Por muito tempo existiu um preconceito do consumidor brasileiro contra o câmbio automático. Esse tipo de transmissão costumava ter menos marchas que a manual, havia grandes perdas mecânicas, aumentava o consumo, o desempenho era inferior e a manutenção era mais cara. Por isso, o câmbio manual dominava até em modelos mais caros.
Mas tudo evolui. As transmissões automáticas foram ficando mais eficientes e, ao mesmo tempo, o trânsito nas cidades brasileiras foi piorando. Nos anos 2000, esse tipo de câmbio já era a preferência dos compradores de sedãs médios e começou a dominar dentre os importados. Atualmente, até no mercado de carros compactos o automático é desejável.
VEJA TAMBÉM:
Pessoas que não moram em centros urbanos com trânsito cheio, que não usam o carro diariamente ou entusiastas ainda gostam do bom e velho câmbio manual. Poder trocar as marchas e operar a embreagem passa mais controle sobre o carro ao motorista e torna a direção mais prazerosa — contanto que você não esteja em um engarrafamento.
As opções de câmbio manual diminuíram bastante no Brasil nos últimos anos. Alguns carros, como o Volkswagen Nivus, foram lançados apenas com dois pedais. Outros lançamentos, como o Peugeot 208, chegaram com o câmbio manual apenas na versão de entrada. Para ajudar quem ainda prefere pisar na embreagem e passar a marcha, o AutoPapo listou todos os que ainda são oferecidos no Brasil.
O carro de entrada da Caoa Chery ainda traz câmbio manual (Foto: Caoa Chery | Divulgação)
O Tiggo2 mais barato é bem equipado (Foto: Caoa Chery | Divulgação)
Escondido na gama de veículos da Caoa Chery existe o Tiggo2 na versão de entrada Look equipado com câmbio manual de cinco marchas. O SUV compacto parte de R$ 84.990 e já traz rodas de liga leve, computador de bordo, central multimídia com Apple Car Play e Android Auto, cruise control, volante multifuncional e indicador de pressão dos pneus.
O câmbio manual é de cinco marcha e vem acoplado ao motor 1.5 de 115 cv. Devido ao peso de 1.240 kg, o desempenho do SUV compacto não é dos melhores. Segundo os dados do fabricante ele acelera de 0 a 100 km/h em 13 segundos e atinge uma velocidade máxima de 170 km/h.
Carros compactos 1.0 ainda são vendidos apenas com câmbio manual (Foto: Chevrolet | Divulgação)
No Joy a caixa é de seis marchas (Foto: Chevrolet | Divulgação)
Picapes de entrada também são apenas com três pedais (Foto: Chevrolet | Divulgação)
A alavanca é longa e treme bastante, mas os engates são precisos (Foto: Chevrolet | Divulgação)
A Chevrolet é uma marca que sempre deu bastante opções para o consumidor e não foca apenas no público urbano. Por isso, sua gama ainda oferece uma boa variedade de carros manuais, todos eles com seis marchas. Começando pela base tem o Joy, vendido apenas com o antigo motor 1.0 de 8 válvulas e partindo de R$ 65.200.
Acima dele está o Onix, que oferece o câmbio manual tanto nas versões 1.0 aspirada quanto em alguns modelos com o 1.0 turbo. O Onix LTZ Turbo manual é um dos carros mais equipados da lista e ainda traz bom desempenho aliado com um excelente consumo de combustível. O Onix manual parte de R$ 68.390.
A minivan Spin traz o câmbio manual em quase todas as versões, incluindo a Premier. Apenas a Activ é exclusivamente automática. Ela parte de R$ 90.940. O SUV Tracker é o oposto e só traz o câmbio manual na versão de entrada com motor 1.0 turbo, pelo valor de R$ 113.390.
A picape S10 ainda traz o câmbio manual apenas em versões voltadas para o trabalho: a LS diesel de cabine simples ou dupla e a Advantage 2.5 flex cabine dupla. O preço da versão cabine simples é de R$ 218.990, a LS cabine dupla parte de R$ 221.490.
O novíssimo Fiat Pulse estreou com câmbio manual apenas na versão de entrada (Foto: Fiat | Divulgação)
O câmbio é o velho conhecido de cinco marchas da Fiat (Foto: Fiat | Divulgação)
A Strada foi várias vezes o carro mais vendido do Brasil mesmo sem trazer câmbio automático (Foto: Alexandre Carneiro | AutoPapo)
As relações de marchas da Strada pedem por uma sexta marcha (Foto: Alexandre Carneiro | AutoPapo)
A Fiat chegou atrasada à tendência do câmbio automático. Em 2008, ela apostou no câmbio automatizado por ser uma forma mais acessível de reduzir o esforço do motorista no trânsito. Apesar do custo menor, a falta de suavidade nas trocas causou uma primeira impressão ruim e esse tipo de câmbio nunca deu certo no Brasil.
