Notícia Carros antigos ‘baratos’: 10 modelos que ainda têm preços acessíveis

Você curte carros antigos, mas ainda não realizou o sonho devido aos preços, que não estão exatamente baratos? Então anime-se, pois os valores de determinados veículos ainda estão em patamares acessíveis. Deu até para fazer um listão, com 10 automóveis históricos bastante interessantes.

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Todos os modelos do listão podem ser encontrados à venda, em sites de classificados, por valores entre R$ 15 mil e R$ 25 mil. Essa faixa de preço diz respeito a veículos em bom estado. Existem similares anunciados por quantias bem menores, mas vale lembrar que carros antigos muito baratos costumam sair caros: afinal, gastos exagerados com consertos ou com regularização podem rapidamente inviabilizar o investimento.

10 carros antigos baratos​


No listão, entraram apenas veículos com pelo menos 30 anos de fabricação. É que esse é o parâmetro da legislação brasileira para que um carro seja considerado antigo. Além do mais, todos são nacionais, já que esses modelos são mais abundantes e, consequentemente, têm preços menores.

Importante destacar que, na gama de determinado modelo, algumas versões podem ser bem mais valorizadas do que outras. Configurações esportivas ou de tiragem limitada, por exemplo, costumam ter valores mais altos que as opções de entrada, que geralmente são mais simples e comuns. Dito tudo isso, confira o listão de carros antigos baratos!

1. Chevrolet Chevette SL​

chevrolet chevette 1983 vermelho de frente com homem em propaganda de epoca

Linha 1983 marcou uma reestilização na linha Chevette

O Chevette tem uma história de sucesso no Brasil: a Chevrolet produziu mais de 1 milhão de unidades do modelo entre o lançamento, em 1973, até o fim da produção, em 1993. Por isso, não é tão difícil assim encontrar exemplares em bom estado, com preços ainda razoáveis.

Unidades da primeira safra, até o ano de 1977, são mais valorizadas. Por outro lado, veículos produzidos a partir de 1978 (que já ostentam a primeira reestilização), nas versões mais comuns, L e SL, ainda têm preços mais em conta. Exemplares que integram séries especiais, como Jeans, Ouro Preto e País Tropical, ou das versões esportivas GP e S/R, são mais raros e, consequentemente, caros.

2. Chevrolet Monza SL/E​

chevrolet monza sle 4 portas 1988 prata de frente

Sonho de consumo durante os anos 80, o Monza ainda mantém muitos fãs

Outro dos carros antigos da Chevrolet que ainda tem preços razoavelmente baratos é o Monza. Isso, desde que o comprador esteja disposto a abrir mão do luxo da versão top de linha Classic ou da exclusividade esportiva da S/R: essas são mais valorizadas. Para manter o orçamento dentro de parâmetros razoáveis, a pedida certa é a intermediária SL/E.

Não é tão difícil encontrar um SL/E com direção hidráulica; porém, poucos exemplares dessa versão têm o pacote completo, que inclui também o ar-condicionado. A produção do modelo foi de 1982 a 1996, sendo que a linha 1991 trouxe uma reestilização extensa, apelidada pelos consumidores de “Tubarão”. Ao todo, a Chevrolet comercializou 857.810 unidades do Monza no país.

Já dirigimos um Monza GLS 1994: assista ao vídeo!

3. Fiat 147 C​

fiat 147 c branco de frente

Com o 147, a Fiat iniciou trajetória no Brasil

O primeiro produto nacional da Fiat ainda tem preços acessíveis. Isso, ao menos, nas versões mais comuns, como a C, que surgiu em 1982 como opção de entrada da gama. Ela conjuga a dianteira reestilizada, conhecida como Europa, aos demais traços originais da carroceria, resultando em um conjunto simpático, com a cara da década de 1980.

Entre 1976 e 1986, a Fiat produziu cerca de 710 mil unidades da gama 147 em Betim (MG). Como é comum no mercado de carros antigos, as versões com menor tiragem não têm preços baratos: esse é o caso das sofisticadas GLS e Top e das esportivas Rallye e Racing.

Boris Feldman dirigiu um 147 a álcool do acervo histórico da Fiat: assista ao vídeo!

4. Fiat Uno Mille​

uno mille 1990

Uno Mille é, até hoje, sinônimo de carro popular

Parece que foi ontem, mas o lançamento do Mille já ocorreu há mais de 30 anos: essa versão chegou ao mercado em 1990, valendo-se de isenção fiscal para veículos com motores de até 1.000 cm³, chamados de populares. Portanto, carros dos primeiros anos de fabricação já são oficialmente antigos, mas ainda têm preços relativamente baratos.

Os exemplares das primeiras linhagens são muito despojados. Versões mais fornidas de equipamentos, como a ELX e a EP, só surgiram em meados da década de 1990 e, atualmente, têm status de neocolecionáveis. O compacto teve tamanha aceitação que só saiu de linha em 2013, com a série especial Grazie Mille. A primeira geração do Uno teve nada menos que 3,7 milhões de unidades produzidas ao longo de 29 anos.

