes.
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