Notícia Controladores de voo fazem Uber enquanto não recebem e geram onda de atrasos

O setor de aviação dos Estados Unidos vive uma grave crise de controladores de tráfego aéreo — e a situação só piora.

Nos últimos anos, os controladores de voo vêm reclamando de excesso de trabalho e falta de reajustes salariais. Nas últimas semanas, porém, o congelamento de despesas do governo norte-americano fez que sequer os salários devidos fossem pagos.

Por conta disso, os profissionais estão divididos: alguns trabalham ‘de graça’, outros ficam em casa e há até quem esteja recorrendo a bicos para pagar as contas.

Quem disse isso foi o Secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, em entrevista coletiva no início da semana.

De acordo com Duffy, a paralisação nos pagamentos coincidiu com uma alta em licenças médicas. O político disse haver relatos de controladores que estão aproveitando os atestados para cumprir jornadas alternativas — como motoristas de aplicativos, por exemplo.

E agora?


Os Estados Unidos têm, com folga, o maior mercado de aviação civil do mundo: 8,4 milhões de voos e 841 milhões de passageiros transportados foram registrados em 2024.

Por conta disso, a falta de controladores é especialmente grave no país, que registrou acidentes por erros na coordenação do tráfego recentemente.

Segundo Sean Duffy, enquanto o Congresso não se entende quanto ao orçamento e libera o dinheiro, a alternativa é uma só: diminuir a capacidade de voos dos aeroportos, causando atrasos.

“Se virmos que há problemas na torre afetando a capacidade dos controladores de coordenar efetivamente o espaço aéreo, reduziremos a frequência de voos e vocês verão mais atrasos e cancelamentos”, disse Duffy. “Estou disposto a fazer isso antes de arriscarmos a vida de alguém no ar.”

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