A Jeep vai lançar um carro menor que o Renegade, que já passa dos 10 anos de produção ininterrupta em Goiana (PE). A meta é justamente competir com SUVs menores, aqueles na faixa de R$ 100 mil ou R$ 110 mil na cotação atual.
Não se trata de um modelo totalmente inédito, mas sim da nacionalização de um carinha que já existe na Europa desde 2022: o Avenger (“Vingador” em inglês). Veja o que já sabemos sobre o “mini-Jeep”:
+ Jeep anuncia que vai vender e produzir o Avenger no Brasil
+ Avaliação: Jeep Avenger híbrido está cada vez mais perto e deve conviver com Renegade
A Stellantis vai abrir uma exceção: apesar de produzir todos os Jeep nacionais na fábrica de Goiana, no Pernambuco, fabricará o Avenger em Porto Real (RJ), ao lado dos Citroën C3 Hatch, Basalt e Aircross. A planta, vale falar, recebeu R$ 3 bilhões em investimentos, que deverão atender o período entre 2025 e 2030. O desenvolvimento e a produção do Jeep Avenger estão inclusos nesse montante.
Avenger – Foto: Jeep/divulgação
Estranhou a produção em Porto Real? Calma que eu te explico. Fazer esse Jeep no Rio de Janeiro é uma tarefa muito mais fácil do que se imagina, afinal o Avenger nacional será feito sobre a plataforma modular CMP (sigla traduzida de “Plataforma Modular Comum”), a mesmíssima de Peugeot 208 e 2008, ou dos Citroën C3 Hatch, Basalt e Aircross. Justamente esse último trio é fabricado na planta do Rio de Janeiro.
Avenger – Foto: Jeep/divulgação
Apesar de musculoso e parecer grandinho, o Avenger é do porte de Fiat Pulse, VW Tera, Renault Kardian e afins. São menos de 4,10 m de comprimento, com cerca de 1,78 m de largura, 1,53 m de altura e entre-eixos um pouco maior que o de Peugeot 208 e Citroën C3: 2,56 m. Os 380 litros de capacidade do porta-malas ficam na média da categoria, e são maiores até que os 320 litros do irmão maior Renegade.
Avenger – Foto: Jeep/divulgação
Assim como a plataforma é conhecida, a motorização do Avenger também será. Ainda que na Europa ele seja vendido em versões elétricas ou híbridas movidas por um 1.2 turbo, aqui no Brasil a aposta será mais modesta (e tradicional): 1.0 turboflex T200, família GSE T3, desenvolvido pela Fiat, associado ao câmbio automático CVT de sete marchas simuladas.
Hoje, esse powertrain entrega 125/130 cv de potência com 20,4 mkgf de torque (gas/eta), e move desde Citroën C3 até Peugeot 2008, passando pelos Fiat Pulse e Fastback. Também é muito provável que, até sua estreia nacional, a tecnologia híbrida-leve já tenha se popularizado: ela é formada pela união do motor de arranque com alternador, criando um gerador elétrico que ajuda o motor a combustão a impulsionar o carro.
Avenger – Foto: Jeep/divulgação
Já presente em algumas versões de Fiat Pulse e Fastback, o sistema rende 4 cv de potência e 1 mkgf de torque extras, e é alimentado por uma bateria de tração de íon-lítio. Essa bateria é recarregada pelo próprio motor 1.0 turboflex, ou pela energia recuperada em frenagens e desacelerações.
Também não estão descartadas versões mais apimentadas, essas equipadas com o motor 1.3 turboflex de até 167 cv e 27,5 mkgf (etanol), nesse caso junto de uma transmissão automática convencional de seis velocidades.
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Sim, já existe um Avenger elétrico na Europa, o que pode adiantar, talvez, uma possível produção do modelo EV em terras nacionais. Trata-se do Avenger EV, que, em todos os mercados que é vendido, usa um motor elétrico dianteiro com especificações semelhantes aos do nosso atual Peugeot e-2008: cerca de 155 cv de potência, 26,5 mkgf de torque, e baterias de tração com 54 kWh. Segundo a Jeep, ele rende aproximadamente 400 km com uma carga pelo ciclo WLTP.
Avenger – Foto: Jeep/Divulgação
Para o consumidor europeu, o Avenger não é nenhuma novidade. O pequeno SUV, apresentado no final de 2022, teve sua produção iniciada em janeiro de 2023. Até hoje, só é produzido na fábrica de Tychy, na Polônia. Ou seja: é bastante provável que o Brasil seja sua segunda linha de produção, já que a planta polonesa atende todos os mercados Europeus, mais alguns outros países da América Latina.
Linha de produção Jeep Avenger na Polônia – Foto: Jeep/divulgação
Informação já confirmada pela Stellantis, o mercado brasileiro terá o Avenger ainda em 2026, ano que começarão produção e vendas do pequeno SUV da Jeep. Ele conviverá, lado a lado, com Renegade, Compass e Commander, além dos importados Wrangler, Gladiator e Grand Cherokee, nas concessionárias brasileiras da marca.
Jeep Avenger – Crédito: Divulgação
Ainda é cedo para cravar uma etiqueta para o Avenger. Mas, dado o fato que ele ficará abaixo do Renegade, podemos esperar cifras parecidas com as dos rivais (Pulse, Kardian, Tera e afins). Leia-se: entre R$ 110 mil e R$ 150 mil, na cotação atual. Para isso, é bastante provável que o Renegade perca sua versão “basicona”, que hoje ronda os R$ 118 mil. Mas, calma: essas são mudanças previstas apenas para o ano que vem, e até lá bastante coisa pode mudar.
Avenger – Foto: Jeep/divulgação
O post O que esperar do ‘Baby Renegade’, futuro SUV compacto da Jeep apareceu primeiro em Motor Show.
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Não se trata de um modelo totalmente inédito, mas sim da nacionalização de um carinha que já existe na Europa desde 2022: o Avenger (“Vingador” em inglês). Veja o que já sabemos sobre o “mini-Jeep”:
+ Jeep anuncia que vai vender e produzir o Avenger no Brasil
+ Avaliação: Jeep Avenger híbrido está cada vez mais perto e deve conviver com Renegade
1 – Produção no Rio de Janeiro
A Stellantis vai abrir uma exceção: apesar de produzir todos os Jeep nacionais na fábrica de Goiana, no Pernambuco, fabricará o Avenger em Porto Real (RJ), ao lado dos Citroën C3 Hatch, Basalt e Aircross. A planta, vale falar, recebeu R$ 3 bilhões em investimentos, que deverão atender o período entre 2025 e 2030. O desenvolvimento e a produção do Jeep Avenger estão inclusos nesse montante.

