Os carros da Mercedes-Benz sempre foram referência de luxo no Brasil. Até mesmo durante o período onde as importações eram proibidas, os sedãs dessa marca eram presentes nas capitais do país graças aos corpos diplomáticos.
Esses carros eram tão comuns que haviam oficinas especializadas em cidades como o Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Com a abertura das importações essa fama continuou e a Mercedes-Benz se estabeleceu como uma das principais marcas premium no país junto da BMW.
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Até o fechamento de sua fábrica em Iracemápolis, em 2020, a Mercedes-Benz vendia entre 10 e 12 mil carros anualmente no Brasil. Ela ficava sempre próxima a BMW em volume de vendas e muitas vezes chegou a passar a Audi. Mesmo sendo uma marca premium, emplacava mais que a generalista Kia.
Em 2024 a emplacou apenas 6.614 unidades, menos da metade que a BMW vendeu. Ela vendeu menos carros de passeio que Mitsubishi, Ford e Volvo. Por pouco não foi passada pela Porsche.
O fim da produção nacional foi um dos fatores para a queda nas vendas, mas não foi o único. Hoje, a Mercedes-Benz pratica preços maiores que as rivais, muitas vezes sem ter bons argumentos para justificar o ticket elevado. Comparamos os cinco principais produtos da marca com a concorrência para exemplificar isso.
Parte do motivo para esses preços elevados é o fechamento da fábrica no Brasil. A marca traz seus carros da Alemanha e dos EUA, pagando as maiores alíquotas dos impostos de importação.
A BMW e a Audi conseguem evitar isso com a produção nacional e também trazendo alguns modelos do México.
O sedã ainda é o produto que mais vende na marca por aqui
O BMW Série 3 é hoje o sedã de luxo mais vendido do Brasil, título que já foi do Mercedes Classe C. Hoje o C200 parte de R$ 384.900 e conta com motor 1.5 turbo de 204 cv.
Nesse segmento o mais barato é o Audi A4, que recebeu de volta a tração integral Quattro em 2024. Ele utiliza o 2.0TFSI de 204, com vantagem em torque sobre o 1.5 da Mercedes.
Já o 320i GP, o único nacional, utiliza o 2.0 turbo flex de 184 cv. O Série 3 oferece uma opção mais potente com sistema híbrido plug-in, o 330e. Ele s equipara ao C 300, que é um híbrido leve de 48 volts.
No topo da gama estão as versões esportivas. O BMW M3 utiliza motor seis cilindros em linha biturbo, enquanto a Mercedes-AMG ousou combinando um 2.0 turbo com um sistema híbrido plug-in no C63.
A única versão vendida aqui usa sistema híbrido leve de 48 volts
O Mercedes-Benz Classe E é um dos carros da marca que custa menos que o BMW equivalente. Porém essa vantagem cai por terra quando comparamos as especificações trazidas por cada marca.
O E 300 Exclusive chega com o mesmo 2.0 turbo a gasolina aliado a um sistema híbrido leve de 48 volts do C 300. A potência total do conjunto é de 258 cv. Já o BMW 530e é um híbrido plug-in, que pode rodar apenas como elétrico e entrega 299 cv.
O mesmo ocorre nas versões elétricas. A BMW traz o i5 no modelo esportivo M60, de 601 cv, enquanto o Mercedes EQE chega na configuração 350 de 245 cv.
O GLA 200 usa o mesmo 1.3 turbo do Renault Duster
Os SUVs de entrada são os principais produtos das marcas premium no Brasil. O BMW X1 é o carro de luxo mais vendido do país e conta com três versões a combustão nacionais e duas elétricas importadas.
A Mercedes-Benz traz o GLA 200 em dois níveis de acabamento e importa também o esportivo 35 AMG. O Audi Q3 é produzido no Brasil, em três versões com a mesma motorização.
Tanto o BMW quanto o Audi utilizam motores 2.0 turbo, o primeiro com 204 cv e o segundo com 231 cv, e contam com tração integral. O GLA 200 utiliza um 1.3 turbo feito em parceria com a Renault, que produz 163 cv. Sua tração é dianteira.
O GLC é mais caro até que o Porsche Macan
O GLC é o irmão SUV do Mercedes Classe C. Sua oferta de versões é menor, conta apenas com a versão 300 ou a esportiva 63 AMG. Ele chega ao Brasil mais caro que os rivais, incluindo o Porsche Macan.
A BMW acabou de lançar o X3 atualizado apenas na versão de topo M50, sem configuração equivalente ao GLC 300. O custo/benefício mais forte nesse segmento é o do Audi Q5, que está R$ 100 mil abaixo da média e conta com a mesma plataforma do Macan.
O GLE é o único SUV de luxo com motor diesel no Brasil
No segmento dos SUVs grandes de luxo não há uma padronização sobre motorização, cada marca adota um conceito diferente. A Mercedes-Benz é a última que ainda insiste no diesel e só traz o GLE com o seis em linha de 367 cv.
A BMW começou a produção do X5 no Brasil apenas na configuração híbrida plug-in a gasolina. A Porsche também vende o Cayenne como plug-in, mas também tem opções apenas a gasolina sem a eletrificação.
O Q7 é o mais diferente desses, por ser um híbrido leve de 48 volts e por ser o único com sete lugares.
Esses carros eram tão comuns que haviam oficinas especializadas em cidades como o Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Com a abertura das importações essa fama continuou e a Mercedes-Benz se estabeleceu como uma das principais marcas premium no país junto da BMW.
VEJA TAMBÉM:
Até o fechamento de sua fábrica em Iracemápolis, em 2020, a Mercedes-Benz vendia entre 10 e 12 mil carros anualmente no Brasil. Ela ficava sempre próxima a BMW em volume de vendas e muitas vezes chegou a passar a Audi. Mesmo sendo uma marca premium, emplacava mais que a generalista Kia.
Em 2024 a emplacou apenas 6.614 unidades, menos da metade que a BMW vendeu. Ela vendeu menos carros de passeio que Mitsubishi, Ford e Volvo. Por pouco não foi passada pela Porsche.
O fim da produção nacional foi um dos fatores para a queda nas vendas, mas não foi o único. Hoje, a Mercedes-Benz pratica preços maiores que as rivais, muitas vezes sem ter bons argumentos para justificar o ticket elevado. Comparamos os cinco principais produtos da marca com a concorrência para exemplificar isso.
Parte do motivo para esses preços elevados é o fechamento da fábrica no Brasil. A marca traz seus carros da Alemanha e dos EUA, pagando as maiores alíquotas dos impostos de importação.
A BMW e a Audi conseguem evitar isso com a produção nacional e também trazendo alguns modelos do México.
Classe C

