Notícia Papinho furado: veja 5 argumentos sem lógica para vender carro

Eles estão em sites de anúncios ou na ponta da língua dos vendedores: são os argumentos para valorizar ao máximo o produto em oferta e impressionar os potenciais compradores. O caso é que algumas dessas alegações não fazem sentido algum: são pura conversa fiada de quem quer vender o carro.

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Pois o listão de hoje é justamente sobre esse papo furado dos negociantes: o AutoPapo enumerou 5 frases comuns de se ver em anúncios ou de se ouvir em lojas, mas que não têm qualquer fundamento. Todas elas não passam de especulação: são argumentos absolutamente vazios de quem quer vender o carro. Confira:

1. Carro de médico​

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O que credencia um médico a cuidar melhor do carro do que profissionais de outras áreas? (foto: Shutterstock)

A profissão do proprietário é capaz de definir se ele é cuidadoso com o carro? Para alguns anunciantes, a resposta é sim: na hora de vender, enchem a boca para dizer que o carro pertencia a um médico. Como se não existissem profissionais da saúde relapsos com os próprios automóveis; ou professores, engenheiros ou advogados zelosos…

2. Carro de garagem​

carro garagem ligar manutencao

Carros que rodam pouco também demandam manutenção (foto: Shutterstock)

É verdade que esse argumento até faz algum sentido: significa que o veículo foi pouco utilizado e tem baixa quilometragem. O caso é que falta de uso não significa, necessariamente, boa conservação: carros que permanecem longos períodos sem rodar podem apresentar ressecamento de mangueiras, correias e de outras peças de borracha, ou ainda problemas em componentes da suspensão.

Vale lembrar que : fluidos e pneus, por exemplo, demandam substituição após determinados períodos de tempo, independentemente do uso. Se esses serviços estiverem em dia, aí sim, pode valer a pena fechar o negócio. Mas se esse não for o caso, melhor deixar tal o carro de garagem para vender e procurar outro.

3. Carro só rodou em estradas​

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Como o comprador vai saber se o veículo realmente trafegou muito por rodovias? (foto: Shutterstock)

Outro argumento que até tem um fundo de verdade: afinal, ao menos em tese, veículos que rodam majoritariamente por rodovias sofrem menos desgaste. Isso porque, em centros urbanos, freios, embreagem e sistema de arrefecimento, entre outros componentes, são bem mais solicitados.

Só tem um “probleminha”: é simplesmente impossível saber por onde o antigo proprietário circulou, a menos que o comprador conheça-o pessoalmente. Normalmente, essa frase é só mais uma conversinha para vender carros muito rodados por um preço um pouco maior.

4. Completo, menos…​

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Como um carro pode ser completo se não tem determinados equipamentos? (foto: Volkswagen | Divulgação)

Essa frase era mais comum há uma ou duas décadas atrás, quando o ar-condicionado ainda era item de luxo no Brasil. Bastava abrir os classificados para se deparar com carro “completo, menos ar”. Porém, ainda hoje, é possível ver anúncios de veículos ditos recheados, com exceção de airbags, ou central multimídia, ou teto solar, ou algum outro item.

Ora, se o bem não tem determinados equipamentos, ele não é completo, certo? Trata-se somente de mais um papinho furado para vender carro, que não implica em vantagem prática.

5. O dono da loja está com pena de vender e quer ficar com o carro​

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Vendedores que citam o dono da loja estão apenas com pressa em fechar o negócio (foto: Shutterstock)

Eis um papo furado típico das lojas de seminovos: para fechar o negócio rapidamente, o vendedor diz, enfaticamente, que o dono do estabelecimento está com pena de vender o carro. Afinal, o veículo estaria tão bem cuidado que o chefão estaria cogitando ficar com ele para uso pessoal, ou para dá-lo para a esposa, ou para a filha…

Será mesmo que alguém acredita nessa historinha? Bem difícil acreditar que o experiente dono de uma loja de carros usados ficaria hesitante ao se deparar com aquele modelo que ele sonhava, seja para si mesmo ou para algum parente…

Bônus: estepe nunca rodou​

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Pneus têm data de validade, independentemente do uso (foto: Alexandre Carneiro | AutoPapo)

É bem fácil atestar se essa afirmação é verdadeira: por isso, ela entrou como bônus. Porém, a questão é que o estepe nunca ter rodado não consiste, necessariamente, em uma vantagem. Afinal, como já foi dito, os pneus têm prazo de validade: duram, no máximo, 10 anos. Depois disso, precisam de substituição, mesmo se estiverem sem uso.

Se o componente ainda não tiver atingido a idade limite, tudo bem. Caso contrário, é mais uma conversa fiada de quem quer vender o carro.

Boris Feldman fala sobre a validade dos pneus em detalhes: assista ao vídeo!


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