A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prepara o terreno para uma mudança regulatória que pode alterar a dinâmica da infraestrutura de recarga no Brasil. A agência avalia submeter a consulta pública uma proposta que permite às distribuidoras de energia ditar os horários e dias permitidos para o abastecimento de veículos elétricos, criando uma modalidade de “operação restrita”, afirma o site Cenário Energia.
A medida, detalhada em nota técnica enviada à relatoria do diretor Willamy Frota, visa solucionar um gargalo crescente: a necessidade de obras estruturais pesadas na rede para suportar a nova demanda da eletromobilidade.
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A lógica da proposta é econômica: ao aceitar carregar apenas em horários de menor demanda da rede, empresas de ônibus, condomínios e eletropostos poderiam ter suas conexões aprovadas mais rapidamente, sem arcar com os custos de reforço da infraestrutura elétrica local. O modelo toma como base um precedente aberto para a Enel São Paulo, que firmou acordo operacional com horários restritos para uma garagem da Viação Metrópole.
Para garantir o cumprimento, o controle seria automatizado. Seja por sistemas da própria distribuidora ou do consumidor, a energia só fluiria nas janelas de tempo estipuladas em contrato, oferecendo previsibilidade ao sistema elétrico.
Além da flexibilização, a área técnica da Aneel recomenda maior transparência. Assim, as distribuidoras seriam obrigadas a publicar mapas de disponibilidade de potência e filas de pedidos de conexão em seus sites, permitindo que investidores saibam onde é viável instalar carregadores.
Um ponto sensível que deve aquecer o debate na consulta pública é o potencial conflito de interesses. Como as distribuidoras também podem operar eletropostos em suas áreas de concessão, a agência busca mecanismos para evitar que essas empresas usem as restrições de horário para prejudicar concorrentes e privilegiar suas próprias estações de recarga.
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A medida, detalhada em nota técnica enviada à relatoria do diretor Willamy Frota, visa solucionar um gargalo crescente: a necessidade de obras estruturais pesadas na rede para suportar a nova demanda da eletromobilidade.
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Troca de liberdade por agilidade
A lógica da proposta é econômica: ao aceitar carregar apenas em horários de menor demanda da rede, empresas de ônibus, condomínios e eletropostos poderiam ter suas conexões aprovadas mais rapidamente, sem arcar com os custos de reforço da infraestrutura elétrica local. O modelo toma como base um precedente aberto para a Enel São Paulo, que firmou acordo operacional com horários restritos para uma garagem da Viação Metrópole.
Para garantir o cumprimento, o controle seria automatizado. Seja por sistemas da própria distribuidora ou do consumidor, a energia só fluiria nas janelas de tempo estipuladas em contrato, oferecendo previsibilidade ao sistema elétrico.
Transparência e conflito de interesses
Além da flexibilização, a área técnica da Aneel recomenda maior transparência. Assim, as distribuidoras seriam obrigadas a publicar mapas de disponibilidade de potência e filas de pedidos de conexão em seus sites, permitindo que investidores saibam onde é viável instalar carregadores.
Um ponto sensível que deve aquecer o debate na consulta pública é o potencial conflito de interesses. Como as distribuidoras também podem operar eletropostos em suas áreas de concessão, a agência busca mecanismos para evitar que essas empresas usem as restrições de horário para prejudicar concorrentes e privilegiar suas próprias estações de recarga.
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