Notícia Carro antigo para não pagar IPVA? Tiro pode sair pela culatra!

Quando o assunto é automóvel, tem muita dica furada. Uma recente é de trocar um modelo mais novo por um carro antigo, para deixar de pagar o IPVA. E acreditar numa eventual valorização.

Mas atenção, pois o imposto é estadual e os prazos variam, de 10 até 30 anos de fabricação. Pode estar certo de que não vale a pena a isenção, pois o custo da manutenção será muito superior. Principalmente se o carro for colocado para rodar no dia-a-dia: a chance de ele quebrar é muito maior. E pelo custo das peças. E também da mão de obra que vai ficando cada vez mais especializada e difícil de se encontrar.

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Quanto à possível valorização, ela é bem possível. Mas, nem sempre é uma certeza…

Importante saber que os mais velhinhos exigem especial cuidado na manutenção. Veja uma dúzia de regrinhas básicas:

1. Dar uma “ligadinha” uma vez por semana? Nem pensar


Se o carro antigo vai ficar parado umas semanas, está enganado quem acha que basta ligar o motor uma vez por semana durante uns cinco minutos. Pois haverá contaminação do óleo do cárter pelo combustível. Melhor não fazer nada. O certo é sair e dar, no mínimo, uma volta de uns 10 minutos uma vez por mês.

2. Deixe o carro solto


Não deixe o freio de estacionamento do carro antigo acionado. Lonas pressionadas contra os tambores correm risco de oxidação, “grudarem” e dificultar a movimentação do carro.

3. Proteção da bateria


Não desligar a bateria pelos cabos, mas preferencialmente por uma chave geral. Extremamente recomendável nos carros antigos e deverá ser desligada quando o carro ficar parado durante algumas horas, ou dias. Além de proteger a bateria, evita-se também um princípio de incêndio que pode resultar da fiação antiga.

4. Extintor de incêndio é obrigatório

extintor de incencio resil em honda fit 2006

(Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo)

Extintor de incêndio à mão. Não o guarde no porta-malas ou em local de difícil acesso. O ideal é prendê-lo ao banco do motorista, rente ao chão.

5. Quando trocar o óleo do carro antigo


Nunca espere atingir a quilometragem para trocar o óleo lubrificante. Como carro antigo roda pouco, o óleo e filtro devem ser substituídos a cada 12 (ou 18) meses. Não importa quantos quilômetros rodou. E, se o motor ficou sem funcionar por alguns meses, troque o óleo antes de liga-lo.

6. Risco de pneu “quadrado”


O contato por período longo dos pneus com o piso pode deformá-los. Ficam “quadrados”. Uma solução é deixar o carro sobre cavaletes. Outra é inflar o pneu com uma pressão bem superior à recomendada, enquanto estiver estacionado. E sempre movimentar ligeiramente o carro, para mudar o ponto de contato do pneu.

7. Cuidado com a gasolina

carburador solex

Para os maiss novos: isto é um carburador (Foto: Divulgação)

Gasolina com etanol não faz bem aos carburadores dos carros antigos. Na previsão de o carro ficar parado por períodos mais longos, desligue a alimentação de combustível e funcione o motor até esgotar toda a gasolina das cubas.

8. Borrachas ressecam


Preste especial atenção a todas as mangueiras: de combustível, fluido do freio, do sistema de refrigeração, etc. É grande sua tendência a ressecar, surgir fissuras e permitir indesejáveis (e perigosos) vazamentos. De olho também em componentes de borracha como limpadores e correias, que perdem flexibilidade com o tempo.

9. Validade do pneu


Em carro antigo, é muito comum que os pneus estejam “novinhos” e “borrachudos”, porém o DOT (data de fabricação gravada na banda lateral) revela estarem vencidos. Se foram fabricados até dez anos, dá para rodar. Caso contrário, lixo!

10. Água acumulada nas portas


Muita atenção para os “drenos” no fundo da parte interna das portas e porta-malas. No caso de chuva ou de um lava-jato, eles evitam a presença de água quando entopem, pela sujeira e terra que se acumula. Basta passar um arame para desentupi-los e evitar a oxidação, ou ferrugem. Outra dica é rodar alguns km com o carro depois de ser lavado, para a água escoar pelos drenos.

11. Esquente o motor


Sempre esquentar o motor até atingir a temperatura de funcionamento, pois o antigo não tem os mesmos recursos que o novo. Para “pegar”, utilizar o afogador para enriquecer a mistura, mas não deixá-lo acionado por mais que alguns minutos.

12. Óleo mais grosso


É normal o motor que já rodou cerca de 100 mil km – ou mais – queimar um pouco do óleo lubrificante. Se não for exageradamente (aí a solução é a retífica), usar um óleo de maior viscosidade: existem no comércio óleos especiais para motores de “alta quilometragem”. Entre eles, o Lubrax (da Petrobras) é o único que, além da maior viscosidade, tem um aditivo especial (seal swell) que dilata retentores e anéis de vedação para atenuar a passagem de óleo.

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