Conversando com um amigo uns dias atrás, ele me disse algo que faz todo sentido: os melhores carros são os do fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000. Eles têm a eletrônica necessária para garantir um bom funcionamento e a segurança, mas sem a parafernália que está presente nos modelos de hoje.
Faz todo sentido! Hoje, em um carro premium alemão, você tem comando do rádio por gesto de mãos, modo relaxante – com ajuste do ar-condicionado, música e iluminação! – e é possível até mesmo programar para ele abrir o vidro em um determinado ponto, afinal, apertar o botão do vidro elétrico dá muito trabalho.
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Quando passei alguns dias com um desses carros, impressionei família e amigos que pegaram carona comigo. Mas, ao andar sozinho, fazia tudo a moda antiga: acionava o som usando os botões, relaxava ao som das minhas músicas prediletas e abria o vidro pelo comando normal.
Na verdade, vivemos a era dos carros desnecessários: SUVs de 500 cavalos de potência, 2,5 toneladas e 0 a 100 em 4 segundos. Mas incapazes de atravessar um lamaçal. Picapes com conforto de carro de passeio, suspensão multilink, mas capacidade de carga de um sedã médio…
Tudo pela ostentação, mas com o prazer ao dirigir anestesiado pela eletrônica que permite que esses “monstros” fiquem na linha até mesmo quando pilotados pelo mais incapaz dos motoristas. Já vimos muitos vídeos do que acontece quando os mais corajosos tentam domar esses supercarros modernos sem a ajuda das sopa de letrinhas ESC, ASR, XYZ e afins.
Repare na beleza da simplicidade deste painel
Que me desculpem os fãs desse aqui...
Estou sendo muito rabugento? Um negacionista da evolução dos automóveis? Os carros hoje estão chatos de dirigir com alertas de colisão que disparam em situações corriqueiras de trânsito e assistentes de permanência em faixa que te fazem brigar com o volante ao desviar de um buraco.
Sou totalmente a favor da evolução da segurança dos automóveis. Com a frota que temos hoje, se não houvesse avanço nesse campo, viveríamos uma carnificina ainda maior no trânsito brasileiro. Mas chegamos em um ponto no qual são necessários dispositivos que, nunca li estudos ou vi estatísticas, que de fato agregam.
O que adianta isso tudo, mas colocar uma tela multimídia do tamanho de uma televisão com conectividade 5G, Spotify e o caramba. Oras, isso vai tirar a atenção do motorista sim!
Será que o consumidor realmente deseja isso tudo? Estudos apontam que muitas dessa tecnologia são desprezadas após a empolgação inicial pela compra.
Quem realmente curte automóveis, quem ainda sente prazer em dirigir, prefere, eu tenho certeza, um carro com uma direção comunicativa, com bons engates de marchas, que responda rapidamente ao acelerador. No painel, apenas as informações necessárias. Esses são alguns fatores que criam uma conexão entre automóvel e condutor.
Para isso, você não precisa de centenas de cavalos de potência, não precisa de 2 quilômetros de cabos ligando milhares de microchips, não precisa de sistema de som surround e iluminação interna com todas as cores do aro-íris para escolher.
Por isso eu sempre digo… Que saudades do meu carro velho.
O post A era dos carros desnecessários (ou que saudades do meu carro velho) apareceu primeiro em AutoPapo.
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Faz todo sentido! Hoje, em um carro premium alemão, você tem comando do rádio por gesto de mãos, modo relaxante – com ajuste do ar-condicionado, música e iluminação! – e é possível até mesmo programar para ele abrir o vidro em um determinado ponto, afinal, apertar o botão do vidro elétrico dá muito trabalho.
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Quando passei alguns dias com um desses carros, impressionei família e amigos que pegaram carona comigo. Mas, ao andar sozinho, fazia tudo a moda antiga: acionava o som usando os botões, relaxava ao som das minhas músicas prediletas e abria o vidro pelo comando normal.
Na verdade, vivemos a era dos carros desnecessários: SUVs de 500 cavalos de potência, 2,5 toneladas e 0 a 100 em 4 segundos. Mas incapazes de atravessar um lamaçal. Picapes com conforto de carro de passeio, suspensão multilink, mas capacidade de carga de um sedã médio…
Tudo pela ostentação, mas com o prazer ao dirigir anestesiado pela eletrônica que permite que esses “monstros” fiquem na linha até mesmo quando pilotados pelo mais incapaz dos motoristas. Já vimos muitos vídeos do que acontece quando os mais corajosos tentam domar esses supercarros modernos sem a ajuda das sopa de letrinhas ESC, ASR, XYZ e afins.
Negacionista?!

Repare na beleza da simplicidade deste painel

Que me desculpem os fãs desse aqui...
Estou sendo muito rabugento? Um negacionista da evolução dos automóveis? Os carros hoje estão chatos de dirigir com alertas de colisão que disparam em situações corriqueiras de trânsito e assistentes de permanência em faixa que te fazem brigar com o volante ao desviar de um buraco.
Sou totalmente a favor da evolução da segurança dos automóveis. Com a frota que temos hoje, se não houvesse avanço nesse campo, viveríamos uma carnificina ainda maior no trânsito brasileiro. Mas chegamos em um ponto no qual são necessários dispositivos que, nunca li estudos ou vi estatísticas, que de fato agregam.
O que adianta isso tudo, mas colocar uma tela multimídia do tamanho de uma televisão com conectividade 5G, Spotify e o caramba. Oras, isso vai tirar a atenção do motorista sim!
Será que o consumidor realmente deseja isso tudo? Estudos apontam que muitas dessa tecnologia são desprezadas após a empolgação inicial pela compra.
Menos é mais
Quem realmente curte automóveis, quem ainda sente prazer em dirigir, prefere, eu tenho certeza, um carro com uma direção comunicativa, com bons engates de marchas, que responda rapidamente ao acelerador. No painel, apenas as informações necessárias. Esses são alguns fatores que criam uma conexão entre automóvel e condutor.
Para isso, você não precisa de centenas de cavalos de potência, não precisa de 2 quilômetros de cabos ligando milhares de microchips, não precisa de sistema de som surround e iluminação interna com todas as cores do aro-íris para escolher.
Por isso eu sempre digo… Que saudades do meu carro velho.
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