Notícia Carros que não tem correia dentada: veja 5 motores que usam corrente

Preocupação com baixa manutenção é uma constante na vida dos brasileiros. Carros que trazem complicações na mecânica ou que são caros de manter costumam fracassar no mercado. Um item que exige verificações e trocas periódicas é a correia dentada, motores que vem sem ela e utiliza corrente possuem um item a menos para fazer nas revisões.

A correia dentada liga o comando de válvulas ao virabrequim, tendo a importante função de sincronizar esses eixos rotativos. Caso arrebente, pode causar danos caríssimos ao motor. A corrente tem a mesma função, mas com uma durabilidade maior.

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A correia dentada pode ter sua vida útil reduzida por fatores externos (Foto: Shutterstock)

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Por ser feita de borracha, a correia dentada tem durabilidade limitada. Fatores externos como poeira e minério podem acelerar o desgaste. Uma correia nova também pode ser condenada por um esticador sem tensão. Existem as correias imersas em óleo, que prometem durar até mais de 200 mil km em alguns motores — porém também são sujeitas a fatores externos.

Caso você rode muito e não quer ter que se preocupar em ter que trocar correia dentada, listamos aqui cinco motores que utilizam a corrente de comando.

1. Ford Rocam​

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O motor Rocam equipou muitos modelos da Ford no Brasil (Foto: Ford | Divulgação)

O motor Zetec Rocam foi lançado no Brasil em 2000 para substituir o Endura-E, de projeto antigo. O Rocam foi projetado para o Brasil, era derivado do Zetec-SE europeu mas usava bloco de ferro fundido, comando simples no cabeçote e duas válvulas por cilindro.

Essas mudanças mostram a intenção de fazer o motor agradar às manias do brasileiro: 2 válvulas por cilindro ajudam a priorizar o torque em baixa e a corrente reduz a manutenção. O propulsor estreou no Ka e mais tarde foi adotado por Fiesta, Focus, Escort e EcoSport. O seu sucessor, o motor Sigma de 16 válvulas, usa correia dentada.

O Zetec Rocam é um motor robusto e simples de manter, mas ele possui um calcanhar de Aquiles: a válvula termostática de plástico trinca com o tempo e se ignorada pode fazer o motor ferver. A solução é trocar por outra que usa carcaça de alumínio.

2. Fiat Firefly/GSE Turbo​

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A Fiat projetou o Firefly com soluções para reduzir a manutenção (Foto: Fiat | Divulgação)

Assim como o Rocam, o Firefly da Fiat foi projetado tendo o brasileiro em mente. Por isso ele traz duas válvulas por cilindro e corrente de comando mesmo sendo um projeto totalmente novo e feito em alumínio. Isso deixa ele mais barato que o antigo Fire na hora de manter, as revisões tabeladas são mais baratas.

Sua variante turbo, chamada de GSE, adiciona um cabeçote diferente com quatro válvulas por cilindro e sistema MultiAir, mas mantém a corrente de comando.

3. Renault SCe​

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O motor de origem Nissan que equipa a linha Renault traz corrente (Foto: Renault | Divulgação)

A Renault conseguiu construir boa imagem de robustez no Brasil com Sandero, Logan e Duster. A troca dos antigos motores franceses pela nova família SCe em 2016 apenas melhorou isso, junto de um gás no desempenho. Uma das mudanças na troca de motor foi abandonar a correia dentada.

Esses motores novos, o 1.0 de 3 cilindros e o 1.6 de quatro cilindros, são de origem Nissan e também podem ser encontrados no March, Versa e Kicks.

4. Motores Toyota​

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A corrente pode ser considerada como um dos elementos que dão a fama de durável aos Toyota (Foto: Toyota | Divulgação)

Os japoneses são adeptos da corrente de comando. Todos os modelos nacionais da Toyota usam esse recurso no lugar da correia dentada. Ou seja, tanto os compactos Etios e Yaris quanto o médio Corolla não exigem preocupar com esse item a curto prazo.

Essa característica se estende para o resto da gama, os motores V6 e turbodiesel da Hilux também não usam correia dentada. Até mesmo os luxuosos carros da Lexus usam corrente.

5. Motores Honda​

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Os japoneses em geral parecem não serem fãs da correia dentada (Foto: Honda | Divulgação)

Está atrás de um Fit, Civic ou CR-V? Pode ficar tranquilo que a troca da correia dentada não estará na lista de manutenções a fazer. A Honda, assim como a Toyota, é adepta da corrente de comando.

Uma atenção necessária com os motores da Honda é que muitos demandam regulagem da folga das válvulas periodicamente. É um serviço simples, mas que muitos esquecem de fazer. Outra complicação que pode encarecer as manutenções é o uso de duas velas por cilindro e bobinas individuais no Fit 1.4 de primeira geração.

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