O Departamento de Transportes dos EUA, sob a gestão Trump, apresentou uma proposta para relaxar as metas de eficiência de combustível, em movimento que pode reconfigurar o mercado automotivo norte-americano. Segundo o secretário de Transportes, Sean Duffy, a medida visa corrigir distorções regulatórias e poderia, em tese, abrir caminho para o retorno das peruas, segmento praticamente extinto no país em favor dos SUVs.
O desaparecimento das peruas foi, em grande parte, um efeito colateral das normas antigas da NHTSA (agência de segurança viária). Pela regra vigente, peruas eram classificadas como “carros de passeio”, sujeitas a metas de consumo rigorosas. Já os SUVs e crossovers entravam na categoria de “caminhões leves”, beneficiando-se de limites mais brandos.
Essa disparidade incentivou as montadoras a migrarem a produção para utilitários esportivos, maiores e mais lucrativos. A nova proposta do governo busca nivelar o campo ao reduzir significativamente a exigência de eficiência média da frota para o ano-modelo 2031:
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A revisão das normas tem implicações profundas. O argumento oficial é que a flexibilização reduzirá o preço inicial dos veículos, permitindo a produção de modelos maiores, como as peruas tradicionais, sem a obrigatoriedade de sistemas híbridos caros. No entanto, o custo ambiental será alto.
Estimativas apontam que o afrouxamento das regras resultará em um aumento no consumo nacional de gasolina na ordem de 100 bilhões de galões ao longo da vida útil da frota, além de desacelerar a transição para a eletrificação. Apesar do discurso político apelar para a nostalgia das peruas, analistas de mercado veem um retorno em massa como improvável, dada a preferência consolidada do consumidor atual por SUVs e a posição elevada de dirigir.
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O desaparecimento das peruas foi, em grande parte, um efeito colateral das normas antigas da NHTSA (agência de segurança viária). Pela regra vigente, peruas eram classificadas como “carros de passeio”, sujeitas a metas de consumo rigorosas. Já os SUVs e crossovers entravam na categoria de “caminhões leves”, beneficiando-se de limites mais brandos.
Essa disparidade incentivou as montadoras a migrarem a produção para utilitários esportivos, maiores e mais lucrativos. A nova proposta do governo busca nivelar o campo ao reduzir significativamente a exigência de eficiência média da frota para o ano-modelo 2031:
- Regra da gestão anterior: Meta de 50,4 mpg (aprox. 21,4 km/l);
- Nova proposta: Meta de 34,5 mpg (aprox. 14,6 km/l).
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Impacto ambiental vs. preço ao consumidor
A revisão das normas tem implicações profundas. O argumento oficial é que a flexibilização reduzirá o preço inicial dos veículos, permitindo a produção de modelos maiores, como as peruas tradicionais, sem a obrigatoriedade de sistemas híbridos caros. No entanto, o custo ambiental será alto.
Estimativas apontam que o afrouxamento das regras resultará em um aumento no consumo nacional de gasolina na ordem de 100 bilhões de galões ao longo da vida útil da frota, além de desacelerar a transição para a eletrificação. Apesar do discurso político apelar para a nostalgia das peruas, analistas de mercado veem um retorno em massa como improvável, dada a preferência consolidada do consumidor atual por SUVs e a posição elevada de dirigir.
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