5. Ford Corcel L​

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Ford Corcel com carroceria cupê chegou ao mercado em 1969
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Em 1977, foi a vez do Corcel II

Você gosta mais da pureza do design da primeira geração do Corcel, que foi de 1968 a 1977? Ou prefere o estilo fastback da segunda safra, que chegou naquele mesmo ano e foi até 1986? Em termos de preços, tanto faz, já que ambas são acessíveis, desde que o comprador não faça questão da versão esportiva GT ou de séries especiais como Astro, Os Campeões e Cinco Estrelas.

Apesar de sempre ter ostentado a marca Ford, o Corcel tem projeto originário da Willys (adquirida pela multinacional estadunidense em 1967), com base no Renault 12. Nada menos do que 1,4 milhão de unidades do modelo ganharam as ruas brasileiras durante os 18 anos de produção.

6. Ford Verona GLX​

ford verona glx duas portas de frente

Ford produziu aproximadamente 115 mil unidades do Verona: desse total, a maioria é da primeira geração

A história do Verona é pra lá de interessante. Afinal, ele foi o primeiro automóvel a chegar ao mercado após a criação da Autolatina, que uniu a Ford e a Volkswagen. Além do mais, exibe design desenvolvido no Brasil, que até hoje é harmonioso, . A carroceria, com duas portas e traseira elevada, ao estilo cupê, é mais bonita até que a do Orion, um sedan baseado no Escort que o fabricante vendeu na Europa.

Isso vale para os exemplares da primeira geração, que durou somente de 1989 a 1992. Havia apenas duas versões: LX e GLX. A top de linha pode trazer ar-condicionado, direção hidráulica e até teto solar, mas nem por isso tem preços exorbitantes. A segunda linhagem, de 1993, chegou com quatro portas e algumas modernidades, mas é menos estilosa.

7. Volkswagen Brasilia​

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Brasilia é obra da subsidiária brasileira da Volkswagen

Os preços do Fusca subiram nos últimos anos, mas existem outros carros antigos da Volkswagen que permanecem mais baratos. Um deles é o Brasilia, praticamente uma versão modernizada do besouro. Toda a linha é bastante acessível, com exceção da valorizada configuração quatro portas: feita para exportação, ela teve pouquíssimas unidades comercializadas no mercado interno.

Enquanto esteve em produção, entre 1973 e 1982, o Brasilia sempre obteve bom desempenho comercial. Durante esse período, a Volkswagen fabricou quase 1 milhão de unidades do modelo e chegou a exportá-lo para diversos países. Um exemplar zero-quilômetro, ano 1981, integra o acervo histórico da empresa.

8. Volkswagen Passat LS​

volkswagen passat ls 1974 branco de frente

Quando chegou ao mercado, em 1974, o Passat era radicalmente diferente dos demais automóveis da Volkswagen

Enquanto os preços das versões esportivas TS e GTS da gama Passat explodiram nos últimos anos, as opções de entrada seguem com valores mais acessíveis. É o caso da LS, que tem motor 1.5, menos potente, mas preserva a boa dirigibilidade que caracteriza o modelo.

Por aqui, a história do Passat começou em 1974, ano em que a produção no país teve início. Primeiro Volkswagen nacional equipado com motor de refrigeração líquida, o modelo tinha projeto moderno para a época. A fabricação foi até 1988 e totalizou quase 900 mil unidades, incluindo as destinadas à exportação.

9. Dodge Polara​

dodge polara gl prata de frente

Design do “Dodginho” tem a cara da década de 1970

Qualquer modelo nacional da linha Dodge V8 tem, atualmente, preços na casa dos três dígitos. Por sua vez, o Polara, equipado com motor 1.8 de quatro cilindros, pode até não ter tanta pujança, mas tampouco faz feio, sendo que o conjunto mecânico ainda inclui tração traseira. Opção mais compacta e acessível da marca, ele segue com valores relativamente baratos no mercado de carros antigos, com exceção das raras versões SE e GLS.

O modelo chegou ao mercado em 1973, mas as unidades dos primeiros anos de produção têm fama de problemáticas. Por isso, o ideal é optar por um exemplar da linha 1976 em diante, ano em que o fabricante substituiu o nome Dodge 1.800 por Polara. A produção foi até 1981 e totalizou em 92.665 veículos.

10. Gurgel BR-800​

gurgel br 800 amarelo de frente

BR-800 nasceu do idealismo de João do Amaral Gurgel

O BR-800 é carro nacional em todos os sentidos, criado e fabricado no país por uma empresa totalmente brasileira: a Gurgel. O microcarro chegou ao mercado em 1988, com proposta de uso urbano. O motor de dois cilindros e apenas 800 cm³ é econômico, mas, naturalmente, incapaz de se destacar em desempenho.

Com uma trajetória de ousadia e criatividade, o modelo saiu de cena já 1991, após a fabricação de aproximadamente 1.000 unidades. Apesar dos baixos números de produção, os exemplares do Gurgel BR-800 que sobreviveram ao tempo são acessíveis: eles são carros antigos raros e cheios de história, porém baratos. Eis um caso raro no mercado mundial.

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