Eles estão em sites de anúncios ou na ponta da língua dos vendedores: são os argumentos para valorizar ao máximo o produto em oferta e impressionar os potenciais compradores. O caso é que algumas dessas alegações não fazem sentido algum: são pura conversa fiada de quem quer vender o carro.
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Pois o listão de hoje é justamente sobre esse papo furado dos negociantes: o AutoPapo enumerou 5 frases comuns de se ver em anúncios ou de se ouvir em lojas, mas que não têm qualquer fundamento. Todas elas não passam de especulação: são argumentos absolutamente vazios de quem quer vender o carro. Confira:
O que credencia um médico a cuidar melhor do carro do que profissionais de outras áreas? (foto: Shutterstock)
A profissão do proprietário é capaz de definir se ele é cuidadoso com o carro? Para alguns anunciantes, a resposta é sim: na hora de vender, enchem a boca para dizer que o carro pertencia a um médico. Como se não existissem profissionais da saúde relapsos com os próprios automóveis; ou professores, engenheiros ou advogados zelosos…
Carros que rodam pouco também demandam manutenção (foto: Shutterstock)
É verdade que esse argumento até faz algum sentido: significa que o veículo foi pouco utilizado e tem baixa quilometragem. O caso é que falta de uso não significa, necessariamente, boa conservação: carros que permanecem longos períodos sem rodar podem apresentar ressecamento de mangueiras, correias e de outras peças de borracha, ou ainda problemas em componentes da suspensão.
Vale lembrar que : fluidos e pneus, por exemplo, demandam substituição após determinados períodos de tempo, independentemente do uso. Se esses serviços estiverem em dia, aí sim, pode valer a pena fechar o negócio. Mas se esse não for o caso, melhor deixar tal o carro de garagem para vender e procurar outro.
Como o comprador vai saber se o veículo realmente trafegou muito por rodovias? (foto: Shutterstock)
Outro argumento que até tem um fundo de verdade: afinal, ao menos em tese, veículos que rodam majoritariamente por rodovias sofrem menos desgaste. Isso porque, em centros urbanos, freios, embreagem e sistema de arrefecimento, entre outros componentes, são bem mais solicitados.
Só tem um “probleminha”: é simplesmente impossível saber por onde o antigo proprietário circulou, a menos que o comprador conheça-o pessoalmente. Normalmente, essa frase é só mais uma conversinha para vender carros muito rodados por um preço um pouco maior.
Como um carro pode ser completo se não tem determinados equipamentos? (foto: Volkswagen | Divulgação)
Essa frase era mais comum há uma ou duas décadas atrás, quando o ar-condicionado ainda era item de luxo no Brasil. Bastava abrir os classificados para se deparar com carro “completo, menos ar”. Porém, ainda hoje, é possível ver anúncios de veículos ditos recheados, com exceção de airbags, ou central multimídia, ou teto solar, ou algum outro item.
Ora, se o bem não tem determinados equipamentos, ele não é completo, certo? Trata-se somente de mais um papinho furado para vender carro, que não implica em vantagem prática.
Vendedores que citam o dono da loja estão apenas com pressa em fechar o negócio (foto: Shutterstock)
Eis um papo furado típico das lojas de seminovos: para fechar o negócio rapidamente, o vendedor diz, enfaticamente, que o dono do estabelecimento está com pena de vender o carro. Afinal, o veículo estaria tão bem cuidado que o chefão estaria cogitando ficar com ele para uso pessoal, ou para dá-lo para a esposa, ou para a filha…
Será mesmo que alguém acredita nessa historinha? Bem difícil acreditar que o experiente dono de uma loja de carros usados ficaria hesitante ao se deparar com aquele modelo que ele sonhava, seja para si mesmo ou para algum parente…
Pneus têm data de validade, independentemente do uso (foto: Alexandre Carneiro | AutoPapo)
É bem fácil atestar se essa afirmação é verdadeira: por isso, ela entrou como bônus. Porém, a questão é que o estepe nunca ter rodado não consiste, necessariamente, em uma vantagem. Afinal, como já foi dito, os pneus têm prazo de validade: duram, no máximo, 10 anos. Depois disso, precisam de substituição, mesmo se estiverem sem uso.
Se o componente ainda não tiver atingido a idade limite, tudo bem. Caso contrário, é mais uma conversa fiada de quem quer vender o carro.
Boris Feldman fala sobre a validade dos pneus em detalhes: assista ao vídeo!
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Pois o listão de hoje é justamente sobre esse papo furado dos negociantes: o AutoPapo enumerou 5 frases comuns de se ver em anúncios ou de se ouvir em lojas, mas que não têm qualquer fundamento. Todas elas não passam de especulação: são argumentos absolutamente vazios de quem quer vender o carro. Confira:
1. Carro de médico

