Notícia Fábrica da Alpine F1 na França é invadida e polícia suspeita de espionagem

Nesta segunda-feira (10), a sede do departamento de motores da Alpine — equipe de Fórmula da Renault —, foi invadida, em Viry-Chatillon (França). O caso, revelado pelo jornal Le Parisien, levantou especulações imediatas de espionagem industrial, um fantasma recorrente na categoria.

O principal fator que alimenta a suspeita é que, segundo a investigação inicial, nada foi levado. As autoridades registraram que dois indivíduos forçaram a entrada no prédio administrativo durante a madrugada. Eles se dirigiram diretamente ao andar da alta administração e dos executivos da Alpine F1, que fica separado da área de produção principal.

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Os invasores reviraram os escritórios de forma “metódica”, o que, segundo a polícia, sugere conhecimento prévio das instalações e dos alvos. Contudo, saíram sem levar computadores ou equipamentos de valor. A ausência de furto comum reforça a tese de que o objetivo era acessar e copiar dados sigilosos da rede interna da equipe.

A invasão ocorre em um momento de profunda transição para a Alpine. Em setembro de 2024, a Renault (dona da equipe) anunciou que deixaria de fabricar suas próprias unidades de potência — uma decisão que encerrou décadas de história e gerou protestos internos. A partir de 2026, a Alpine passará a usar motores da Mercedes.

Apesar do fim do programa de motores próprio, a fábrica de Viry —que desenvolve os propulsores da Renault há mais de 40 anos— não está desativada. O local está sendo transformado em um “centro de engenharia de última geração” e continua abrigando operações cruciais da equipe de F1, incluindo o desenvolvimento de componentes para a temporada 2025.

A polícia investiga se os invasores buscavam segredos sobre o carro atual ou dados operacionais estratégicos que poderiam ser vendidos a equipes rivais.

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