Trabalhar em um portal de carros (estou falando deste AutoPapo) me fez ter contato, em tempo real, com diferentes figuras que se manifestam nas caixas de comentários, tanto do site quanto do YouTube – e ainda em outros canais onde estamos presentes.
O mais comum é o que nos acusa de sermos “vendidos” para a montadora X ou Y quando estamos elogiando algum aspecto de seus carros – ou criticando.
“Quanto vocês estão ganhando da montadora para elogiar esse carro?”
“Quanto vocês estão ganhando da montadora Z para falar mal do carro da W?”
Alguém tem roubado os meus cheques esse tempo todo, então, pois nunca vi a cor desse dinheiro
VEJA TAMBÉM:
Também tem o leitor que adora questionar as matérias nas quais trazemos dicas de manutenção. Ele sempre está certo e considera o seu fato como o único aceitável. Quer um exemplo? Vamos supor que o AutoPapo publique uma matéria na qual alerta que é necessário trocar o fluido de freio a cada dois anos.
Claro, nos comentários, vai aparecer o “sabidão” narrando que, no carro dele, nunca foi feito isso e que não teve problemas, que os freios funcionam muito bem… blá, blá, blá! Será que ele encarou uma descida de serra? Precisou parar o carro em uma emergência já com os componentes bem aquecidos? Enfim…
Isso leva ao terceiro tipo mais comum: o que toma apenas um caso como estatística. Se uma unidade de algum carro tem algum problema, o alarmista começa barrar aos quatro ventos que aquele modelo está condenado!
Tem também o que vê em tudo teorias da conspiração – confesso que me divirto com esse. Uma teoria muito popular é que o inventor do carro movido a água foi morto pela indústria do petróleo. Ou que as fábricas não têm interesse nessa tecnologia.
Meu amigo… Elas estão gastando bilhões no desenvolvimento de carros elétricos ou em outras formas de propulsão, mas elas mandaram sumir com o “gênio” que inventou um sistema revolucionário no quintal da casa dele. Tá “serto”!
Daqui a pouco vão me acusar de defender as montadoras (alô, alô, pode fazer pix) ou ser corporativista…
Claro quer não! Sabe por que eu trago essas questões? Porque quero alertar que o mais grave disso tudo é como as coisas são colocadas pelos leitores. Muitas vezes de forma agressiva com o jornalista e com os outros que não concordam com ele.
“Ah, mas jornalista se acha o dono da verdade!”
Não é isso. É que os questionamentos feitos de forma educada são raros. O debate é muito bem-vindo, afinal, estamos todos em constante aprendizado.
Em nenhuma esfera há mais espaço para as conversas civilizadas, nas quais a discordância é aceita. Futebol, política e religião se discutem, sim! O seu carro predileto e os seus conhecimentos sobre mecânica, também!
O post Ei, comentarista, aprenda a debater: existem opiniões diferentes, sabia? apareceu primeiro em AutoPapo.
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O mais comum é o que nos acusa de sermos “vendidos” para a montadora X ou Y quando estamos elogiando algum aspecto de seus carros – ou criticando.
“Quanto vocês estão ganhando da montadora para elogiar esse carro?”
“Quanto vocês estão ganhando da montadora Z para falar mal do carro da W?”
Alguém tem roubado os meus cheques esse tempo todo, então, pois nunca vi a cor desse dinheiro
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Também tem o leitor que adora questionar as matérias nas quais trazemos dicas de manutenção. Ele sempre está certo e considera o seu fato como o único aceitável. Quer um exemplo? Vamos supor que o AutoPapo publique uma matéria na qual alerta que é necessário trocar o fluido de freio a cada dois anos.
Claro, nos comentários, vai aparecer o “sabidão” narrando que, no carro dele, nunca foi feito isso e que não teve problemas, que os freios funcionam muito bem… blá, blá, blá! Será que ele encarou uma descida de serra? Precisou parar o carro em uma emergência já com os componentes bem aquecidos? Enfim…
Isso leva ao terceiro tipo mais comum: o que toma apenas um caso como estatística. Se uma unidade de algum carro tem algum problema, o alarmista começa barrar aos quatro ventos que aquele modelo está condenado!
Teorias da conspiração
Tem também o que vê em tudo teorias da conspiração – confesso que me divirto com esse. Uma teoria muito popular é que o inventor do carro movido a água foi morto pela indústria do petróleo. Ou que as fábricas não têm interesse nessa tecnologia.
Meu amigo… Elas estão gastando bilhões no desenvolvimento de carros elétricos ou em outras formas de propulsão, mas elas mandaram sumir com o “gênio” que inventou um sistema revolucionário no quintal da casa dele. Tá “serto”!
Daqui a pouco vão me acusar de defender as montadoras (alô, alô, pode fazer pix) ou ser corporativista…
Pode questionar, mas seja educado
Claro quer não! Sabe por que eu trago essas questões? Porque quero alertar que o mais grave disso tudo é como as coisas são colocadas pelos leitores. Muitas vezes de forma agressiva com o jornalista e com os outros que não concordam com ele.
“Ah, mas jornalista se acha o dono da verdade!”
Não é isso. É que os questionamentos feitos de forma educada são raros. O debate é muito bem-vindo, afinal, estamos todos em constante aprendizado.
Em nenhuma esfera há mais espaço para as conversas civilizadas, nas quais a discordância é aceita. Futebol, política e religião se discutem, sim! O seu carro predileto e os seus conhecimentos sobre mecânica, também!
O post Ei, comentarista, aprenda a debater: existem opiniões diferentes, sabia? apareceu primeiro em AutoPapo.
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