Hoje ela oferece a transmissão automática apenas nas versões 1.8 do Argo d na picape Toro. O recém-lançado SUV Pulse estreou um cambio CVT que deverá ser adotado pelos Argo, Cronos e Strada 1.3 futuramente.
A caixa manual vem no Mobi, Argo 1.0 e 1.3, Cronos, Doblò, Fiorino, Grand Siena, Strada e Uno. Todos esses carros usam câmbio manual de cinco marchas, com engates longos e pouco prazerosos. Outro fator que pesa contra os Fiat manuais é a programação do acelerador eletrônico, que não é linear e abre muito a borboleta no inicio do curso.
A Ranger XL 2.2 é voltada para o trabalho (Foto: Ford | Divulgação)
O câmbio manual é de seis marchas (Foto: Ford | Divulgação)
A Ford deixou sua gama de veículos no Brasil bastante enxuta após o fechamento de suas fábricas no país. Os importados Mustang, Territory e Bronco Sport vêm apenas em versão única e com câmbio automático. Uma pena, pois o Mustang Mach-1 oferece como opção lá fora a aclamada caixa Tremec TR-3160.
A Ranger fabricada na Argentina é o único carro manual da Ford no Brasil. Se estender à linha comercial ainda existe a van Transit, mas aí sai do escopo dessa lista. Apenas as versões XL 2.2 diesel de cabine simples ou dupla trazem o câmbio manual na Ranger. O preço não é divulgado no site oficial da marca.
O Honda Fit DX é a única versão com câmbio manual, mas também é a única sem os bancos modulares (Foto: Honda | Divulgação)
O volante sem comandos e o rádio simples faz o Fit parecer mais antigo (Foto: Honda | Divulgação)
Os câmbios manuais da Honda sempre estiveram dentre os melhores de usar dentre os carros generalistas. E podíamos encontrar esse câmbio no Civic nas versões Sport e na apimentadas Si, que além de ser manual trazia um LSD mecânico e carroceria cupê.
Mas hoje os deliciosos engates que as caixas da Honda trazem só podem ser encontrados nas versões de entrada do sedã City e do hatchback Fit. Ambos estão com os dias contados no Brasil: o City está prestes a receber uma nova geração e o Fit será substituído por um City hatch.
O Fit DX 1.5 manual parte de R$ 76.100 e já vem com rodas de liga leve, controle de tração e estabilidade, sensor crepuscular, computador de bordo e rádio AM/FM com entrada USB e bluetooth. Infelizmente, essa é a única versão do Fit sem o prático sistema de bancos modulares. O City DX parte de R$ 76.500 e traz os mesmos equipamentos, exceto o controle de tração e estabilidade.
Na linha 2022 o HB20 ganhou a opção de câmbio manual para o motor 1.0 turbo (Foto: Hyundai | Divulgação)
O HB20 é um dos carros que permite comprar uma versão mais recheada e com três pedais (Foto: Hyundai | Divulgação)
O único Hyundai com câmbio manual no Brasil é o HB20. No final de agosto o compacto até ganhou a opção de câmbio manual para o motor 1.0 turbo, pois esse motor aposentou de vez o 1.6 aspirado.
No HB20 hatch as únicas versões que não oferecem o câmbio manual são as Sport e a Platinum Plus. No sedã apenas a Platinum Plus é exclusivamente automática. No aventureiro HB20X o câmbio manual de seis marchas vem apenas no Vision de entrada.
O HB20 Platinum 1.0 turbo compete como o Onix como opção de carro manual bem equipado e com motor topo de linha. O 1.0 turbo de injeção direta traz 120 cv e move o compacto com agilidade. O pacote de equipamentos é generoso e traz até a frenagem autônoma de emergência, item raramente associado com carros manuais. Essa versão custa R$ 81.290, o preço da versão de entrada é de R$ 63.690;
O Jac T40 é o único da lista a trazer teto solar (Foto: Jac | Divulgação)
Mesmo sendo uma versão de entrada, o T40 manual é bem equipado (Foto: Jac | Divulgação)
A JAC Motors vem investindo pesado na sua linha de elétricos no Brasil. A gama de carros com motor à combustão parece até estar esquecida pela marca. O SUV T40 ainda é vendido em uma única versão com câmbio manual, a Plus.
Por R$95.490 você leva um SUV compacto equipado com motor 1.5 aspirado de 127 cv e câmbio de cinco marchas. Os dados oficiais de desempenho parecem otimistas: zero a 100 km/h em 9,8 segundos e velocidade máxima de 191 km/h.
O pacote de equipamentos não é despojado: rodas de liga leve, controles de tração e estabilidade, assistente de partidas em rampa, sensor de pressão dos pneus, luzes de neblina dianteiras e traseiras, sensor crepuscular, teto solar, central multimídia com Android Auto e Apple Car Play, câmeras 360° e, por algum motivo, acendedor de cigarros.
A L200 traz câmbio manual em uma versão de trabalho e em outra mais equipada (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