O sedã ainda é o produto que mais vende na marca por aqui
Mercedes-Benz | BMW | Audi |
---|---|---|
C 200 AMG Line: R$ 384.900 | 320i GP: R$ 345.950 | A4 Prestige 40 TFSI: 334.990 |
C 300 AMG Line: R$ 445.900 | 330e M Sport: R$ 454.950 | — |
Mercedes-AMG C 63 S E Performance: R$ 914.900 | M3 Competition: R$ 891.950 | — |
O BMW Série 3 é hoje o sedã de luxo mais vendido do Brasil, título que já foi do Mercedes Classe C. Hoje o C200 parte de R$ 384.900 e conta com motor 1.5 turbo de 204 cv.
Nesse segmento o mais barato é o Audi A4, que recebeu de volta a tração integral Quattro em 2024. Ele utiliza o 2.0TFSI de 204, com vantagem em torque sobre o 1.5 da Mercedes.
Já o 320i GP, o único nacional, utiliza o 2.0 turbo flex de 184 cv. O Série 3 oferece uma opção mais potente com sistema híbrido plug-in, o 330e. Ele s equipara ao C 300, que é um híbrido leve de 48 volts.
No topo da gama estão as versões esportivas. O BMW M3 utiliza motor seis cilindros em linha biturbo, enquanto a Mercedes-AMG ousou combinando um 2.0 turbo com um sistema híbrido plug-in no C63.
Classe E

