O óleo diesel B15, com 15% de biodiesel adicionado, obrigou cuidados adicionais dos proprietários de picapes, SUVs, ônibus, máquinas agrícolas e caminhões. Alguns são válidos apenas para os veículos mais recentes, porém um é universal e vale até para os antigos: o uso do estabilizador de diesel.
Esse aditivo mantém as propriedades do óleo diesel por mais tempo e, consequentemente, evita alguns dos principais problemas que o B15 pode gerar: defeito da bomba injetora. Vamos tirar as principais dúvidas sobre o estabilizador.
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Os motores diesel modernos usam o combustível para lubrificar a bomba injetora (Foto: Jeep | Divulgação)
O biodiesel é altamente higroscópico, ou seja, ele absorve a umidade do ar. Isso cria água dentro do tanque de combustível e também um ambiente propício para a proliferação de bactérias.
Segundo Júnior Alves, mecânico automotivo da oficina Eco Automotive, de Lorena (SP), o diesel B15 exige mais cuidados por essa condição. Ele diz:
Essa contaminação faz o combustível perder algumas propriedades, como a de lubrificação. Como alguns componentes, como a bomba injetora de alta pressão, são lubrificadas pelo diesel, o motor pode quebrar.
O estabilizador de diesel entra para controlar a oxidação e a proliferação de bactérias no tanque. Ele também mantém as propriedades do combustível por mais tempo, protegendo contra as quebras relacionadas a falta de lubrificação.
O período para a aplicação do estabilizador de diesel no tanque depende do uso. Em veículos que são usados com frequência, o recomendado é usar a cada três tanques cheios.
Se a picape ou SUV roda pouco, espaçando os abastecimentos, o melhor é usar o estabilizador toda vez que encher o tanque. É nesse uso mais esporádico onde moram os maiores riscos gerados pelo biodiesel.
O diesel B15 é perigoso para máquinas como geradores de energia, que podem ficar por meses desligadas até ser necessário usá-los.
A quantidade de aditivo a ser usado no tanque deve ser vista na embalagem do produto. O mais comum é usar apenas 1 ml para cada litro de óleo diesel no tanque.
Se existir um homologado pelo fabricante, use ele (Foto: Feccom | Divulgação)
A recomendação dos mecânicos é sempre usar fluídos homologados pelos fabricantes. Mas quando o assunto é o estabilizador de diesel isso fica muito limitado, apenas a Volkswagen e a Ford vendem esse aditivo em suas redes autorizadas.
O da Volkswagen é o Almax, já a Ford utiliza a sua marca de peças, a Motorcraft, no aditivo. Se o seu veículo não for dessas marcas, vá sempre em marcas tradicionais no mercado.
Existe a alternativa de já abastecer com um combustível aditivado no posto. O diesel Grid da Petrobras, por exemplo, já possui estabilizador e antioxidante em sua fórmula.
O diesel B15 virou o principal inimigo dos motores turbodiesel mais recentes. Devido as normas de emissões mais restritas, o sistema de injeção deles trabalham com pressões mais elevadas.
A bomba de alta pressão deles é lubrificada pelo próprio óleo diesel. É aí que o B15 pode causar prejuízos: quando ele absorve umidade e gera água, a capacidade de lubrificação cai. Isso aumenta o atrito nos componentes internos da peça.
O atrito desgasta o metal e gera limalhas, que voltam para o tanque pelo sistema de retorno. Elas contaminam o diesel e geram oxidação. O uso contínuo assim pode fazer a bomba travar, exigindo a troca dela e de outros componentes no sistema de alimentação.
Na Toyota Hilux a situação é ainda mais grave, pois a bomba de alta pressão é tocada pela corrente do motor. Quando a bomba trava, essa corrente arrebenta e tira o motor de sincronismo, danificando o cabeçote e podendo estragar também os pistões, bielas e virabrequim.
O uso do estabilizador de diesel ajuda a prevenir todos esses problemas, já que mantém a capacidade de lubrificação do combustível. É um gasto adicional que vai evitar outro bem maior.