A L200 Triton Outdoor traz central multimídia (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
As picapes médias ainda mantem o câmbio manual em suas versões de entrada, que costumam ser vendidas para frotas de empresas e fazendas. Na Mitsubishi essa transmissão é encontrada na L200 Triton Outdoor GLX e na versão exclusiva para vendas diretas Triton GL.
Ambas usam o motor 2.4 turbodiesel de 190 cv aliado à caixa manual de cinco marchas. A versão Outdoor GLX custa R$ 202.990 e traz mais equipamentos de conforto, como a central multimídia com tela de sete polegadas. O seu estilo é aventureiro, trazendo apliques de plástico e rodas de liga leve.
A L200 Triton GL é mais barata, custando R$ 199.990. Mas ela também é bastante espartana, vindo apenas com desembaçador no vidro traseiro, ar condicionado, vidros e travas elétricos e antena no teto. Os alto-falantes, rádio CD-player e imobilizador eletrônico são opcionais.
O Kicks de entrada continua trazendo câmbio manual (Foto: Nissan | Divulgação)
Boa parte da tecnologia, que é o destaque do carro, está presente nesse modelo (Foto: Nissan | Divulgação)
O Versa manual é o único sem rodas de liga leve (Foto: Nissan | Divulgação)
O acabamento com detalhes brancos tiram a imagem de carro espartano do interior (Foto: Nissan | Divulgação)
Na Nissan, o câmbio manual vem apenas em versões de entrada do Versa, Kicks e Frontier. O Versa 1.6 Sense é o mais barato deles, partindo de R$ 87.690 e vindo com chave presencial, assistente de partida em rampa, sensor de ré, seis airbags e rádio AM/FM com entrada P2 e USB.
O SUV Kicks Sense 1.6 manual tem preço sugerido de R$ 91.190 e traz mais equipamentos que o sedã: além dos já citados sensor de ré e seis airbags, ele inclui central multimídia e câmera de ré.
A Frontier S não chega a ser uma versão super espartana de frota como as concorrentes em suas versões de entrada. O câmbio manual é ofertado apenas com o motor 2.3 turobdiesel de 160 cv, a versão biturbo é apenas automática no Brasil.
O pacote de equipamentos da picape de R$ 207.490 traz rodas de liga leve, controle de tração e estabilidade, controle automático de descida e regulagem de altura do volante. A picape vem sem sistema de som ou alto-falantes, trazendo apenas a antena no teto.
A falta dos LED e cromado deixam o 208 de entrada bem mais simples que as versões mais caras (Foto: Peugeot | Divulgação)
O câmbio manual de cinco marchas deixa o hatch francês mais esperto (Foto: Peugeot | Divulgação)
O estilo esportivo da nova geração do Peuegot 208 despertou interesse dos entusiastas, mas na época do lançamento ele veio apenas com o câmbio automático. Mais tarde chegou a versão de entrada Like equipada com câmbio manual, que hoje custa R$ 83.490.
Com o câmbio manual o hatch francês fica mais esperto, mas ainda não é páreo para os concorrentes equipados com motoro 1.0 turbo. O motivo disso é o peso maior que o da geração anterior: 1.200 kg. O 208 deverá aposentar o 1.6 em prol do novo 1.0 turbo da Fiat, mas é um mistério se o câmbio manual continuará.
Outro Peugeot manual é o furgão Partner, que continua em produção na Argentina e usa o mesmo motor 1.6 16v do 208. Graças ao peso menor, o furgão é mais rápido que o hatch. E a suspensão independente na traseira ajuda a manter a estabilidade em curvas. Mas o preço de R$ 94.890 é salgado para um furgão tão espartano.
A Renault tirou várias opções de CVT de sua linha, agora o Sandero e o Logan são apenas manuais (Foto: Renault | Divulgação)
(Foto: Renault | Divulgação)
Em toda a gama Renault, apenas o Captur não traz uma versão com câmbio manual. E com o fim das versões CVT do Logan e do Sandero, a oferta de Renault com dois pedais se limitou aos SUV e ao hatch aventureiro Stepway.
O esportivo Sandero R.S. ainda consta no site e no pátio das concessionárias, mas sua produção já foi encerrada. No resto da linha as opções manuais não são para entusiastas: Kwid 1.0, Sandero 1.0, Logan 1.0 e 1.6, Duster 1.6 e Oroch 1.6 e 2.0. Que tal trazer para o Brasil o Duster 4WD 1.3 turbo manual igual ao vendido na Argentina, dona Renault?
O WRX STi ainda pode ser encontrado nas concessionárias da Subaru e é o último esportivo manual do Brasil (Foto: Subaru | Divulgação)
O câmbio de seis marchas passa os 310 cv do motor para as quatro rodas (Foto: Subaru | Divulgação)
A Subaru anda meio esquecida pela CAOA no Brasil. Sua gama não está alinhada com os modelos atuais da marca no exterior e ainda vendem o WRX STi que já saiu de linha no resto do mundo. Mas mesmo defasado ele ainda é um bom sedã esportivo.
