Enquanto as montadoras de automóveis apostam na eletrificação de seus modelos, as fabricantes de caminhões trabalham em um futuro mais eclético, buscando oferecer diferentes alternativas ao diesel para seus clientes. Entre essas opções estão modelos híbridos, movidos a gás — seja GNV (Gás Natural Veicular) ou GNL (Gás Natural Liquefeito) — e também a hidrogênio. No entanto, cada uma dessas alternativas apresenta seus próprios desafios.
Para oferecer uma solução mais viável no curto prazo, a Mercedes-Benz, em parceria com a Be8, empresa produtora de biodiesel, está testando um novo biocombustível 100% puro (B100).
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Batizado de BeVant, trata-se de um biocombustível 100% renovável que, segundo a Be8, reduz as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), possui maior teor de ésteres, baixo teor de glicerídeos — o que proporciona uma redução de acidez de até 40% — e 35% menos teor de água. A empresa também afirma que o BeVant dispensa o uso de aditivos químicos.
Para colocar o produto à prova e verificar se ele pode, de fato, ser uma alternativa ao diesel convencional, a Be8 e a Mercedes-Benz estão realizando um teste com quatro veículos: dois caminhões Actros 2553 S 6×2 e dois ônibus rodoviários O500 RSDD com motor OM 460. Um caminhão e um ônibus estão sendo abastecidos com diesel comercial B15, enquanto os outros dois utilizam exclusivamente o BeVant.
O teste, que já está em andamento, teve início na cidade de Passo Fundo (RS), onde está localizada a sede e a fábrica da Be8. De lá, os veículos seguiram para Curitiba (PR) e, em seguida, para a fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP), onde os modelos foram apresentados à imprensa.
A próxima parada será em Brasília (DF), onde a solução será apresentada ao presidente Lula. Depois, os veículos seguirão para Palmas (TO) e, por fim, para Belém (PA), onde participarão da COP 30. O trajeto completo, de Passo Fundo a Belém, totaliza mais de 4 mil quilômetros.
Resultados parciais demonstram números promissores O teste com o biocombustível está sendo acompanhado pelo Instituto Mauá de Tecnologia, responsável pelas medições e comparações de emissões entre o BeVant e o diesel B15.
Durante a apresentação em São Bernardo do Campo, foram divulgados resultados preliminares do primeiro trecho, de Passo Fundo a São Bernardo. Nesse percurso, foi registrada uma redução aproximada de 65% nas emissões do tipo “do poço à roda”.
Já na comparação “do tanque à roda”, a redução de CO₂ chegou a 99%, número elevado devido à contabilização do CO₂ absorvido pelas plantas utilizadas como matéria-prima do biocombustível.
Quem possui um veículo a diesel — desde caminhonetes até grandes caminhões — já está familiarizado com o B15, combustível que contém 15% de biodiesel. No entanto, esse tipo de diesel pode acelerar a formação de borra no fundo do tanque. Para evitar esse problema, recomenda-se o uso de aditivos específicos e evitar o armazenamento prolongado do combustível, já que ele é perecível.
A Be8 afirma que o BeVant já possui aditivos em sua fórmula patenteada, o que evita a formação de borra. Além disso, a empresa ressalta que, se o B15 for produzido conforme as normas da ANP, não deveria apresentar esse tipo de problema.
A empresa também orienta que, para utilizar o BeVant em caminhões com tecnologia Euro 6, basta realizar uma limpeza interna do tanque de combustível e substituir o filtro, deixando o veículo pronto para operar com o novo biocombustível.
Por fim, o BeVant tem um custo cerca de 10% superior ao do diesel B15. Considerando o preço médio do diesel no Brasil, que estava em R$ 6,06 entre os dias 12 e 18 de outubro, segundo a Petrobras, o litro do BeVant sairia por aproximadamente R$ 6,67.
Quando comparado ao HVO (óleo vegetal hidrotratado), o BeVant custa cerca de 50% menos, o que o torna uma alternativa mais acessível dentro do segmento de combustíveis renováveis.
