Notícia Airbag Takata registra 20ª vítima fatal nos Estados Unidos

O airbag da Takata fez, no mês passado, mais uma vítima fatal, dessa vez na cidade de Pensacola, na Flórida, Estados Unidos. A vítima foi um jovem de 23 anos que dirigia uma Ford Ranger 2006 que colidiu contra um sedã branco – não possível identificar na imagem e não especificado pela TV local Wear.

O acidente em si não parece ter sido muito forte, tanto que a Wear informou que o motorista do sedã saiu ileso. Por isso, as autoridades acreditam que o que causou a morte do jovem de 23 anos foi o acionamento do airbag da Takata.

A Ford Ranger 2006 estão em recall por causa desses airbags desde 2015. Ainda não está claro se essa picape já havia sido levada à concessionária para que fosse feito o reparo e nem a Ford nem a NHTSA (Administração Nacional de Segurança no Trânsito Rodoviário, em tradução livre) confirmaram se o recall realmente tinha acontecido.

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Acidente que acionou o airbag da Takata não parece ter sido muito ‘forte’ (Foto: Wear TV | Reprodução)

Um documento da NHTSA divulgado no último dia 19 determinou que a fatalidade foi em decorrência do acionamento do airbag da Takata:

o motorista do veículo se envolveu em uma pequena colisão de trânsito; no entanto, o motorista sofreu ferimentos fatais devido à ativação do airbag do lado do motorista. O motorista morreu no local da colisão.

Um porta-voz da Patrulha Rodoviária da Flórida também confirmou que, mais tarde, um oficial determinou que o motorista do Ranger havia morrido devido a ferimentos causados pelo airbag. Segundo o porta-voz “o relatório do acidente e a Investigação de Homicídios no Trânsito podem levar 90 dias ou mais para serem concluídos antes de estarem disponíveis”.

O problema no airbag da Takata


O defeito nos airbags está em um componente chamado deflagrador. A peça é um recipiente de metal que contém um químico gerador de gás.

O deflagrador é responsável pela expansão imediata da bolsa de ar que amortece o impacto contra os ocupantes em acidentes.

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A falha ocorre apenas em caso de colisão, quando o airbag é ativado.

Então, o deflagrador defeituoso explode, rompendo a bolsa de tecido e lançando estilhaços de metal, em alta velocidade, contra os ocupantes do carro.

As lesões que resultam são muito graves e já mataram ao menos 29 pessoas no mundo, uma delas, no Brasil.

A explosão​


O gerador de gás que a Takata usa é o nitrato de amônio, uma substância sólida e explosiva.

É necessário o uso de um propelente no sistema, pois o deflagrador deve ser capaz de inflar a bolsa em microssegundos para proteger os ocupantes do impacto.

O químico, no entanto, deve ter uma ação controlada e não destrutiva. O problema é que o nitrato de amônio é considerado um material instável.

De acordo com as investigações realizadas pela National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), órgão norte-americano responsável pela segurança no trânsito, a substância sofreu uma deterioração que alterou suas propriedades, tornando-a excessivamente explosiva.

Segundo os resultados divulgados pela organização, o que levou à alteração foram altas taxas de umidade e/ou grandes variações de temperatura.

Ou seja, condições naturais do ambiente de diversas regiões, inclusive do Brasil. Porém, a degradação ocorre apenas com o tempo, o que transforma os airbags afetados em bombas-relógio.


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