Por R$308.900 você leva um carro com pedigree de rali, equipado com motor 2.5 boxer turbinado de 310 cv. O câmbio manual de seis marchas manda a força do motor para as quatro rodas, graças à tração integral permanente tradicional da marca. Para segurar esse esportivo, tem os freios da Brembo.
Quem ainda encontrar um WRX STi zero-km em alguma concessionária da marca levará um dos carros mais rápidos dessa faixa de preço. Mas não espere o acabamento esmerado de um BMW ou o pacote de tecnologia da Audi.
O Jmny nacional só é vendido com câmbio manual (Foto: Suzuki | Divulgação)
(Foto: Suzuki | Divulgação)
O Jimny Sierra importado traz o câmbio manual apenas na versão de entrada (Foto: Suzuki | Divulgação)
(Foto: Suzuki | Divulgação)
Jipeiros ainda curtem usar o câmbio manual e, por isso, as duas gerações do Suzuki Jimny ainda trazem essa caixa. No Jimny nacional o câmbio manual de cinco marchas é a única opção e vem aliado ao motor 1.3 de 85 cv. O preço parte de R$ 110.990 na versão 4Work.
Na geração mais nova, batizada como Jimny Sierra, o câmbio automático foi um destaque na época do lançamento. Mas para os puristas existe a versão 4You com câmbio manual partindo de R$ 145.990. No Sierra o motor é mais potente, ele usa um 1.5 de 108 cv.
A Toyota só oferece a caixa manual nas Hilux voltadas ao trabalho pesado (Foto: Toyota | Divulgação)
A Hilux Standard não traz rádio, o entretenimento fica por conta do relógio digital do painel (Foto: Toyota | Divulgação)
Acabaram as chances de comprar um carro de passeio da Toyota novo com câmbio manual. Corolla e Yaris são vendidos apenas com CVT. Apenas a picape Hilux ainda oferece a caixa manual e apenas na versão Standard. A Hilux Cabine e Chassi é a versão mais barata da linha e parte de R$ 203.890, a cabine simples com caçamba parte de R$ 211.390 e a cabine dupla custa R$ 226.990.
Em todas o pacote de equipamentos se resume ao ar-condicionado, controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, airbags dianteiros e de joelhos e sensor crepuscular. A versão de cabine dupla ainda acrescenta airbags laterais e de cortina, central multimídia e chave do tipo canivete.
A VW é famosa por fazer bons câmbios manuais, mas as opções estão ficando restritas (Foto: Volkswagen | Divulgação)
Apenas a caixa de cinco marchas é oferecida no Brasil (Foto: Volkswagen | Divulgação)
A Saveiro é o único carro da marca sem opção de câmbio automático (Foto: Volkswagen | Divulgação)
O Polo 1.0 e 1.6 trazem câmbio manual como única opção (Foto: Volkswagen | Divulgação)
(Foto: Volkswagen | Divulgação)
Assim como a Honda, a Volkswagen é famosa pelas suas caixas manuais gostosas de usar e com engates precisos. A oferta de carros com três pedais está diminuindo no fabricante alemão, o Jetta, o T-Cross e a Amarok já não oferecem mais essa opção.
Sobraram o Gol, o Voyage, a Saveiro, o Polo e o Virtus. Todos eles usam a caixa de cinco velocidades, a de seis marchas usada no finado Fox 1.6 16v e nos carros equipados com motor TSI não é mais ofertada no Brasil.
O post Esses são os carros que ainda oferecem câmbio manual no Brasil apareceu primeiro em AutoPapo.
Continue lendo...
Mas tudo evolui. As transmissões automáticas foram ficando mais eficientes e, ao mesmo tempo, o trânsito nas cidades brasileiras foi piorando. Nos anos 2000, esse tipo de câmbio já era a preferência dos compradores de sedãs médios e começou a dominar dentre os importados. Atualmente, até no mercado de carros compactos o automático é desejável.
VEJA TAMBÉM:
- Três equipamentos do século passado sobrevivem em carros modernos
- Novo Nissan Z é lançado com 405 cv e câmbio manual
- Volkswagen irá abandonar o câmbio manual até 2030
Pessoas que não moram em centros urbanos com trânsito cheio, que não usam o carro diariamente ou entusiastas ainda gostam do bom e velho câmbio manual. Poder trocar as marchas e operar a embreagem passa mais controle sobre o carro ao motorista e torna a direção mais prazerosa — contanto que você não esteja em um engarrafamento.
As opções de câmbio manual diminuíram bastante no Brasil nos últimos anos. Alguns carros, como o Volkswagen Nivus, foram lançados apenas com dois pedais. Outros lançamentos, como o Peugeot 208, chegaram com o câmbio manual apenas na versão de entrada. Para ajudar quem ainda prefere pisar na embreagem e passar a marcha, o AutoPapo listou todos os que ainda são oferecidos no Brasil.
Caoa Chery