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Esse aditivo mantém as propriedades do óleo diesel por mais tempo e, consequentemente, evita alguns dos principais problemas que o B15 pode gerar: defeito da bomba injetora. Vamos tirar as principais dúvidas sobre o estabilizador.
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Qual a função do estabilizador de diesel
Os motores diesel modernos usam o combustível para lubrificar a bomba injetora (Foto: Jeep | Divulgação)
O biodiesel é altamente higroscópico, ou seja, ele absorve a umidade do ar. Isso cria água dentro do tanque de combustível e também um ambiente propício para a proliferação de bactérias.
Segundo Júnior Alves, mecânico automotivo da oficina Eco Automotive, de Lorena (SP), o diesel B15 exige mais cuidados por essa condição. Ele diz:
Hoje o combustível tem que ser tratado como algo perecível. Quando o diesel chega quente no tanque pelo retorno, vai gerar condensação no tanque, pois o biodiesel é 30x mais higroscópico”, explica.
Essa contaminação faz o combustível perder algumas propriedades, como a de lubrificação. Como alguns componentes, como a bomba injetora de alta pressão, são lubrificadas pelo diesel, o motor pode quebrar.
O estabilizador de diesel entra para controlar a oxidação e a proliferação de bactérias no tanque. Ele também mantém as propriedades do combustível por mais tempo, protegendo contra as quebras relacionadas a falta de lubrificação.
Quando devo usar o estabilizador de diesel
O período para a aplicação do estabilizador de diesel no tanque depende do uso. Em veículos que são usados com frequência, o recomendado é usar a cada três tanques cheios.
Se a picape ou SUV roda pouco, espaçando os abastecimentos, o melhor é usar o estabilizador toda vez que encher o tanque. É nesse uso mais esporádico onde moram os maiores riscos gerados pelo biodiesel.
O diesel B15 é perigoso para máquinas como geradores de energia, que podem ficar por meses desligadas até ser necessário usá-los.
Quanto de aditivo por litro de diesel deve ser usado
A quantidade de aditivo a ser usado no tanque deve ser vista na embalagem do produto. O mais comum é usar apenas 1 ml para cada litro de óleo diesel no tanque.
Qual escolher
Se existir um homologado pelo fabricante, use ele (Foto: Feccom | Divulgação)
A recomendação dos mecânicos é sempre usar fluídos homologados pelos fabricantes. Mas quando o assunto é o estabilizador de diesel isso fica muito limitado, apenas a Volkswagen e a Ford vendem esse aditivo em suas redes autorizadas.
O da Volkswagen é o Almax, já a Ford utiliza a sua marca de peças, a Motorcraft, no aditivo. Se o seu veículo não for dessas marcas, vá sempre em marcas tradicionais no mercado.
Existe a alternativa de já abastecer com um combustível aditivado no posto. O diesel Grid da Petrobras, por exemplo, já possui estabilizador e antioxidante em sua fórmula.
O tipo de quebra que o esse aditivo previne
O diesel B15 virou o principal inimigo dos motores turbodiesel mais recentes. Devido as normas de emissões mais restritas, o sistema de injeção deles trabalham com pressões mais elevadas.
A bomba de alta pressão deles é lubrificada pelo próprio óleo diesel. É aí que o B15 pode causar prejuízos: quando ele absorve umidade e gera água, a capacidade de lubrificação cai. Isso aumenta o atrito nos componentes internos da peça.
O atrito desgasta o metal e gera limalhas, que voltam para o tanque pelo sistema de retorno. Elas contaminam o diesel e geram oxidação. O uso contínuo assim pode fazer a bomba travar, exigindo a troca dela e de outros componentes no sistema de alimentação.
Na Toyota Hilux a situação é ainda mais grave, pois a bomba de alta pressão é tocada pela corrente do motor. Quando a bomba trava, essa corrente arrebenta e tira o motor de sincronismo, danificando o cabeçote e podendo estragar também os pistões, bielas e virabrequim.
O uso do estabilizador de diesel ajuda a prevenir todos esses problemas, já que mantém a capacidade de lubrificação do combustível. É um gasto adicional que vai evitar outro bem maior.
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