Se quiser, posso ajudar a transformar esse texto em uma versão para publicação em blog, redes sociais ou até mesmo um roteiro de vídeo. É só me dizer!
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Para oferecer uma solução mais viável no curto prazo, a Mercedes-Benz, em parceria com a Be8, empresa produtora de biodiesel, está testando um novo biocombustível 100% puro (B100).
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Vantagens do BeVant
Batizado de BeVant, trata-se de um biocombustível 100% renovável que, segundo a Be8, reduz as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), possui maior teor de ésteres, baixo teor de glicerídeos — o que proporciona uma redução de acidez de até 40% — e 35% menos teor de água. A empresa também afirma que o BeVant dispensa o uso de aditivos químicos.
Para colocar o produto à prova e verificar se ele pode, de fato, ser uma alternativa ao diesel convencional, a Be8 e a Mercedes-Benz estão realizando um teste com quatro veículos: dois caminhões Actros 2553 S 6×2 e dois ônibus rodoviários O500 RSDD com motor OM 460. Um caminhão e um ônibus estão sendo abastecidos com diesel comercial B15, enquanto os outros dois utilizam exclusivamente o BeVant.
Roteiro do teste
O teste, que já está em andamento, teve início na cidade de Passo Fundo (RS), onde está localizada a sede e a fábrica da Be8. De lá, os veículos seguiram para Curitiba (PR) e, em seguida, para a fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP), onde os modelos foram apresentados à imprensa.
A próxima parada será em Brasília (DF), onde a solução será apresentada ao presidente Lula. Depois, os veículos seguirão para Palmas (TO) e, por fim, para Belém (PA), onde participarão da COP 30. O trajeto completo, de Passo Fundo a Belém, totaliza mais de 4 mil quilômetros.
Resultados parciais demonstram números promissores O teste com o biocombustível está sendo acompanhado pelo Instituto Mauá de Tecnologia, responsável pelas medições e comparações de emissões entre o BeVant e o diesel B15.
Redução de emissões
Durante a apresentação em São Bernardo do Campo, foram divulgados resultados preliminares do primeiro trecho, de Passo Fundo a São Bernardo. Nesse percurso, foi registrada uma redução aproximada de 65% nas emissões do tipo “do poço à roda”.
Já na comparação “do tanque à roda”, a redução de CO₂ chegou a 99%, número elevado devido à contabilização do CO₂ absorvido pelas plantas utilizadas como matéria-prima do biocombustível.
Biodiesel: solução ainda cercada de polêmicas
Quem possui um veículo a diesel — desde caminhonetes até grandes caminhões — já está familiarizado com o B15, combustível que contém 15% de biodiesel. No entanto, esse tipo de diesel pode acelerar a formação de borra no fundo do tanque. Para evitar esse problema, recomenda-se o uso de aditivos específicos e evitar o armazenamento prolongado do combustível, já que ele é perecível.
A Be8 afirma que o BeVant já possui aditivos em sua fórmula patenteada, o que evita a formação de borra. Além disso, a empresa ressalta que, se o B15 for produzido conforme as normas da ANP, não deveria apresentar esse tipo de problema.
A empresa também orienta que, para utilizar o BeVant em caminhões com tecnologia Euro 6, basta realizar uma limpeza interna do tanque de combustível e substituir o filtro, deixando o veículo pronto para operar com o novo biocombustível.
BeVant é 10% mais caro
Por fim, o BeVant tem um custo cerca de 10% superior ao do diesel B15. Considerando o preço médio do diesel no Brasil, que estava em R$ 6,06 entre os dias 12 e 18 de outubro, segundo a Petrobras, o litro do BeVant sairia por aproximadamente R$ 6,67.
Quando comparado ao HVO (óleo vegetal hidrotratado), o BeVant custa cerca de 50% menos, o que o torna uma alternativa mais acessível dentro do segmento de combustíveis renováveis.
Se quiser, posso ajudar a transformar esse texto em uma versão para publicação em blog, redes sociais ou até mesmo um roteiro de vídeo. É só me dizer!
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