O carro de entrada da Caoa Chery ainda traz câmbio manual (Foto: Caoa Chery | Divulgação)

O Tiggo2 mais barato é bem equipado (Foto: Caoa Chery | Divulgação)
Escondido na gama de veículos da Caoa Chery existe o Tiggo2 na versão de entrada Look equipado com câmbio manual de cinco marchas. O SUV compacto parte de R$ 84.990 e já traz rodas de liga leve, computador de bordo, central multimídia com Apple Car Play e Android Auto, cruise control, volante multifuncional e indicador de pressão dos pneus.
O câmbio manual é de cinco marcha e vem acoplado ao motor 1.5 de 115 cv. Devido ao peso de 1.240 kg, o desempenho do SUV compacto não é dos melhores. Segundo os dados do fabricante ele acelera de 0 a 100 km/h em 13 segundos e atinge uma velocidade máxima de 170 km/h.
Chevrolet

Carros compactos 1.0 ainda são vendidos apenas com câmbio manual (Foto: Chevrolet | Divulgação)

No Joy a caixa é de seis marchas (Foto: Chevrolet | Divulgação)

Picapes de entrada também são apenas com três pedais (Foto: Chevrolet | Divulgação)

A alavanca é longa e treme bastante, mas os engates são precisos (Foto: Chevrolet | Divulgação)
A Chevrolet é uma marca que sempre deu bastante opções para o consumidor e não foca apenas no público urbano. Por isso, sua gama ainda oferece uma boa variedade de carros manuais, todos eles com seis marchas. Começando pela base tem o Joy, vendido apenas com o antigo motor 1.0 de 8 válvulas e partindo de R$ 65.200.
Acima dele está o Onix, que oferece o câmbio manual tanto nas versões 1.0 aspirada quanto em alguns modelos com o 1.0 turbo. O Onix LTZ Turbo manual é um dos carros mais equipados da lista e ainda traz bom desempenho aliado com um excelente consumo de combustível. O Onix manual parte de R$ 68.390.
A minivan Spin traz o câmbio manual em quase todas as versões, incluindo a Premier. Apenas a Activ é exclusivamente automática. Ela parte de R$ 90.940. O SUV Tracker é o oposto e só traz o câmbio manual na versão de entrada com motor 1.0 turbo, pelo valor de R$ 113.390.
A picape S10 ainda traz o câmbio manual apenas em versões voltadas para o trabalho: a LS diesel de cabine simples ou dupla e a Advantage 2.5 flex cabine dupla. O preço da versão cabine simples é de R$ 218.990, a LS cabine dupla parte de R$ 221.490.
Fiat

O novíssimo Fiat Pulse estreou com câmbio manual apenas na versão de entrada (Foto: Fiat | Divulgação)

O câmbio é o velho conhecido de cinco marchas da Fiat (Foto: Fiat | Divulgação)

A Strada foi várias vezes o carro mais vendido do Brasil mesmo sem trazer câmbio automático (Foto: Alexandre Carneiro | AutoPapo)

