O navio cargueiro Morning Midas foi abandonado no Oceano Pacífico após um incêndio fora de controle atingir a embarcação. O barco, que carrega cerca de 3 mil veículos, incluindo elétricos e híbridos, começou a pegar fogo na última terça-feira (3) a cerca de 480 km ao sul de Adak, no Alasca.
Segundo as últimas informações cedidas pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, nas últimas horas 22 tripulantes evacuaram a embarcação. Nenhum ferimento foi registrado.
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Operado pela empresa britânica Zodiac Maritime e com bandeira da Libéria, o Morning Midas partiu de Yantai, na China, no dia 26 de maio, com destino ao porto de Lázaro Cárdenas, no México.
A embarcação de 182 metros de comprimento transportava um total de 3.048 veículos, sendo 70 totalmente elétricos e 681 híbridos, relatou o Carscoop com informações também obtidas pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.
O navio com carros elétricos que pega fogo teve seu incêndio percebido na madrugada da terça-feira (horário local), após a detecção de fumaça vinda do convés. A tripulação iniciou os protocolos de emergência e utilizou os sistemas de supressão de incêndio da embarcação, mas não foi capaz de conter as chamas. O navio mercante Cosco Hellas e outras embarcações próximas, ajudam a evacuar.
Até o momento, o estado do incêndio permanece incerto, mas a fumaça ainda pode ser vista saindo do navio, que segue à deriva no Pacífico. Não há informações concretas sobre os danos à carga, embora seja provável que muitos dos veículos tenham sido comprometidos pelo fogo e pela temperatura extrema.
Este não é um caso isolado. Em 2022, o navio Felicity Ace, carregado com 4.000 veículos de luxo — incluindo modelos Porsche, Bentley e Lamborghini — pegou fogo no meio do Atlântico. Após semanas em chamas, a embarcação afundou perto dos Açores, com prejuízo estimado em US$ 155 milhões. A fabricante Lamborghini, por exemplo, teve que retomar a produção do modelo Aventador, já fora de linha, para atender a um cliente afetado.
O transporte de veículos elétricos já é um desafio logístico às grandes marcas, tudo isso por causa das baterias de lítio. Em caso de incêndio no componente, não é possível apagar até que toda a “pilha” seja consumida. Caso haja componentes inflamáveis em volta, a tendência das chamas é espalhar.
As baterias de íons de lítio ainda podem entrar em runaway térmico, um processo de reação em cadeia que gera calor intenso, fumaça tóxica e alto risco de reignição — exigindo milhares de litros de água apenas para resfriamento.
Diante desses riscos, algumas operadoras marítimas já se recusam a transportar veículos elétricos. A norueguesa Havila Kystruten é um exemplo, citando o alto grau de inflamabilidade como fator decisivo. No entanto, com a tendência de crescimento global das vendas de EVs e híbridos, o setor de transporte marítimo terá que se adaptar a essa nova realidade.
O Morning Midas segue no mar, envolto em fumaça e sem previsão para aproximação para perícia e investigações.
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Segundo as últimas informações cedidas pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, nas últimas horas 22 tripulantes evacuaram a embarcação. Nenhum ferimento foi registrado.
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Operado pela empresa britânica Zodiac Maritime e com bandeira da Libéria, o Morning Midas partiu de Yantai, na China, no dia 26 de maio, com destino ao porto de Lázaro Cárdenas, no México.
A embarcação de 182 metros de comprimento transportava um total de 3.048 veículos, sendo 70 totalmente elétricos e 681 híbridos, relatou o Carscoop com informações também obtidas pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.
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O navio com carros elétricos que pega fogo teve seu incêndio percebido na madrugada da terça-feira (horário local), após a detecção de fumaça vinda do convés. A tripulação iniciou os protocolos de emergência e utilizou os sistemas de supressão de incêndio da embarcação, mas não foi capaz de conter as chamas. O navio mercante Cosco Hellas e outras embarcações próximas, ajudam a evacuar.
Até o momento, o estado do incêndio permanece incerto, mas a fumaça ainda pode ser vista saindo do navio, que segue à deriva no Pacífico. Não há informações concretas sobre os danos à carga, embora seja provável que muitos dos veículos tenham sido comprometidos pelo fogo e pela temperatura extrema.
Este não é o primeiro navio com carros elétricos que pega fogo
Este não é um caso isolado. Em 2022, o navio Felicity Ace, carregado com 4.000 veículos de luxo — incluindo modelos Porsche, Bentley e Lamborghini — pegou fogo no meio do Atlântico. Após semanas em chamas, a embarcação afundou perto dos Açores, com prejuízo estimado em US$ 155 milhões. A fabricante Lamborghini, por exemplo, teve que retomar a produção do modelo Aventador, já fora de linha, para atender a um cliente afetado.

Riscos de transportar carros elétricos
O transporte de veículos elétricos já é um desafio logístico às grandes marcas, tudo isso por causa das baterias de lítio. Em caso de incêndio no componente, não é possível apagar até que toda a “pilha” seja consumida. Caso haja componentes inflamáveis em volta, a tendência das chamas é espalhar.
As baterias de íons de lítio ainda podem entrar em runaway térmico, um processo de reação em cadeia que gera calor intenso, fumaça tóxica e alto risco de reignição — exigindo milhares de litros de água apenas para resfriamento.
Diante desses riscos, algumas operadoras marítimas já se recusam a transportar veículos elétricos. A norueguesa Havila Kystruten é um exemplo, citando o alto grau de inflamabilidade como fator decisivo. No entanto, com a tendência de crescimento global das vendas de EVs e híbridos, o setor de transporte marítimo terá que se adaptar a essa nova realidade.
O Morning Midas segue no mar, envolto em fumaça e sem previsão para aproximação para perícia e investigações.
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