A Fiat tem um carma quando o assunto é hatch médio no Brasil. Desde os tempos do Tipo que pegava fogo, a marca italiana lança (va) modelos para brigar em uma categoria acima da dos compactos – e geralmente não se dava bem. Mesmo com bons jogadores, como o Stilo.
Lançado em setembro de 2002, o carro chegou para substituir a linha Brava com a fama de ser o modelo mais tecnológico da marca e design bem diferente do que a Fiat usava naqueles tempos. O Stilo tinha linhas mais bem definidas e retilíneas do que modelos como Palio, Punto e Marea.
VEJA TAMBÉM:
Assim como seus antecessores e seu sucessor, era um carro com boa dinâmica e gostoso de dirigir, além de confortável. Nada disso corroborou qualquer sucesso e o Stilo sempre penou para encarar rivais como VW Golf, Ford Focus e Chevrolet Astra. Ou seja, padeceu da mesma sina de Tipo, Brava e Bravo…
Mesmo assim, não deixa de ser uma boa opção entre os carros usados. Mesmo com mais de 10 anos de uso, oferece custo/benefício interessante, em especial o Stilo 2010, do último ano de produção. Mas é preciso estar atento a todos os detalhes que envolvem o carro. Para você não se frustrar mais que a Fiat quanto tenta(va) vender hatch médio.
O Fiat Stilo chama a atenção pela dirigibilidade. Além do conforto no rodar, o hatch tem uma pegada um pouco mais firme que os Fiat da época, o que deixa o carro com aquela sensação de mais grudado no chão. A direção elétrica não é tão direta – e até leve , mas não compromete.
Ao mesmo tempo, o modelo é confortável. Motorista tem boa posição de dirigir e o carona desfruta de bom espaço para pernas. Atrás, o banco acomoda bem dois adultos e uma criança e o porta-malas leva aceitáveis 380 litros.
É o ponto fora da curva no conforto do Fiat Stilo. O acerto mais firme da suspensão (McPherson na frente e eixo de torção atrás) costuma sacrificar a cabine, com muitas refletidas de buracos e valetas – e até fim de curso, dependendo do desnível.
O carro é bonito, mas quando foi lançado mais parecia um… Volkswagen. O Stilo foi apresentado mundialmente no Salão de Bolonha de 2002 e trouxe linhas mais geométricas para o design da Fiat. Até então, a marca italiana estava em uma fase majoritariamente mais arredondada, vide modelos como Palio, Punto, Bravo/Brava e Marea…
O Fiat Stilo estreou no Brasil com motor 1.8… Família I! Isso mesmo, o hatch médio foi o primeiro carro da marca italiana por aqui a usar o propulsor quatro cilindros e 8 válvulas de 103 cv da General Motors.
A parceria era fruto de um acordo entre as duas montadoras. Este começou na Europa com compartilhamento de arquiteturas, teve promessa de compra por parte da norte-americana e rendeu uma boa grana para a italiana depois que a GM desistiu do negócio – dizem que foi a multa que bancou o projeto do novo Grande Punto, o que salvou a Fiat da falência
Enfim, o motor GM acompanhou a linha até o último Stilo 2010 e foi usado por outros modelos da Fiat, como a família Palio e o Idea. Virou flex em 2005 e ao longo dos anos teve a potência aumentada para 114/112 cv. Sempre foi bem disposto, com boas arrancadas – só o câmbio manual, com aquele curso longo e esponjoso, que não combina.
Detalhe é que o motor continuou sendo usado por alguns anos depois que a Fiat adquiriu a Tritec e começou a fazer os E.torQ no Paraná, 1.6 e 1.8. Fontes da marca italiana diziam que a empresa mantinha o contrato de compra do Família I, pois era um jeito de a concorrência (no caso, a Chevrolet) ter menos motores para seus carros, e menos unidades para vender no varejo.
O Fiat Stilo sempre teve uma gama bem enxuta e poucas, porém marcantes, séries especiais. A primeira edição limitada surgiu em 2004, a SP, em homenagem aos 450 anos de fundação da cidade de São Paulo – a série foi repetida em 2006.
