As fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul deixaram muitos prejuízos materiais para os gaúchos. Além de casas e móveis muitos perderam seus carros ou tiveram problemas de funcionamento pela infiltração de água. Esse tipo de catástrofe natural que também é recorrente em outras regiões e gera um ponto de insegurança na hora de adquirir um automóvel : será que este é um carro de enchente?
Entrevistamos o engenheiro, perito, detail e gaúcho Cleber Bertotto, mais conhecido como Tuio, para esclarecer os principais cuidados para comprar ou evitar um carro que passou por alagamento.
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O especialista esclarece que há vários pontos a serem identificados na hora de verificar se um carro é ou não de enchente. O primeiro deles pode ser percebido visualmente assim que se tem contato com o veículo.
A parte de trás do painel pode revelar muitas coisas (Foto: VW | Divulgação)
Essa limpeza excessiva é sinal de que o veículo passou por uma limpeza detalhada, pois os locais especificados pelo especialista acumulam, além da sujeira residual, lama decorrente das enchentes. A não ser que o proprietário seja bem detalhista e tenha por acaso acabado de realizar uma limpeza detalhada, isso não é comum.
O feltro é uma camada que fica abaixo do carpete e serve como isolamento térmico e acústico nos veículos. Quando substituído ele demonstra alguns sinais de troca manual, diferentes dos que vêm de fábrica no veículo.
Pode ser ainda que este item permaneça o original do carro e nestes casos vale verificar se está molhado, pois esse isolamento não costuma secar com facilidade. Um carro que passou por enchente pode preservar o seu feltro molhado por muito tempo.
Ainda segundo o especialista, lâmpadas e faróis molhados também podem indicar um carro de enchente. Mesmo que possa acontecer infiltração em algumas das partes, caso todas estejam com água parada dentro, é bom ficar atento.
Os componentes que ligam as rodas no carro podem esconder muita sujeira de enchente (Foto: Shutterstock)
Bom, desconsiderando que o proprietário queira se desfazer do modelo e pretenda arrumá-lo, as principais recomendações estão perto das rodas e nos equipamentos eletrônicos
Mesmo que permaneçam funcionando, componentes elétricos podem parar do nada.”
Rolamentos de roda, motor de arranque, alternador, correia de comando, tensor de correia e homocinética também merecem atenção, afirma Tuio. O acúmulo de sujeira, lama, água, resíduos e falta de lubrificação em componentes, como alguns destes, degrada-os mais rapidamente.
Aqui o especialista apresenta uma solução mais simples e econômica que uma manutenção completa de motor. Com isso, ao invés de abrir o propulsor, desmontar tudo, ajustar e checar o equipamento, ele aponta que uma manutenção mais profunda nos sistemas de ignição e escape, além claro da troca de óleo, podem ser eficientes.
Trocar velas e cabo costuma sem necessário (Foto: Shutterstock)
A dica é tirar cabos e velas, conferir se estão secos e em condições de uso. Escapamento e cano também entram nessa. Após isso é fundamental trocar o óleo do motor, funcionando o modelo até ele aquecer, por cerca de 30 minutos, e logo trocar novamente o lubrificante. Essa ação irá limpar com mais eficiência os resíduos dentro do veículo. A troca do óleo da caixa de marchas e do fluido de freio também é fundamental.
Caso a simples troca do óleo não funcione, pode ser que uma retífica seja necessária.
É importante que o candidato a proprietário saiba identificar estas situações e como reagir a elas, ou ao menos conheça quem possa. Tuio afirma que a informação de que um carro passou por enchente pode não constar no documento. Apenas modelos que passam por sinistro e vão para leilão, por exemplo, tem isso identificado na ficha.
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Entrevistamos o engenheiro, perito, detail e gaúcho Cleber Bertotto, mais conhecido como Tuio, para esclarecer os principais cuidados para comprar ou evitar um carro que passou por alagamento.
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- Enchente: o que fazer quando se está no carro num alagamento?
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Como saber se o carro é de enchente?
O especialista esclarece que há vários pontos a serem identificados na hora de verificar se um carro é ou não de enchente. O primeiro deles pode ser percebido visualmente assim que se tem contato com o veículo.
A parte de trás do painel pode revelar muitas coisas (Foto: VW | Divulgação)
Essa limpeza excessiva é sinal de que o veículo passou por uma limpeza detalhada, pois os locais especificados pelo especialista acumulam, além da sujeira residual, lama decorrente das enchentes. A não ser que o proprietário seja bem detalhista e tenha por acaso acabado de realizar uma limpeza detalhada, isso não é comum.
O feltro é uma camada que fica abaixo do carpete e serve como isolamento térmico e acústico nos veículos. Quando substituído ele demonstra alguns sinais de troca manual, diferentes dos que vêm de fábrica no veículo.
Pode ser ainda que este item permaneça o original do carro e nestes casos vale verificar se está molhado, pois esse isolamento não costuma secar com facilidade. Um carro que passou por enchente pode preservar o seu feltro molhado por muito tempo.
Ainda segundo o especialista, lâmpadas e faróis molhados também podem indicar um carro de enchente. Mesmo que possa acontecer infiltração em algumas das partes, caso todas estejam com água parada dentro, é bom ficar atento.
O carro é de enchente. O que fazer?
Os componentes que ligam as rodas no carro podem esconder muita sujeira de enchente (Foto: Shutterstock)
Bom, desconsiderando que o proprietário queira se desfazer do modelo e pretenda arrumá-lo, as principais recomendações estão perto das rodas e nos equipamentos eletrônicos
Mesmo que permaneçam funcionando, componentes elétricos podem parar do nada.”
Rolamentos de roda, motor de arranque, alternador, correia de comando, tensor de correia e homocinética também merecem atenção, afirma Tuio. O acúmulo de sujeira, lama, água, resíduos e falta de lubrificação em componentes, como alguns destes, degrada-os mais rapidamente.
E no motor?
Aqui o especialista apresenta uma solução mais simples e econômica que uma manutenção completa de motor. Com isso, ao invés de abrir o propulsor, desmontar tudo, ajustar e checar o equipamento, ele aponta que uma manutenção mais profunda nos sistemas de ignição e escape, além claro da troca de óleo, podem ser eficientes.
Trocar velas e cabo costuma sem necessário (Foto: Shutterstock)
A dica é tirar cabos e velas, conferir se estão secos e em condições de uso. Escapamento e cano também entram nessa. Após isso é fundamental trocar o óleo do motor, funcionando o modelo até ele aquecer, por cerca de 30 minutos, e logo trocar novamente o lubrificante. Essa ação irá limpar com mais eficiência os resíduos dentro do veículo. A troca do óleo da caixa de marchas e do fluido de freio também é fundamental.
Caso a simples troca do óleo não funcione, pode ser que uma retífica seja necessária.
Cuidado na hora da compra
É importante que o candidato a proprietário saiba identificar estas situações e como reagir a elas, ou ao menos conheça quem possa. Tuio afirma que a informação de que um carro passou por enchente pode não constar no documento. Apenas modelos que passam por sinistro e vão para leilão, por exemplo, tem isso identificado na ficha.
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