A única versão vendida aqui usa sistema híbrido leve de 48 volts
Mercedes-Benz | BMW |
---|---|
E 300 Exclusive: R$ 589.900 | 530e M Sport: R$ 601.950 |
EQE 350 AMG Line: R$ 649.900 | i5 M60: R$ 794.950 |
O Mercedes-Benz Classe E é um dos carros da marca que custa menos que o BMW equivalente. Porém essa vantagem cai por terra quando comparamos as especificações trazidas por cada marca.
O E 300 Exclusive chega com o mesmo 2.0 turbo a gasolina aliado a um sistema híbrido leve de 48 volts do C 300. A potência total do conjunto é de 258 cv. Já o BMW 530e é um híbrido plug-in, que pode rodar apenas como elétrico e entrega 299 cv.
O mesmo ocorre nas versões elétricas. A BMW traz o i5 no modelo esportivo M60, de 601 cv, enquanto o Mercedes EQE chega na configuração 350 de 245 cv.
GLA

O GLA 200 usa o mesmo 1.3 turbo do Renault Duster
Mercedes-Benz | BMW | Audi |
---|---|---|
GLA 200 Progressive: R$ 344.900 | X1 xDrive20i GP: R$ 318.950 | Q3 Prestige 45 TFSI quattro: R$ 299.990 |
Os SUVs de entrada são os principais produtos das marcas premium no Brasil. O BMW X1 é o carro de luxo mais vendido do país e conta com três versões a combustão nacionais e duas elétricas importadas.
A Mercedes-Benz traz o GLA 200 em dois níveis de acabamento e importa também o esportivo 35 AMG. O Audi Q3 é produzido no Brasil, em três versões com a mesma motorização.
Tanto o BMW quanto o Audi utilizam motores 2.0 turbo, o primeiro com 204 cv e o segundo com 231 cv, e contam com tração integral. O GLA 200 utiliza um 1.3 turbo feito em parceria com a Renault, que produz 163 cv. Sua tração é dianteira.
GLC

O GLC é mais caro até que o Porsche Macan
Mercedes-Benz | Audi | Porsche |
---|---|---|
GLC 300 4MATIC AMG Line: R$ 514.900 | Q5 Prestige 45 TFSI quattro: R$: 399.990 | Macan 2.0 Turbo: R$ 500.000 |
O GLC é o irmão SUV do Mercedes Classe C. Sua oferta de versões é menor, conta apenas com a versão 300 ou a esportiva 63 AMG. Ele chega ao Brasil mais caro que os rivais, incluindo o Porsche Macan.
A BMW acabou de lançar o X3 atualizado apenas na versão de topo M50, sem configuração equivalente ao GLC 300. O custo/benefício mais forte nesse segmento é o do Audi Q5, que está R$ 100 mil abaixo da média e conta com a mesma plataforma do Macan.
GLE

O GLE é o único SUV de luxo com motor diesel no Brasil
Mercedes-Benz | BMW | Audi | Porsche |
---|---|---|---|
GLE 450 d 4Matic: R$ 744.900 | BMW X5 xDrive50e X-Line: R$ 785.950 | Q7 S line 55 TFSi: R$ 691.990 | Cayenne E-Hybrid: R$ 795.000 |
No segmento dos SUVs grandes de luxo não há uma padronização sobre motorização, cada marca adota um conceito diferente. A Mercedes-Benz é a última que ainda insiste no diesel e só traz o GLE com o seis em linha de 367 cv.
A BMW começou a produção do X5 no Brasil apenas na configuração híbrida plug-in a gasolina. A Porsche também vende o Cayenne como plug-in, mas também tem opções apenas a gasolina sem a eletrificação.
O Q7 é o mais diferente desses, por ser um híbrido leve de 48 volts e por ser o único com sete lugares.