Notícia Verão: especialistas ensinam como cuidar do carro no calor brasileiro

A combinação de radiação solar intensa, chuvas repentinas e variações bruscas de temperatura transforma o verão na estação mais agressiva para a lataria dos veículos. Especialistas em tintas e revestimentos alertam que a negligência neste período pode acelerar a degradação do verniz, resultando em manchas irreversíveis e perda de valor de revenda.

O erro mais frequente cometido pelos motoristas, segundo Ricardo Vettorazzi, gerente técnico da PPG, é a lavagem do automóvel com a carroceria aquecida. O contato da água fria e do sabão com o metal quente provoca um choque térmico que acelera a secagem dos produtos químicos antes do enxágue, fixando manchas na pintura. A regra de ouro é aguardar o resfriamento total da superfície à sombra antes de iniciar a limpeza.

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A escolha da vaga de estacionamento também exige estratégia. Embora a sombra seja desejável para proteger o interior e a pintura dos raios UV, parar sob árvores traz riscos biológicos. A queda de seiva vegetal e, principalmente, de fezes de pássaros atua como ácido corrosivo sobre o verniz. Nesses casos, a remoção deve ser imediata e cuidadosa, utilizando apenas água e um pano úmido, sem raspar, para evitar microrriscos na área afetada.

Outro ponto de atenção é o excesso de zelo estético. O polimento, muitas vezes visto como solução para dar brilho, é um processo abrasivo que retira uma fina camada de verniz ou esmalte a cada aplicação. Se realizado com frequência exagerada, o procedimento reduz a espessura da proteção original, deixando a chapa vulnerável à oxidação.

Para veículos que já apresentam sinais de desgaste, como opacidade ou marcas de chuva ácida, a recomendação é buscar serviços de cristalização ou vitrificação com profissionais qualificados. O uso de produtos de repintura à base de água e com alto teor de sólidos tem se mostrado mais eficaz para suportar as dilatações térmicas típicas do verão brasileiro.

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