O que credencia um médico a cuidar melhor do carro do que profissionais de outras áreas? (foto: Shutterstock)
A profissão do proprietário é capaz de definir se ele é cuidadoso com o carro? Para alguns anunciantes, a resposta é sim: na hora de vender, enchem a boca para dizer que o carro pertencia a um médico. Como se não existissem profissionais da saúde relapsos com os próprios automóveis; ou professores, engenheiros ou advogados zelosos…
2. Carro de garagem

Carros que rodam pouco também demandam manutenção (foto: Shutterstock)
É verdade que esse argumento até faz algum sentido: significa que o veículo foi pouco utilizado e tem baixa quilometragem. O caso é que falta de uso não significa, necessariamente, boa conservação: carros que permanecem longos períodos sem rodar podem apresentar ressecamento de mangueiras, correias e de outras peças de borracha, ou ainda problemas em componentes da suspensão.
Vale lembrar que : fluidos e pneus, por exemplo, demandam substituição após determinados períodos de tempo, independentemente do uso. Se esses serviços estiverem em dia, aí sim, pode valer a pena fechar o negócio. Mas se esse não for o caso, melhor deixar tal o carro de garagem para vender e procurar outro.
3. Carro só rodou em estradas

Como o comprador vai saber se o veículo realmente trafegou muito por rodovias? (foto: Shutterstock)
Outro argumento que até tem um fundo de verdade: afinal, ao menos em tese, veículos que rodam majoritariamente por rodovias sofrem menos desgaste. Isso porque, em centros urbanos, freios, embreagem e sistema de arrefecimento, entre outros componentes, são bem mais solicitados.
Só tem um “probleminha”: é simplesmente impossível saber por onde o antigo proprietário circulou, a menos que o comprador conheça-o pessoalmente. Normalmente, essa frase é só mais uma conversinha para vender carros muito rodados por um preço um pouco maior.
4. Completo, menos…

Como um carro pode ser completo se não tem determinados equipamentos? (foto: Volkswagen | Divulgação)
Essa frase era mais comum há uma ou duas décadas atrás, quando o ar-condicionado ainda era item de luxo no Brasil. Bastava abrir os classificados para se deparar com carro “completo, menos ar”. Porém, ainda hoje, é possível ver anúncios de veículos ditos recheados, com exceção de airbags, ou central multimídia, ou teto solar, ou algum outro item.
Ora, se o bem não tem determinados equipamentos, ele não é completo, certo? Trata-se somente de mais um papinho furado para vender carro, que não implica em vantagem prática.
5. O dono da loja está com pena de vender e quer ficar com o carro

Vendedores que citam o dono da loja estão apenas com pressa em fechar o negócio (foto: Shutterstock)
Eis um papo furado típico das lojas de seminovos: para fechar o negócio rapidamente, o vendedor diz, enfaticamente, que o dono do estabelecimento está com pena de vender o carro. Afinal, o veículo estaria tão bem cuidado que o chefão estaria cogitando ficar com ele para uso pessoal, ou para dá-lo para a esposa, ou para a filha…
Será mesmo que alguém acredita nessa historinha? Bem difícil acreditar que o experiente dono de uma loja de carros usados ficaria hesitante ao se deparar com aquele modelo que ele sonhava, seja para si mesmo ou para algum parente…
Bônus: estepe nunca rodou

Pneus têm data de validade, independentemente do uso (foto: Alexandre Carneiro | AutoPapo)
É bem fácil atestar se essa afirmação é verdadeira: por isso, ela entrou como bônus. Porém, a questão é que o estepe nunca ter rodado não consiste, necessariamente, em uma vantagem. Afinal, como já foi dito, os pneus têm prazo de validade: duram, no máximo, 10 anos. Depois disso, precisam de substituição, mesmo se estiverem sem uso.
Se o componente ainda não tiver atingido a idade limite, tudo bem. Caso contrário, é mais uma conversa fiada de quem quer vender o carro.
Boris Feldman fala sobre a validade dos pneus em detalhes: assista ao vídeo!
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