Após vários adiamentos, a BYD inaugurou sua fábrica em Camaçari (BA). A unidade que foi construída pela Ford começará as atividades sob as mãos chinesas para produzir os modelos Dolphin Mini, King (flex) e Song Pro.
Esse início das atividades veio em momento oportuno. As alíquotas de importação para carros eletrificados subiram com o início de julho: foi de 18 para 25% nos elétricos, de 20 para 28% nos híbridos plug-in e de 25 para 30% nos híbridos plenos.
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Já os carros produzidos em regime CKD possuem alíquota de 16%, enquanto os feitos em SKD são tributados em 18%. Foi isso que tornou vantajoso para a BYD produzir nacionalmente. A marca pleiteou uma redução na tributação para esses tipos de processos fabris, mas não foi atendida pelo governo.
Em dezembro de 2024 o Ministério Público do Trabalho (MPT) encontrou 220 trabalhadores chineses em regime análogo a escravidão e vítimas de tráfico internacional. Eles participavam das reformas na fábrica de Camaçari.
As obras eram feitas pelas empreiteiras China JinJiang Construction Brazil Ltda. e Tonghe Equipamentos Inteligentes do Brasil Co. (atual Tecmonta Equipamentos Inteligentes Brasil Co. Ltda.), que foram contratadas pela BYD.
O MPT encontrou condições degradantes na obra, com falta de higiene nos alojamentos e na cozinha. Também encontraram riscos de acidentes nos locais de trabalho.
Em maio de 2025 o MPT entrou com um processo contra a BYD por esses motivos. A ação foi protocolada na 5ª Vara do Trabalho de Camaçari, após a negativa das empresas em firmar termo de ajuste de conduta.
Segundo o portal Repórter Brasil, a BYD ofereceu o mesmo piso salarial de R$ 1.950 para todas as vagas em sua fábrica. Isso gerou criticas vindas do sindicato dos metalúrgicos de Camaçari.
A associação alega que esse salário padronizado é oferecido em cargos com diferentes graus de especialização. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Camaçari diz que as negociações com a marca chinesa são difíceis.
Marca afirma que o regime SKD faz parte do primeiro estágio de seu projeto, mas que pretende nacionalizar toda produção
Segundo a BYD, a planta opera com 1.000 colaboradores, mas deverá ampliar para 3 mil funcionários até o fim de 2025. A capacidade atual é de 150 mil unidades anuais, mas a marca quer escalar para até 300 mil unidades nos próximos anos.
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Esse início das atividades veio em momento oportuno. As alíquotas de importação para carros eletrificados subiram com o início de julho: foi de 18 para 25% nos elétricos, de 20 para 28% nos híbridos plug-in e de 25 para 30% nos híbridos plenos.
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Já os carros produzidos em regime CKD possuem alíquota de 16%, enquanto os feitos em SKD são tributados em 18%. Foi isso que tornou vantajoso para a BYD produzir nacionalmente. A marca pleiteou uma redução na tributação para esses tipos de processos fabris, mas não foi atendida pelo governo.
Obras na fábrica da BYD foram alvo de investigações
Em dezembro de 2024 o Ministério Público do Trabalho (MPT) encontrou 220 trabalhadores chineses em regime análogo a escravidão e vítimas de tráfico internacional. Eles participavam das reformas na fábrica de Camaçari.
As obras eram feitas pelas empreiteiras China JinJiang Construction Brazil Ltda. e Tonghe Equipamentos Inteligentes do Brasil Co. (atual Tecmonta Equipamentos Inteligentes Brasil Co. Ltda.), que foram contratadas pela BYD.
O MPT encontrou condições degradantes na obra, com falta de higiene nos alojamentos e na cozinha. Também encontraram riscos de acidentes nos locais de trabalho.
Em maio de 2025 o MPT entrou com um processo contra a BYD por esses motivos. A ação foi protocolada na 5ª Vara do Trabalho de Camaçari, após a negativa das empresas em firmar termo de ajuste de conduta.
Salários propostos também foram alvo de polêmicas
Segundo o portal Repórter Brasil, a BYD ofereceu o mesmo piso salarial de R$ 1.950 para todas as vagas em sua fábrica. Isso gerou criticas vindas do sindicato dos metalúrgicos de Camaçari.
A associação alega que esse salário padronizado é oferecido em cargos com diferentes graus de especialização. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Camaçari diz que as negociações com a marca chinesa são difíceis.

Marca afirma que o regime SKD faz parte do primeiro estágio de seu projeto, mas que pretende nacionalizar toda produção
Segundo a BYD, a planta opera com 1.000 colaboradores, mas deverá ampliar para 3 mil funcionários até o fim de 2025. A capacidade atual é de 150 mil unidades anuais, mas a marca quer escalar para até 300 mil unidades nos próximos anos.
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