Notícia Andamos com Kwid que não é feito para trabalho e é quase exclusivo: entenda

Versão Outsider tem caprichos visuais, roda de liga leve, mas mantém motor 1.0 aspirado de até 71 cv


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Geralmente, quando olhamos um Renault Kwid na rua, é um carro branco voltando do trabalho, um clássico substituto do saudoso e “potente” Fiat Uno com escada no teto. Todavia, a linha 2026, que foi atualizada recentemente, recebeu algumas novidades presentes na versão Outsider, que é baseada na Iconic. E, sim, foi a configuração topo de linha com caprichos visuais e preço de até R$ 86,5 mil que a Revista Carro avaliou e, olha, leitor, não é de todo ruim como falam por aí, pois tem seus pontos positivos. O motor 1.0 aspirado de até 71 cv foi mantido.

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Visual pouco visto
Visualmente, o Renault Kwid tem traços mais alinhados do que o rival direto Fiat Mobi. Além disso, essa configuração Outsider tem detalhes em amarelo no teto, espelho e para-choques, assim como um adesivo com desenho no melhor estilo tribal. O rack de teto dá o charme final, só que não é possível carregar nada nele, pois é apenas enfeite. As rodas de liga leve de 14 polegadas são opcionais, com acabamento escurecido.

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Embora a Renault o chame de SUV dos compactos, não é bem assim. Mesmo com a posição um pouco elevada ao dirigir, é um carro pequeno, o que é bom para o uso urbano, uma vez que toda vaga é vaga. No tamanho, são 3,68 metros de comprimento, 1,57 metro de largura, 1,47 metro de altura e 2,42 metros de entre-eixos. O porta-malas tem apenas 290 litros.

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Portanto, não espere muito do espaço interno. É ideal apenas para, no máximo, quatro pessoas e malas, não ouse levar meia dúzia, que não vai caber. Claro, por ser um carro “popular”, entre aspas — mas calma, já falarei sobre isso —, tem muito plástico duro e com um encaixe que deixa um pouco a desejar.

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Básico quase bem feito
Em relação aos equipamentos, leitor, podemos dizer que é um básico quase bem feito, visto que agora há uma ampla central multimídia com uma qualidade até melhor do que a do Kardian, que, inclusive, na linha 2026 do SUV compacto, vai ganhar uma nova. De volta ao Kwid, a multimídia chamada de Media Evolution conecta bem o smartphone por Bluetooth, só que não conseguimos conectar, durante uma semana de teste, o Android Auto e nem o Apple CarPlay. Agora também há uma câmera de ré, que sim, tem uma qualidade inferior à dos carros chineses, mas é melhor do que a do atual Kardian, por exemplo, já que usa todas as 8 polegadas da central.

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Ademais, o modelo conta com bons equipamentos uma nova saída USB-C, 4 airbags (2 frontais e 2 laterais), controle eletrônico de estabilidade (ESP), assistente de partida em rampa (HSA), alerta visual e sonoro de não utilização do cinto de segurança de todos os ocupantes, sistema Start & Stop, monitoramento da pressão dos pneus (TPMS), luzes de circulação diurna (DRL) em LED, painel de instrumentos com mostradores em LED, indicador de temperatura externa, computador de bordo, tacômetro, direção elétrica, ar-condicionado, quatro alto-falantes, duas saídas USB na frente, entre outros itens. E, olha, se a central e o painel fossem melhores, seria um básico bem feito. Inclusive, os detalhes visuais do painel deixam a desejar no quesito beleza, alí caberia bem instrumentos analógicos com traços mais elegantes.

Mecânica
Apesar de ter recebido os apliques visuais e novos equipamentos, o motor segue o 1.0 SCe aspirado de três cilindros e 12 válvulas, que gera 71 cv com etanol e 68 cv com gasolina, com torque de 10,0 kgfm com etanol e 9,4 kgfm com gasolina. O câmbio é de cinco velocidades. O que esperar desse conjunto? Fácil manutenção do motor e câmbio, além de um rodar esperto, uma vez que pesa apenas 825 kg, o que faz ele ser ligeiro nos trechos urbanos. Agora, não espere potência de 1.0 turbo, já que ele não terá arrancadas e retomadas vigorosas. É preciso ser dito que o câmbio tem engates precisos e, até que, suaves. Vale informar que a Revista O Mecânico já desmontou o motor desse veículo, para ver tudo sobre isso, basta clicar neste link.

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O hatch tem o consumo de 15,5 km/l na estrada e 14,6 km/l na cidade com gasolina, segundo o Inmetro. O que o torna ideal para quem vai trabalhar de aplicativo e não gosta de levar muita gente.

Preço é salgado, mas…
Sim, o preço é salgado, mas há um porém aqui. Lá em 2017, o Kwid era vendido por R$ 29.900. Claro, o mundo mudou nestes últimos anos, principalmente no Brasil. Enfim, longe das polêmicas políticas, é preciso informar que um dos motivos de o valor de um automóvel ser caro por aqui é a carga tributária, que tem, em média, 22% de ICMS, 11% de PIS/Cofins e 13% de IPI, totalizando 44% de imposto — uma diferença de 37% em relação aos Estados Unidos, que cobra 7%, e 39% da China, que cobra 5%.

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Isto posto, o Kwid Outsider, que é vendido por R$ 89.590, é R$ 6.600 mais caro do que o Fiat Mobi Trekking, oferecido pela Stellantis por R$ 82.990 e, também, é mais caro do que o Mobi com opcional Pack Style, negociado por mais R$ 2.300, totalizando R$ 85.290. A vantagem do Kwid Outsider ficará para o visual, que é mais moderno, para a central de 8 polegadas e, por fim, pela qualidade dos plásticos, que, embora não tenha um encaixe preciso, é melhor do que o do Fiat — assim como o acabamento dos bancos. Enfim, é por esse motivo que essa versão é pouco vista nas ruas, uma vez que as configurações Iconic é vendida por R$ 86.490 e a Intense R$ 82.990.

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