As relações de marchas da Strada pedem por uma sexta marcha (Foto: Alexandre Carneiro | AutoPapo)
A Fiat chegou atrasada à tendência do câmbio automático. Em 2008, ela apostou no câmbio automatizado por ser uma forma mais acessível de reduzir o esforço do motorista no trânsito. Apesar do custo menor, a falta de suavidade nas trocas causou uma primeira impressão ruim e esse tipo de câmbio nunca deu certo no Brasil.
Hoje ela oferece a transmissão automática apenas nas versões 1.8 do Argo d na picape Toro. O recém-lançado SUV Pulse estreou um cambio CVT que deverá ser adotado pelos Argo, Cronos e Strada 1.3 futuramente.
A caixa manual vem no Mobi, Argo 1.0 e 1.3, Cronos, Doblò, Fiorino, Grand Siena, Strada e Uno. Todos esses carros usam câmbio manual de cinco marchas, com engates longos e pouco prazerosos. Outro fator que pesa contra os Fiat manuais é a programação do acelerador eletrônico, que não é linear e abre muito a borboleta no inicio do curso.
Ford

A Ranger XL 2.2 é voltada para o trabalho (Foto: Ford | Divulgação)

O câmbio manual é de seis marchas (Foto: Ford | Divulgação)
A Ford deixou sua gama de veículos no Brasil bastante enxuta após o fechamento de suas fábricas no país. Os importados Mustang, Territory e Bronco Sport vêm apenas em versão única e com câmbio automático. Uma pena, pois o Mustang Mach-1 oferece como opção lá fora a aclamada caixa Tremec TR-3160.
A Ranger fabricada na Argentina é o único carro manual da Ford no Brasil. Se estender à linha comercial ainda existe a van Transit, mas aí sai do escopo dessa lista. Apenas as versões XL 2.2 diesel de cabine simples ou dupla trazem o câmbio manual na Ranger. O preço não é divulgado no site oficial da marca.
Honda

O Honda Fit DX é a única versão com câmbio manual, mas também é a única sem os bancos modulares (Foto: Honda | Divulgação)

O volante sem comandos e o rádio simples faz o Fit parecer mais antigo (Foto: Honda | Divulgação)
Os câmbios manuais da Honda sempre estiveram dentre os melhores de usar dentre os carros generalistas. E podíamos encontrar esse câmbio no Civic nas versões Sport e na apimentadas Si, que além de ser manual trazia um LSD mecânico e carroceria cupê.
Mas hoje os deliciosos engates que as caixas da Honda trazem só podem ser encontrados nas versões de entrada do sedã City e do hatchback Fit. Ambos estão com os dias contados no Brasil: o City está prestes a receber uma nova geração e o Fit será substituído por um City hatch.
O Fit DX 1.5 manual parte de R$ 76.100 e já vem com rodas de liga leve, controle de tração e estabilidade, sensor crepuscular, computador de bordo e rádio AM/FM com entrada USB e bluetooth. Infelizmente, essa é a única versão do Fit sem o prático sistema de bancos modulares. O City DX parte de R$ 76.500 e traz os mesmos equipamentos, exceto o controle de tração e estabilidade.
Hyundai

Na linha 2022 o HB20 ganhou a opção de câmbio manual para o motor 1.0 turbo (Foto: Hyundai | Divulgação)

O HB20 é um dos carros que permite comprar uma versão mais recheada e com três pedais (Foto: Hyundai | Divulgação)
O único Hyundai com câmbio manual no Brasil é o HB20. No final de agosto o compacto até ganhou a opção de câmbio manual para o motor 1.0 turbo, pois esse motor aposentou de vez o 1.6 aspirado.
No HB20 hatch as únicas versões que não oferecem o câmbio manual são as Sport e a Platinum Plus. No sedã apenas a Platinum Plus é exclusivamente automática. No aventureiro HB20X o câmbio manual de seis marchas vem apenas no Vision de entrada.
O HB20 Platinum 1.0 turbo compete como o Onix como opção de carro manual bem equipado e com motor topo de linha. O 1.0 turbo de injeção direta traz 120 cv e move o compacto com agilidade. O pacote de equipamentos é generoso e traz até a frenagem autônoma de emergência, item raramente associado com carros manuais. Essa versão custa R$ 81.290, o preço da versão de entrada é de R$ 63.690;
JAC

O Jac T40 é o único da lista a trazer teto solar (Foto: Jac | Divulgação)

Mesmo sendo uma versão de entrada, o T40 manual é bem equipado (Foto: Jac | Divulgação)
A JAC Motors vem investindo pesado na sua linha de elétricos no Brasil. A gama de carros com motor à combustão parece até estar esquecida pela marca. O SUV T40 ainda é vendido em uma única versão com câmbio manual, a Plus.
Por R$95.490 você leva um SUV compacto equipado com motor 1.5 aspirado de 127 cv e câmbio de cinco marchas. Os dados oficiais de desempenho parecem otimistas: zero a 100 km/h em 9,8 segundos e velocidade máxima de 191 km/h.
O pacote de equipamentos não é despojado: rodas de liga leve, controles de tração e estabilidade, assistente de partidas em rampa, sensor de pressão dos pneus, luzes de neblina dianteiras e traseiras, sensor crepuscular, teto solar, central multimídia com Android Auto e Apple Car Play, câmeras 360° e, por algum motivo, acendedor de cigarros.
Mitsubishi