Naquele mesmo ano de 2004 a linha ganhou a versão Connect. Como o próprio nome sugere, vinha com rádio/CD player com leitor de MP3 e viva-voz. Outras versões bacanas que merecem destaque e atenção na hora da pesquisa por um usado são a Sporting e a Blackmotion, com detalhes esportivos.
Connect foi lançado em 2004
Versão Blackmotion tinha apelo estético
Esse é disputado à tapa por entusiastas do carro. Ainda mais se for na cor amarelo Interlagos. Mas também é valorizado na vermelho Modena, nome mais que condizente para a série limitada a 500 unidades que homenageou o heptacampeão de Fórmula 1, Michael Schumacher.
A edição foi lançada em 2004 como linha 2005, ano em que o alemão se despediu da Ferrari. Tinha motor 1.8 16V de 122 cv, bancos de couro, teto panorâmico Sky Window, ar digital e rodas com aros de 17 polegadas. Foi reeditada em 2006.
Uma das pedidas entre os carros mais velhinhos é justamente o Stilo 2010, último ano do hatch. Modelos desta derradeira safra são encontrados por preços entre R$ 25 mil e R$ 35 mil. O carro era bem equipado para a época, com direito a ar, trio, direção elétrica, faróis de neblina e volante com ajustes de altura e profundidade.
Não é difícil encontrar exemplares com airbag duplo e freios ABS, mesmo na versão Attractive, na qual esses itens eram opcionais. Além disso, a linha, neste ano, já tinha sofrido todos os ajustes e acertos possíveis de fábrica.
É preciso ficar atento a reclamações corriqueiras em relação ao Fiat Stilo. Falhas de desempenho do motor 1.8 da GM são relatadas por donos do hatch, que falam de problemas no corpo de borboletas e no acelerador eletrônico.
Fique atento também a ruídos na direção, embreagem e na suspensão, além de carros com Skywindow e Dualogic (como veremos a seguir). Lembre-se, ainda, que a manutenção do Fiat Stilo nunca teve fama de barata e algumas peças são difíceis de encontrar. E teve um recall para troca dos cubos das rodas.
Isso foi a sensação do Stilo e realmente é um teto panorâmico belíssimo e diferente. A questão é que, se não passou por manutenção, pode virar uma bomba na sua cabeça. O equipamento é composto por cinco lâminas de vidro, que se abrem em um sistema bastante diferente – e complexo.
Acontece que o Skywindow foi projetado para o Stilo europeu rodar nas vias bem pavimentadas do continente na maior parte do tempo. Aqui, o teto-solar padece com a trepidação excessiva da buraqueira das grandes cidades. E a manutenção é cara, pode chegar a R$ 1.000. Mas o seu conserto é pior: tem gente que cobra R$ 10 mil para reparar o teto bacana do Fiat Stilo.
Nem pense em se aventurar em um Stilo com Dualogic. A Fiat insistiu com essa caixa automatizada de embreagem simples durante anos e o Stilo foi a primeira vítima da transmissão. O câmbio estraga o desempenho do carro. Os trancos são inevitáveis e a falta de agilidade nas retomadas é irritante.
Outra cereja do bolo quando se fala de Fiat Stilo. A versão Abarth foi, sem dúvida, a mais divertida da história de oito anos do carro e é outra bastante disputada entre entusiastas e compradores de usados esportivos.
Para apimentar o modelo e fazer jus ao sobrenome, a pegou o motor 2.4 20V de cinco cilindros do Marea e colocou-o no Stilo. Depois de mudanças nos comandos de válvulas e no sistema de admissão, além de um escape redimensionado, o propulsor teve a potência elevada de 160 para 165 cv no Stilo Abarth.
O motor ainda oferece 21 kgfm a 1.400 rpm, com retomadas bastante vigorosas. Já o acerto na suspensão deixou o Stilo Abarth firme nas curvas e em altas velocidades. Um hot hatch velhinho, mas para lá de divertido.
