A ascensão dos veículos elétricos no mercado global trouxe, além da inovação tecnológica, uma série de temores infundados. Um deles é de que as baterias de alta voltagem e os motores elétricos emitiriam radiação nociva à saúde: o que acaba de ser desmistificado por uma análise técnica rigorosa.
Solicitado pelo Escritório Federal Alemão de Proteção Radiológica, o estudo foi conduzido pelo ADAC (Allgemeiner Deutscher Automobil-Club) — maior associação automobilística da Europa — para verificar se os campos eletromagnéticos gerados poderiam causar danos biológicos a condutores e passageiros.
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Para o experimento, foram selecionados 11 modelos de carros elétricos de diferentes fabricantes, além de veículos híbridos e a combustão para efeito comparativo. Os engenheiros utilizaram sensores de densidade de fluxo magnético instalados em manequins, posicionados estrategicamente na cabine para mensurar exposição a cabeça, tronco e pés. As medições ocorreram em cenários de uso real, incluindo acelerações bruscas e frenagens regenerativas intensas — momentos em que o fluxo de corrente elétrica é máximo.
O resultado foi categórico: mesmo nos picos de exigência do motor, os níveis de radiação permaneceram muito abaixo dos limites internacionais de segurança. Em nenhum cenário a exposição chegou perto de representar risco. O ponto de maior incidência detectado foi na região dos pés e tornozelos, devido à proximidade física com o chicote elétrico e o motor, mas, ainda assim, os valores foram inferiores a 10% do limite máximo permitido. Nas regiões vitais, como cabeça e tórax, a radiação foi praticamente nula.
Um dado irônico revelado pelo estudo do ADAC é que os carros elétricos não são, necessariamente, os maiores emissores de campos magnéticos dentro da cabine. A análise apontou que os sistemas de aquecimento dos bancos — comuns tanto em modelos elétricos quanto nos movidos a gasolina ou diesel — geram leituras de campo eletromagnético superiores às do próprio conjunto propulsor elétrico.
A conclusão dos especialistas alemães é que o “eletrosmog” (poluição eletromagnética) dentro de um carro elétrico moderno é inofensivo, frequentemente menor do que o encontrado em veículos a combustão equivalentes. A exposição registrada é comparável, e muitas vezes inferior, àquela gerada por eletrodomésticos comuns do cotidiano, enterrando a tese de risco radiológico.
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Solicitado pelo Escritório Federal Alemão de Proteção Radiológica, o estudo foi conduzido pelo ADAC (Allgemeiner Deutscher Automobil-Club) — maior associação automobilística da Europa — para verificar se os campos eletromagnéticos gerados poderiam causar danos biológicos a condutores e passageiros.
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Metodologia
Para o experimento, foram selecionados 11 modelos de carros elétricos de diferentes fabricantes, além de veículos híbridos e a combustão para efeito comparativo. Os engenheiros utilizaram sensores de densidade de fluxo magnético instalados em manequins, posicionados estrategicamente na cabine para mensurar exposição a cabeça, tronco e pés. As medições ocorreram em cenários de uso real, incluindo acelerações bruscas e frenagens regenerativas intensas — momentos em que o fluxo de corrente elétrica é máximo.
O resultado foi categórico: mesmo nos picos de exigência do motor, os níveis de radiação permaneceram muito abaixo dos limites internacionais de segurança. Em nenhum cenário a exposição chegou perto de representar risco. O ponto de maior incidência detectado foi na região dos pés e tornozelos, devido à proximidade física com o chicote elétrico e o motor, mas, ainda assim, os valores foram inferiores a 10% do limite máximo permitido. Nas regiões vitais, como cabeça e tórax, a radiação foi praticamente nula.
Bancos aquecidos emitem mais que o motor
Um dado irônico revelado pelo estudo do ADAC é que os carros elétricos não são, necessariamente, os maiores emissores de campos magnéticos dentro da cabine. A análise apontou que os sistemas de aquecimento dos bancos — comuns tanto em modelos elétricos quanto nos movidos a gasolina ou diesel — geram leituras de campo eletromagnético superiores às do próprio conjunto propulsor elétrico.
A conclusão dos especialistas alemães é que o “eletrosmog” (poluição eletromagnética) dentro de um carro elétrico moderno é inofensivo, frequentemente menor do que o encontrado em veículos a combustão equivalentes. A exposição registrada é comparável, e muitas vezes inferior, àquela gerada por eletrodomésticos comuns do cotidiano, enterrando a tese de risco radiológico.
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