Avenger – Foto: Jeep/divulgação
2 – Plataforma de Peugeot-Citroën
Estranhou a produção em Porto Real? Calma que eu te explico. Fazer esse Jeep no Rio de Janeiro é uma tarefa muito mais fácil do que se imagina, afinal o Avenger nacional será feito sobre a plataforma modular CMP (sigla traduzida de “Plataforma Modular Comum”), a mesmíssima de Peugeot 208 e 2008, ou dos Citroën C3 Hatch, Basalt e Aircross. Justamente esse último trio é fabricado na planta do Rio de Janeiro.

Avenger – Foto: Jeep/divulgação
3 – Porte de Fiat Pulse
Apesar de musculoso e parecer grandinho, o Avenger é do porte de Fiat Pulse, VW Tera, Renault Kardian e afins. São menos de 4,10 m de comprimento, com cerca de 1,78 m de largura, 1,53 m de altura e entre-eixos um pouco maior que o de Peugeot 208 e Citroën C3: 2,56 m. Os 380 litros de capacidade do porta-malas ficam na média da categoria, e são maiores até que os 320 litros do irmão maior Renegade.

Avenger – Foto: Jeep/divulgação
4 – Motorização Fiat
Assim como a plataforma é conhecida, a motorização do Avenger também será. Ainda que na Europa ele seja vendido em versões elétricas ou híbridas movidas por um 1.2 turbo, aqui no Brasil a aposta será mais modesta (e tradicional): 1.0 turboflex T200, família GSE T3, desenvolvido pela Fiat, associado ao câmbio automático CVT de sete marchas simuladas.
Hoje, esse powertrain entrega 125/130 cv de potência com 20,4 mkgf de torque (gas/eta), e move desde Citroën C3 até Peugeot 2008, passando pelos Fiat Pulse e Fastback. Também é muito provável que, até sua estreia nacional, a tecnologia híbrida-leve já tenha se popularizado: ela é formada pela união do motor de arranque com alternador, criando um gerador elétrico que ajuda o motor a combustão a impulsionar o carro.

Avenger – Foto: Jeep/divulgação
Já presente em algumas versões de Fiat Pulse e Fastback, o sistema rende 4 cv de potência e 1 mkgf de torque extras, e é alimentado por uma bateria de tração de íon-lítio. Essa bateria é recarregada pelo próprio motor 1.0 turboflex, ou pela energia recuperada em frenagens e desacelerações.
Também não estão descartadas versões mais apimentadas, essas equipadas com o motor 1.3 turboflex de até 167 cv e 27,5 mkgf (etanol), nesse caso junto de uma transmissão automática convencional de seis velocidades.




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5 – Tem versão elétrica pronta
Sim, já existe um Avenger elétrico na Europa, o que pode adiantar, talvez, uma possível produção do modelo EV em terras nacionais. Trata-se do Avenger EV, que, em todos os mercados que é vendido, usa um motor elétrico dianteiro com especificações semelhantes aos do nosso atual Peugeot e-2008: cerca de 155 cv de potência, 26,5 mkgf de torque, e baterias de tração com 54 kWh. Segundo a Jeep, ele rende aproximadamente 400 km com uma carga pelo ciclo WLTP.

Avenger – Foto: Jeep/Divulgação
6 – Brasil será seu ‘segundo berço’
Para o consumidor europeu, o Avenger não é nenhuma novidade. O pequeno SUV, apresentado no final de 2022, teve sua produção iniciada em janeiro de 2023. Até hoje, só é produzido na fábrica de Tychy, na Polônia. Ou seja: é bastante provável que o Brasil seja sua segunda linha de produção, já que a planta polonesa atende todos os mercados Europeus, mais alguns outros países da América Latina.

Linha de produção Jeep Avenger na Polônia – Foto: Jeep/divulgação
7 – Chegará ao Brasil em 2026
Informação já confirmada pela Stellantis, o mercado brasileiro terá o Avenger ainda em 2026, ano que começarão produção e vendas do pequeno SUV da Jeep. Ele conviverá, lado a lado, com Renegade, Compass e Commander, além dos importados Wrangler, Gladiator e Grand Cherokee, nas concessionárias brasileiras da marca.

Jeep Avenger – Crédito: Divulgação
8 – Faixa de preços
Ainda é cedo para cravar uma etiqueta para o Avenger. Mas, dado o fato que ele ficará abaixo do Renegade, podemos esperar cifras parecidas com as dos rivais (Pulse, Kardian, Tera e afins). Leia-se: entre R$ 110 mil e R$ 150 mil, na cotação atual. Para isso, é bastante provável que o Renegade perca sua versão “basicona”, que hoje ronda os R$ 118 mil. Mas, calma: essas são mudanças previstas apenas para o ano que vem, e até lá bastante coisa pode mudar.

Avenger – Foto: Jeep/divulgação
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