Os amigos do canal Opinião Sincera falam sobre o Stilo. Confira o que eles acham:
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Lançado em setembro de 2002, o carro chegou para substituir a linha Brava com a fama de ser o modelo mais tecnológico da marca e design bem diferente do que a Fiat usava naqueles tempos. O Stilo tinha linhas mais bem definidas e retilíneas do que modelos como Palio, Punto e Marea.
VEJA TAMBÉM:
Assim como seus antecessores e seu sucessor, era um carro com boa dinâmica e gostoso de dirigir, além de confortável. Nada disso corroborou qualquer sucesso e o Stilo sempre penou para encarar rivais como VW Golf, Ford Focus e Chevrolet Astra. Ou seja, padeceu da mesma sina de Tipo, Brava e Bravo…
Mesmo assim, não deixa de ser uma boa opção entre os carros usados. Mesmo com mais de 10 anos de uso, oferece custo/benefício interessante, em especial o Stilo 2010, do último ano de produção. Mas é preciso estar atento a todos os detalhes que envolvem o carro. Para você não se frustrar mais que a Fiat quanto tenta(va) vender hatch médio.
Conforto e dinâmica
O Fiat Stilo chama a atenção pela dirigibilidade. Além do conforto no rodar, o hatch tem uma pegada um pouco mais firme que os Fiat da época, o que deixa o carro com aquela sensação de mais grudado no chão. A direção elétrica não é tão direta – e até leve , mas não compromete.
Ao mesmo tempo, o modelo é confortável. Motorista tem boa posição de dirigir e o carona desfruta de bom espaço para pernas. Atrás, o banco acomoda bem dois adultos e uma criança e o porta-malas leva aceitáveis 380 litros.
Suspensão problemática
É o ponto fora da curva no conforto do Fiat Stilo. O acerto mais firme da suspensão (McPherson na frente e eixo de torção atrás) costuma sacrificar a cabine, com muitas refletidas de buracos e valetas – e até fim de curso, dependendo do desnível.
Estilo… de Volkswagen
O carro é bonito, mas quando foi lançado mais parecia um… Volkswagen. O Stilo foi apresentado mundialmente no Salão de Bolonha de 2002 e trouxe linhas mais geométricas para o design da Fiat. Até então, a marca italiana estava em uma fase majoritariamente mais arredondada, vide modelos como Palio, Punto, Bravo/Brava e Marea…
Desempenho… de Chevrolet
O Fiat Stilo estreou no Brasil com motor 1.8… Família I! Isso mesmo, o hatch médio foi o primeiro carro da marca italiana por aqui a usar o propulsor quatro cilindros e 8 válvulas de 103 cv da General Motors.
A parceria era fruto de um acordo entre as duas montadoras. Este começou na Europa com compartilhamento de arquiteturas, teve promessa de compra por parte da norte-americana e rendeu uma boa grana para a italiana depois que a GM desistiu do negócio – dizem que foi a multa que bancou o projeto do novo Grande Punto, o que salvou a Fiat da falência
Enfim, o motor GM acompanhou a linha até o último Stilo 2010 e foi usado por outros modelos da Fiat, como a família Palio e o Idea. Virou flex em 2005 e ao longo dos anos teve a potência aumentada para 114/112 cv. Sempre foi bem disposto, com boas arrancadas – só o câmbio manual, com aquele curso longo e esponjoso, que não combina.
Detalhe é que o motor continuou sendo usado por alguns anos depois que a Fiat adquiriu a Tritec e começou a fazer os E.torQ no Paraná, 1.6 e 1.8. Fontes da marca italiana diziam que a empresa mantinha o contrato de compra do Família I, pois era um jeito de a concorrência (no caso, a Chevrolet) ter menos motores para seus carros, e menos unidades para vender no varejo.
Versões e séries
O Fiat Stilo sempre teve uma gama bem enxuta e poucas, porém marcantes, séries especiais. A primeira edição limitada surgiu em 2004, a SP, em homenagem aos 450 anos de fundação da cidade de São Paulo – a série foi repetida em 2006.
