O plástico é cada vez mais usado nos carros. As peças que mais evidenciam isso são bem visíveis, como os para-choques, acabamentos do interior e apliques estéticos. Porém esse material também é usado em componentes mecânicos como as bieletas.
Muitos já associam esse uso do plástico como corte de custos, mas o avanço nos estudos de materiais permitiram usar ele com resultados similares ao metal. Porém esses materiais mais avançados conseguem obter resultados similares sem prejudicar o bolso dos motoristas.
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Ela é tradicionalmente feita em metal (Foto: Shutterstock)
As bieletas são responsáveis por conectar a barra estabilizadora ao braço da suspensão. Por isso, ela recebe muitos impactos e vibrações, principalmente nas condições de piso do Brasil.
A falta de resistência nessa peça pode manchar a imagem de um carro. O Peugeot 206 é conhecido até hoje por ter bieletas frágeis.
A General Motors utiliza um polímero chamado PA66 GF30, cuja composição básica é de nylon reforçado com fibra de vidro
Essa peça começou a ser feita em plástico nos últimos 20 anos. O primeiro modelo nacional equipado com bieletas de plástico foi o Chevrolet Vectra de terceira geração, lançado em 2005. Hoje ela usa essa solução no Onix, Onix Plus, Tracker e Montana.
A Volkswagen Polo, característica que se estendeu aos derivados Virtus, Nivus e Tera. O grupo alemão também usa essa solução em alguns carros da Audi. Consultamos a Chevrolet norte-americano para entender melhor como são feitas as peças e como se difere da peça feita em metal.
Segundo a engenharia da General Motors, as bieletas usadas na linha Onix são feitas com o polímero PA66 GF30. Sua composição básica é nylon reforçada com fibra de vidro.
A peça feita em plástico possui resistência similar a metálica e ainda dispensa tratamentos para prevenir corrosão (Foto: YouTube | Reprodução)
O fabricante diz que o peso é similar ao de uma bieleta feita em metal, o que não traz impactos a massa não suspensa. Ele aponta também outros benefícios do PA66 GF30, como a maior resistência e rigidez, estabilidade dimensional em condições de carga, capacidade de operação em ambientes de alta temperatura e robustez contra condições adversas.
O fato de ser feita em um polímero também traz vantagens ao longo prazo, como não ter risco de corrosão — mesmo em condições severas — e dispensar tratamento superficial ou pintura. Isso simplifica também para o lado do fornecedor na hora da produção.
A General Motors diz que seus testes internos comprovaram que não há diferença na durabilidade da bieleta em polímero quando comparada com a metálica. Ela já adota versões feitas em polímeros de outras peças que costumavam ser feitas em ligas metálicas caso tenham desempenho e integralidade similar.
As bieletas feitas em plástico podem ser uma tendência na indústria. O componente foi bem aceito e não existem relatos de fragilidade na suspensão dos carros nacionais que o utiliza, assim como foi com os coletores de admissão e outros componentes mecânicos feitos em polímeros.
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Muitos já associam esse uso do plástico como corte de custos, mas o avanço nos estudos de materiais permitiram usar ele com resultados similares ao metal. Porém esses materiais mais avançados conseguem obter resultados similares sem prejudicar o bolso dos motoristas.
VEJA TAMBÉM:
- Bieleta: tudo que você precisa saber sobre essa pecinha importante
- Principais peças da suspensão do carro e suas funções
- Maracutaia com a bieleta: a troca do que não tem…
O que são as bieletas

Ela é tradicionalmente feita em metal (Foto: Shutterstock)
As bieletas são responsáveis por conectar a barra estabilizadora ao braço da suspensão. Por isso, ela recebe muitos impactos e vibrações, principalmente nas condições de piso do Brasil.
A falta de resistência nessa peça pode manchar a imagem de um carro. O Peugeot 206 é conhecido até hoje por ter bieletas frágeis.
Uso de plástico nas bieletas é recente

A General Motors utiliza um polímero chamado PA66 GF30, cuja composição básica é de nylon reforçado com fibra de vidro
Essa peça começou a ser feita em plástico nos últimos 20 anos. O primeiro modelo nacional equipado com bieletas de plástico foi o Chevrolet Vectra de terceira geração, lançado em 2005. Hoje ela usa essa solução no Onix, Onix Plus, Tracker e Montana.
A Volkswagen Polo, característica que se estendeu aos derivados Virtus, Nivus e Tera. O grupo alemão também usa essa solução em alguns carros da Audi. Consultamos a Chevrolet norte-americano para entender melhor como são feitas as peças e como se difere da peça feita em metal.
Segundo a engenharia da General Motors, as bieletas usadas na linha Onix são feitas com o polímero PA66 GF30. Sua composição básica é nylon reforçada com fibra de vidro.

A peça feita em plástico possui resistência similar a metálica e ainda dispensa tratamentos para prevenir corrosão (Foto: YouTube | Reprodução)
O fabricante diz que o peso é similar ao de uma bieleta feita em metal, o que não traz impactos a massa não suspensa. Ele aponta também outros benefícios do PA66 GF30, como a maior resistência e rigidez, estabilidade dimensional em condições de carga, capacidade de operação em ambientes de alta temperatura e robustez contra condições adversas.
O fato de ser feita em um polímero também traz vantagens ao longo prazo, como não ter risco de corrosão — mesmo em condições severas — e dispensar tratamento superficial ou pintura. Isso simplifica também para o lado do fornecedor na hora da produção.
A General Motors diz que seus testes internos comprovaram que não há diferença na durabilidade da bieleta em polímero quando comparada com a metálica. Ela já adota versões feitas em polímeros de outras peças que costumavam ser feitas em ligas metálicas caso tenham desempenho e integralidade similar.
As bieletas feitas em plástico podem ser uma tendência na indústria. O componente foi bem aceito e não existem relatos de fragilidade na suspensão dos carros nacionais que o utiliza, assim como foi com os coletores de admissão e outros componentes mecânicos feitos em polímeros.
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