A L200 traz câmbio manual em uma versão de trabalho e em outra mais equipada (Foto: Mitsubishi | Divulgação)

A L200 Triton Outdoor traz central multimídia (Foto: Mitsubishi | Divulgação)
As picapes médias ainda mantem o câmbio manual em suas versões de entrada, que costumam ser vendidas para frotas de empresas e fazendas. Na Mitsubishi essa transmissão é encontrada na L200 Triton Outdoor GLX e na versão exclusiva para vendas diretas Triton GL.
Ambas usam o motor 2.4 turbodiesel de 190 cv aliado à caixa manual de cinco marchas. A versão Outdoor GLX custa R$ 202.990 e traz mais equipamentos de conforto, como a central multimídia com tela de sete polegadas. O seu estilo é aventureiro, trazendo apliques de plástico e rodas de liga leve.
A L200 Triton GL é mais barata, custando R$ 199.990. Mas ela também é bastante espartana, vindo apenas com desembaçador no vidro traseiro, ar condicionado, vidros e travas elétricos e antena no teto. Os alto-falantes, rádio CD-player e imobilizador eletrônico são opcionais.
Nissan

O Kicks de entrada continua trazendo câmbio manual (Foto: Nissan | Divulgação)

Boa parte da tecnologia, que é o destaque do carro, está presente nesse modelo (Foto: Nissan | Divulgação)

O Versa manual é o único sem rodas de liga leve (Foto: Nissan | Divulgação)

O acabamento com detalhes brancos tiram a imagem de carro espartano do interior (Foto: Nissan | Divulgação)
Na Nissan, o câmbio manual vem apenas em versões de entrada do Versa, Kicks e Frontier. O Versa 1.6 Sense é o mais barato deles, partindo de R$ 87.690 e vindo com chave presencial, assistente de partida em rampa, sensor de ré, seis airbags e rádio AM/FM com entrada P2 e USB.
O SUV Kicks Sense 1.6 manual tem preço sugerido de R$ 91.190 e traz mais equipamentos que o sedã: além dos já citados sensor de ré e seis airbags, ele inclui central multimídia e câmera de ré.
A Frontier S não chega a ser uma versão super espartana de frota como as concorrentes em suas versões de entrada. O câmbio manual é ofertado apenas com o motor 2.3 turobdiesel de 160 cv, a versão biturbo é apenas automática no Brasil.
O pacote de equipamentos da picape de R$ 207.490 traz rodas de liga leve, controle de tração e estabilidade, controle automático de descida e regulagem de altura do volante. A picape vem sem sistema de som ou alto-falantes, trazendo apenas a antena no teto.
Peugeot

A falta dos LED e cromado deixam o 208 de entrada bem mais simples que as versões mais caras (Foto: Peugeot | Divulgação)

O câmbio manual de cinco marchas deixa o hatch francês mais esperto (Foto: Peugeot | Divulgação)
O estilo esportivo da nova geração do Peuegot 208 despertou interesse dos entusiastas, mas na época do lançamento ele veio apenas com o câmbio automático. Mais tarde chegou a versão de entrada Like equipada com câmbio manual, que hoje custa R$ 83.490.
Com o câmbio manual o hatch francês fica mais esperto, mas ainda não é páreo para os concorrentes equipados com motoro 1.0 turbo. O motivo disso é o peso maior que o da geração anterior: 1.200 kg. O 208 deverá aposentar o 1.6 em prol do novo 1.0 turbo da Fiat, mas é um mistério se o câmbio manual continuará.
Outro Peugeot manual é o furgão Partner, que continua em produção na Argentina e usa o mesmo motor 1.6 16v do 208. Graças ao peso menor, o furgão é mais rápido que o hatch. E a suspensão independente na traseira ajuda a manter a estabilidade em curvas. Mas o preço de R$ 94.890 é salgado para um furgão tão espartano.
Renault

A Renault tirou várias opções de CVT de sua linha, agora o Sandero e o Logan são apenas manuais (Foto: Renault | Divulgação)