Naquele mesmo ano de 2004 a linha ganhou a versão Connect. Como o próprio nome sugere, vinha com rádio/CD player com leitor de MP3 e viva-voz. Outras versões bacanas que merecem destaque e atenção na hora da pesquisa por um usado são a Sporting e a Blackmotion, com detalhes esportivos.

Connect foi lançado em 2004

Versão Blackmotion tinha apelo estético
Stilo Schumacher

Esse é disputado à tapa por entusiastas do carro. Ainda mais se for na cor amarelo Interlagos. Mas também é valorizado na vermelho Modena, nome mais que condizente para a série limitada a 500 unidades que homenageou o heptacampeão de Fórmula 1, Michael Schumacher.
A edição foi lançada em 2004 como linha 2005, ano em que o alemão se despediu da Ferrari. Tinha motor 1.8 16V de 122 cv, bancos de couro, teto panorâmico Sky Window, ar digital e rodas com aros de 17 polegadas. Foi reeditada em 2006.
Fiat Stilo 2010
Uma das pedidas entre os carros mais velhinhos é justamente o Stilo 2010, último ano do hatch. Modelos desta derradeira safra são encontrados por preços entre R$ 25 mil e R$ 35 mil. O carro era bem equipado para a época, com direito a ar, trio, direção elétrica, faróis de neblina e volante com ajustes de altura e profundidade.
Não é difícil encontrar exemplares com airbag duplo e freios ABS, mesmo na versão Attractive, na qual esses itens eram opcionais. Além disso, a linha, neste ano, já tinha sofrido todos os ajustes e acertos possíveis de fábrica.
Problemas comuns
É preciso ficar atento a reclamações corriqueiras em relação ao Fiat Stilo. Falhas de desempenho do motor 1.8 da GM são relatadas por donos do hatch, que falam de problemas no corpo de borboletas e no acelerador eletrônico.
Fique atento também a ruídos na direção, embreagem e na suspensão, além de carros com Skywindow e Dualogic (como veremos a seguir). Lembre-se, ainda, que a manutenção do Fiat Stilo nunca teve fama de barata e algumas peças são difíceis de encontrar. E teve um recall para troca dos cubos das rodas.
Skywindow

Isso foi a sensação do Stilo e realmente é um teto panorâmico belíssimo e diferente. A questão é que, se não passou por manutenção, pode virar uma bomba na sua cabeça. O equipamento é composto por cinco lâminas de vidro, que se abrem em um sistema bastante diferente – e complexo.
Acontece que o Skywindow foi projetado para o Stilo europeu rodar nas vias bem pavimentadas do continente na maior parte do tempo. Aqui, o teto-solar padece com a trepidação excessiva da buraqueira das grandes cidades. E a manutenção é cara, pode chegar a R$ 1.000. Mas o seu conserto é pior: tem gente que cobra R$ 10 mil para reparar o teto bacana do Fiat Stilo.
Fuja do Dualogic

Nem pense em se aventurar em um Stilo com Dualogic. A Fiat insistiu com essa caixa automatizada de embreagem simples durante anos e o Stilo foi a primeira vítima da transmissão. O câmbio estraga o desempenho do carro. Os trancos são inevitáveis e a falta de agilidade nas retomadas é irritante.
Bônus: Stilo Abarth
Outra cereja do bolo quando se fala de Fiat Stilo. A versão Abarth foi, sem dúvida, a mais divertida da história de oito anos do carro e é outra bastante disputada entre entusiastas e compradores de usados esportivos.
Para apimentar o modelo e fazer jus ao sobrenome, a pegou o motor 2.4 20V de cinco cilindros do Marea e colocou-o no Stilo. Depois de mudanças nos comandos de válvulas e no sistema de admissão, além de um escape redimensionado, o propulsor teve a potência elevada de 160 para 165 cv no Stilo Abarth.
O motor ainda oferece 21 kgfm a 1.400 rpm, com retomadas bastante vigorosas. Já o acerto na suspensão deixou o Stilo Abarth firme nas curvas e em altas velocidades. Um hot hatch velhinho, mas para lá de divertido.
Os amigos do canal Opinião Sincera falam sobre o Stilo. Confira o que eles acham:
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