O mercado automotivo dos EUA está passando por uma fase peculiar: nos últimos anos foram lançados carros novos de grande interesse do público, esses consumidores possuem o dinheiro para comprar tais veículos, mas a oferta está baixa devido a crise dos semicondutores. E quem está se dando bem são as concessionárias.
Assim como ocorre no Brasil, os fabricantes vendem os carros para as concessionárias e elas vendem para o consumidor final. Em alguns estados existem até leis proibindo a venda direta do fabricante para o consumidor final, com a intenção de proteger os revendedores.
A versão elétrica da F-150 deveria destacar pelo preço competitivo, mas os lojistas estragaram isso (Foto: Ford | Divulgação)
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O preço divulgado pelo fabricante é o famoso preço sugerido, as lojas não são obrigadas a cobrar esse valor. Mas na nota fiscal do carro precisa estar os custos de tudo que é adicionado. Aí que entra a ganância dos concessionários: eles acrescentam um “dealer markup”, ou “remarcação da concessionária” em português. Esse aumento é, basicamente, apenas lucro para a loja.
A situação chegou a níveis alarmantes em 2022: 80% dos carros novos vendidos em janeiro continham algum tipo de aumento no preço praticado pela concessionária. Cadillac, Kia e Land Rover foram as marcas que praticaram os maiores preços acima do divulgado.
O Kia EV6 pode ser encontrado com reajuste de até 100% (Foto: Kia | Divulgação)
Essa prática era mais comum em lançamentos de alta procura, mas hoje existem concessionárias realizando a remarcação em todo o estoque. A Ford F-150 Lightning, que está prestes a ter suas vendas iniciadas, já é anunciada com aumento de US$ 30 mil (R$ 154.860 em conversão direta) sobre o preço sugerido.
O revolucionário Kia EV6 está chegando agora ao mercado estadunidense por um preço que parte de US$ 40.900 (cerca de R$ 210.953). Uma concessionária da Califórnia está pedindo US$ 87.231 (cerca de R$ 449.919) pelo modelo. Além do reajuste incluem acessórios como para-barro, frisos nas portas e taxas da loja.
Essa prática abusiva rendeu uma chuva de criticas às concessionárias nas redes sociais e chegou aos ouvidos dos executivos dos fabricantes. O primeiro a se pronunciar foi Jim Farley, CEO da Ford. Ele ameaçou punir as lojas que praticam esses aumentos no preço, pois isso afeta negativamente na satisfação do cliente e na imagem da marca.
Esses aumentos também afetam na estratégia da Ford de tornar seus elétricos mais acessíveis. Os concessionários que cobrarem muito acima do valor sugerido poderão perder as vendas a favor de outros revendedores com práticas mais honestas.
O Corvette traz desempenho de Ferrari por uma fração do preço, se depender das concessionárias seria pelo mesmo preço (Foto: Chevrolet | Divulgação)
A Chevrolet percebeu o mesmo efeito vindo de concessionárias cobrando valores altos para a reserva do Corvette Z06. A versão mais extrema do esportivo é bastante antecipada por trazer tecnologia e desempenho dignos de Ferrari por uma fração do preço. Um porta-voz do fabricante, Steve Carlisle, emitiu uma carta para as concessionárias alertando que a General Motors irá tomar ações contra concessionárias que praticarem lucros abusivos sobre os próximos lançamentos.
A Hyundai e a Genesis tomaram atitudes similares. As concessionárias receberam cartas alertando sobre anunciar os carros por um preço online e acrescentar valores extra na hora de fechar o negócio.
O caso mais recente de fabricante ameaçando as lojas foi com a Subaru: o fabricante japonês diz que prima pela honestidade e exige que os revendedores sigam a diretriz. O carro de maior procura da marca hoje é a Outback Wilderness, uma versão ainda mais aventureira da perua fora de estrada.
O post Fabricantes ameaçam concessionárias que cobram preços abusivos apareceu primeiro em AutoPapo.
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Assim como ocorre no Brasil, os fabricantes vendem os carros para as concessionárias e elas vendem para o consumidor final. Em alguns estados existem até leis proibindo a venda direta do fabricante para o consumidor final, com a intenção de proteger os revendedores.

A versão elétrica da F-150 deveria destacar pelo preço competitivo, mas os lojistas estragaram isso (Foto: Ford | Divulgação)
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O preço divulgado pelo fabricante é o famoso preço sugerido, as lojas não são obrigadas a cobrar esse valor. Mas na nota fiscal do carro precisa estar os custos de tudo que é adicionado. Aí que entra a ganância dos concessionários: eles acrescentam um “dealer markup”, ou “remarcação da concessionária” em português. Esse aumento é, basicamente, apenas lucro para a loja.
A situação chegou a níveis alarmantes em 2022: 80% dos carros novos vendidos em janeiro continham algum tipo de aumento no preço praticado pela concessionária. Cadillac, Kia e Land Rover foram as marcas que praticaram os maiores preços acima do divulgado.
Concessionárias colocam até 100% de lucro extra nos carros

O Kia EV6 pode ser encontrado com reajuste de até 100% (Foto: Kia | Divulgação)
Essa prática era mais comum em lançamentos de alta procura, mas hoje existem concessionárias realizando a remarcação em todo o estoque. A Ford F-150 Lightning, que está prestes a ter suas vendas iniciadas, já é anunciada com aumento de US$ 30 mil (R$ 154.860 em conversão direta) sobre o preço sugerido.
O revolucionário Kia EV6 está chegando agora ao mercado estadunidense por um preço que parte de US$ 40.900 (cerca de R$ 210.953). Uma concessionária da Califórnia está pedindo US$ 87.231 (cerca de R$ 449.919) pelo modelo. Além do reajuste incluem acessórios como para-barro, frisos nas portas e taxas da loja.
Os fabricantes ameaças as revendeodras picaretas
Essa prática abusiva rendeu uma chuva de criticas às concessionárias nas redes sociais e chegou aos ouvidos dos executivos dos fabricantes. O primeiro a se pronunciar foi Jim Farley, CEO da Ford. Ele ameaçou punir as lojas que praticam esses aumentos no preço, pois isso afeta negativamente na satisfação do cliente e na imagem da marca.
Esses aumentos também afetam na estratégia da Ford de tornar seus elétricos mais acessíveis. Os concessionários que cobrarem muito acima do valor sugerido poderão perder as vendas a favor de outros revendedores com práticas mais honestas.

O Corvette traz desempenho de Ferrari por uma fração do preço, se depender das concessionárias seria pelo mesmo preço (Foto: Chevrolet | Divulgação)
A Chevrolet percebeu o mesmo efeito vindo de concessionárias cobrando valores altos para a reserva do Corvette Z06. A versão mais extrema do esportivo é bastante antecipada por trazer tecnologia e desempenho dignos de Ferrari por uma fração do preço. Um porta-voz do fabricante, Steve Carlisle, emitiu uma carta para as concessionárias alertando que a General Motors irá tomar ações contra concessionárias que praticarem lucros abusivos sobre os próximos lançamentos.
A Hyundai e a Genesis tomaram atitudes similares. As concessionárias receberam cartas alertando sobre anunciar os carros por um preço online e acrescentar valores extra na hora de fechar o negócio.
O caso mais recente de fabricante ameaçando as lojas foi com a Subaru: o fabricante japonês diz que prima pela honestidade e exige que os revendedores sigam a diretriz. O carro de maior procura da marca hoje é a Outback Wilderness, uma versão ainda mais aventureira da perua fora de estrada.
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