(Foto: Renault | Divulgação)
Em toda a gama Renault, apenas o Captur não traz uma versão com câmbio manual. E com o fim das versões CVT do Logan e do Sandero, a oferta de Renault com dois pedais se limitou aos SUV e ao hatch aventureiro Stepway.
O esportivo Sandero R.S. ainda consta no site e no pátio das concessionárias, mas sua produção já foi encerrada. No resto da linha as opções manuais não são para entusiastas: Kwid 1.0, Sandero 1.0, Logan 1.0 e 1.6, Duster 1.6 e Oroch 1.6 e 2.0. Que tal trazer para o Brasil o Duster 4WD 1.3 turbo manual igual ao vendido na Argentina, dona Renault?
Subaru

O WRX STi ainda pode ser encontrado nas concessionárias da Subaru e é o último esportivo manual do Brasil (Foto: Subaru | Divulgação)

O câmbio de seis marchas passa os 310 cv do motor para as quatro rodas (Foto: Subaru | Divulgação)
A Subaru anda meio esquecida pela CAOA no Brasil. Sua gama não está alinhada com os modelos atuais da marca no exterior e ainda vendem o WRX STi que já saiu de linha no resto do mundo. Mas mesmo defasado ele ainda é um bom sedã esportivo.
Por R$308.900 você leva um carro com pedigree de rali, equipado com motor 2.5 boxer turbinado de 310 cv. O câmbio manual de seis marchas manda a força do motor para as quatro rodas, graças à tração integral permanente tradicional da marca. Para segurar esse esportivo, tem os freios da Brembo.
Quem ainda encontrar um WRX STi zero-km em alguma concessionária da marca levará um dos carros mais rápidos dessa faixa de preço. Mas não espere o acabamento esmerado de um BMW ou o pacote de tecnologia da Audi.
Suzuki

O Jmny nacional só é vendido com câmbio manual (Foto: Suzuki | Divulgação)

(Foto: Suzuki | Divulgação)

O Jimny Sierra importado traz o câmbio manual apenas na versão de entrada (Foto: Suzuki | Divulgação)

(Foto: Suzuki | Divulgação)
Jipeiros ainda curtem usar o câmbio manual e, por isso, as duas gerações do Suzuki Jimny ainda trazem essa caixa. No Jimny nacional o câmbio manual de cinco marchas é a única opção e vem aliado ao motor 1.3 de 85 cv. O preço parte de R$ 110.990 na versão 4Work.
Na geração mais nova, batizada como Jimny Sierra, o câmbio automático foi um destaque na época do lançamento. Mas para os puristas existe a versão 4You com câmbio manual partindo de R$ 145.990. No Sierra o motor é mais potente, ele usa um 1.5 de 108 cv.
Toyota

A Toyota só oferece a caixa manual nas Hilux voltadas ao trabalho pesado (Foto: Toyota | Divulgação)

A Hilux Standard não traz rádio, o entretenimento fica por conta do relógio digital do painel (Foto: Toyota | Divulgação)
Acabaram as chances de comprar um carro de passeio da Toyota novo com câmbio manual. Corolla e Yaris são vendidos apenas com CVT. Apenas a picape Hilux ainda oferece a caixa manual e apenas na versão Standard. A Hilux Cabine e Chassi é a versão mais barata da linha e parte de R$ 203.890, a cabine simples com caçamba parte de R$ 211.390 e a cabine dupla custa R$ 226.990.
Em todas o pacote de equipamentos se resume ao ar-condicionado, controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, airbags dianteiros e de joelhos e sensor crepuscular. A versão de cabine dupla ainda acrescenta airbags laterais e de cortina, central multimídia e chave do tipo canivete.
Volkswagen

A VW é famosa por fazer bons câmbios manuais, mas as opções estão ficando restritas (Foto: Volkswagen | Divulgação)

Apenas a caixa de cinco marchas é oferecida no Brasil (Foto: Volkswagen | Divulgação)

A Saveiro é o único carro da marca sem opção de câmbio automático (Foto: Volkswagen | Divulgação)

O Polo 1.0 e 1.6 trazem câmbio manual como única opção (Foto: Volkswagen | Divulgação)

(Foto: Volkswagen | Divulgação)
Assim como a Honda, a Volkswagen é famosa pelas suas caixas manuais gostosas de usar e com engates precisos. A oferta de carros com três pedais está diminuindo no fabricante alemão, o Jetta, o T-Cross e a Amarok já não oferecem mais essa opção.
Sobraram o Gol, o Voyage, a Saveiro, o Polo e o Virtus. Todos eles usam a caixa de cinco velocidades, a de seis marchas usada no finado Fox 1.6 16v e nos carros equipados com motor TSI não é mais ofertada no Brasil.
O post Esses são os carros que ainda oferecem câmbio manual no Brasil apareceu primeiro em AutoPapo.
Continue lendo...