Notícia Impressão 3D ajudou o Ford Mustang GTD a ficar mais rápido

Durante o desenvolvimento do Mustang GTD 2025, a Ford adotou um processo incomum de engenharia que consta em reduzir peso e ganhar velocidade a qualquer custo. Mas, em vez de remover equipamentos, a equipe recorreu à tecnologia de impressão 3D para acelerar o desempenho em Nürburgring.

O engenheiro-chefe do programa, Greg Goodall, revelou que a equipe projetava e imprimia peças em tempo real na Alemanha, testava-as na pista e depois as enviava para análise e aperfeiçoamento. Ele destacou que, ao contrário dos programas tradicionais, nos quais design e engenharia param para dar lugar à produção, o GTD nasceu sem essas limitações.

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Um exemplo foi a criação das chamadas aberturas no capô. O especialista em dinâmica de veículos Steve Thompson identificou em Nürburgring a necessidade de mais força descendente e improvisou peças em 3D para testar no carro.

A solução, apesar de não estar no projeto original, mostrou ganhos imediatos de tempo. Em poucas semanas, as equipes de engenharia e design chegaram a uma versão definitiva, neutra em termos de arrasto, mas eficiente em gerar downforce. Foram necessárias cerca de 20 simulações de coeficiente aerodinâmico e até oito ajustes no desenho até alcançar o resultado ideal.

As modificações entraram em cena em maio de 2024, durante testes industriais no circuito. Em agosto, o Mustang GTD tornou-se o primeiro carro americano a completar uma volta abaixo de sete minutos, registrando 6:57.685. Meses depois, em abril de 2025, o modelo cravou 6:52.072, consolidando o feito.

Goodall ressaltou que, sem a solução do capô, rodar abaixo de sete minutos seria “muito disputado”. O desenvolvimento em tempo real no ‘Ring’, aliado ao uso de impressão 3D, foi determinante para alcançar o resultado histórico.

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