SUV compacto da custa R$ 199,5 mil, é o mais potente da categoria com 193 cv, só que tem alguns pormenores
O Hyundai Creta, mesmo com visual polêmico da versão anterior, é bem quisto pelo cliente brasileiro, o que reflete nos números de vendas com mais de 60 mil unidades emplacadas neste ano. Todavia, os preços ficaram um pouco salgados, desde quando passou por atualizações em 2024, por exemplo, a versão Ultimate, que foi avaliada pela Revista Carro, custa R$ 199.590, um valor alto perto dos chineses híbridos BYD Song Pro, que é negociado por R$ 189.990, e GWM Haval One, vendido por R$ 199.000. O modelo, que é fabricado em Piracicaba, também tem um valor mais alto do que o principal rival T-Cross Highline, oferecido por R$ 191.490, mas é mais barato do que o HR-V Touring, que sai por R$ 209.900, lembrando o utilitário sul-corenao é mais potente do que os SUVs da Volkswagen e da Honda, já que tem 193 cv.
Design externo
Com esse panorama, é preciso começar pelo design, embora já esteja no mercado desde outubro do ano passado, é preciso dizer que o Creta evoluiu bastante, visto que a versão anterior tinha um visual polêmico, que não agradava a todos. Agora, o SUV da Hyundai ganhou uma dianteira mais atual, com grade redesenhada, novo para-choque, capô e principalmente o conjunto óptico com luzes de condução diurna interligadas por uma faixa central, além de setas dinâmicas.
De um lado, não houve grandes alterações. A parte central do carro permaneceu a mesma, o que indica um trabalho bem executado pelos designers, porque a nova frente e a nova traseira parecem integradas como se o carro tivesse sido concebido originalmente dessa forma. As mudanças laterais ficam por conta das rodas de 18 polegadas e do teto pintado em preto na versão bitom.
Na traseira, o modelo também perdeu o antigo estilo que gerava controvérsias. A tampa do porta-malas é a mesma, mas lanternas, faixa central e para-choque são novos. As lanternas agora são ligadas por uma peça horizontal, solução que está em alta no mercado, inclusive nos modelos chineses.
O interior também foi atualizado. Os bancos mantêm revestimento em couro sintético, com duas tonalidades nesta versão: cinza escuro e cinza claro, o que amplia a sensação de espaço. Claro, é mais trabalho para cuidar no futuro. O banco do motorista é elétrico e, como diferencial do segmento, conta com ventilação em três níveis. As partes centrais dos bancos dianteiros e traseiros têm perfurações que ajudam na ventilação. Já o console central permanece praticamente igual, mas recebeu mudanças importantes: agora o ar-condicionado é digital e de duas zonas, com saídas para o banco traseiro.
A maior alteração interna feita pela Hyundai no Creta, certamente está no painel, que é totalmente novo. São duas telas de 10,25”, unidas visualmente. Uma exibe o quadro de instrumentos configurável e a outra concentra o multimídia, que ficou mais rápido, intuitivo e com mais funções. Porém, nem tudo são flores, ainda precisa de cabo para usar Android Auto ou Apple CarPlay, apesar de contar com carregador por indução, além de não projetar o sistema do smartphone na tela, deixando um pedaço inutilizável.
Ademais, o retrovisor interno é eletrocrômico, e o utilitário também traz controles por voz para abrir o teto solar panorâmico, subir ou descer vidros e ajustar a temperatura. Outro detalhe útil é a iluminação inferior no painel, que ajuda a localizar objetos à noite.
Ficha técnica
Como a plataforma não mudou, o porta-malas mantém os 422 litros. Não é o maior da categoria, mas atende bem viagens de quatro pessoas. O comprimento é 4.33 metros de comprimento, 1,79 metro de largura, 1,63 metro de altura e o entre-eixos é de 2,61 metros.
Equipamentos e garantia
O Creta Ultimate não oferece opcionais: tudo já é de série. A lista inclui itens de categorias superiores, como assistente de ponto cego, assistente de tráfego cruzado traseiro, alerta de saída segura, controle de cruzeiro adaptativo com limitador de velocidade, conexão USB traseira, câmera de 360 graus de boa resolução, banco do motorista com ajuste elétrico de quatro posições, chave Smart Key, acendimento automático dos faróis, volante com regulagem de altura e profundidade, teto solar panorâmico, saídas USB do tipo C e A, sensor de estacionamento traseiro, detector de fadiga, assistente de centralização em faixa, farol alto adaptativo, sensor de estacionamento dianteiro, entre outros.. Outro ponto positivo é a garantia de cinco anos.
Mais potente da categoria
Sob o capô, o grande destaque é o novo motor 1.6 turbo TGDI, que entrega até 193 cv com 27 kgfm de torque. Um conjunto com bom desempenho para acelerações e ultrapassagens, representando evolução significativa. Todavia, é abastecido apenas com gasolina. Um motor flex faria mais sentido para o mercado brasileiro.
A transmissão é de dupla embreagem a seco automatizada de sete posições, que faz trocas rápidas sem engasgos, o que o deixa ainda mais divertido durante a condução.
O Creta Ultimate chega a velocidade máxima de 210 km/h e faz de zero a 100 km/h em apenas 7,8 segundos. O consumo urbano é de 11,9 km/l e de 13,5 km/l na estrada, o que foi alcançado durante os testes, o que deixa com padrões aceitáveis, embora a competição com híbridos chineses seja um pouco desleal com a versão topo de linha do SUV da Hyundai.
Creta Ultimate justifica o preço
Diante desse quadro apresentado, o Creta Ultimate justifica o preço elevado, uma vez que tem bons itens de equipamentos e o motor mais potente do segmento. Agora, se o cliente quiser modelos eletrificados, que são mais baratos, a competição será difícil para o utilitário da Hyundai. Lembrando, o SUV também é mais caro do que o principal rival, o Volkswagen T-Cross, um dos crossovers mais vendidos do segmento.
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