O preço fixo para motocicletas é um sonho relativamente distante, uma vez que as maiores do mercado como Honda e Yamaha insistem com o PPS (preço público sugerido) e concordam com as concessionárias repassando os custos de frete e outros encargos ao consumidor final.
Na contramão desta situação, a terceira maior do Brasil, a Shineray, se uniu à indiana Bajaj no que diz respeito a política de preços fixos para a compra de motos. Benefício para o cliente?
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Em entrevista com o Gerente Geral de Operações Shineray, Wendel Lazko, busquei entender as motivações e dores da marca na implementação dessa nova estratégia e ainda aproveitei para entender, por uma visão do fabricante, porque as outras marcas não se movem para isso.
Lazko deixou claro que as intenções da marca partiram do princípio de agradar o cliente. A fabricante de origem chinesa é a única com fábrica instalada no nordeste brasileiro, local onde se consolidou principalmente por comercializar modelos acessíveis. O restante das fabricantes de motocicletas utiliza a isenção fiscal para se manterem no Polo Industrial de Manaus.
Em resumo, o executivo afirma que trabalharam bastante para compreender como poderiam ajustar o frete, impostos e outros encargos em um preço padrão para todo o país.
Um exemplo dessa mudança de posição da marca é a mesma política na SBM, uma “repartição” de luxo da chinesa. O executivo afirmou em primeira mão que logo as motos premium estarão também com preço fixo. A SBM deve começar o processo no fim de outubro, enquanto a Shineray já iniciou a nova política.
Já mais confortável durante a conversa, Wendel trouxe que, em sua visão um pouco mais pessoal, o mercado brasileiro de duas rodas estaria acomodado com a situação.
Fica claro que é confortável a situação que muitas fabricantes, afinal, sempre foi assim. Porém, o executivo ressalta que a Shineray tem uma vantagem: capital próprio. Assim a garantia de uma ação como essa, sem depender do aval internacional, é mais fácil.
No fim, Lazko aponta que a essência da marca chinesa é o último diferencial. O contato e proximidade com o cliente é o que permite toda essa mudança significativa.
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Na contramão desta situação, a terceira maior do Brasil, a Shineray, se uniu à indiana Bajaj no que diz respeito a política de preços fixos para a compra de motos. Benefício para o cliente?
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Em entrevista com o Gerente Geral de Operações Shineray, Wendel Lazko, busquei entender as motivações e dores da marca na implementação dessa nova estratégia e ainda aproveitei para entender, por uma visão do fabricante, porque as outras marcas não se movem para isso.
A estratégia Shineray
A gente viu a necessidade de dar uma travada neste processo. Porque a gente viu que o cliente final estava sendo um pouquinho prejudicado… Não podemos perder nossa essência. Precisamos atender esse público que precisa desse meio de transporte.”
Lazko deixou claro que as intenções da marca partiram do princípio de agradar o cliente. A fabricante de origem chinesa é a única com fábrica instalada no nordeste brasileiro, local onde se consolidou principalmente por comercializar modelos acessíveis. O restante das fabricantes de motocicletas utiliza a isenção fiscal para se manterem no Polo Industrial de Manaus.
- É claro que sabemos que agradar o cliente não é o objetivo principal de uma empresa que visa vender e lucrar, mas para alcançar estes fins, priorizar o consumidor é um meio.
A gente foi a fundo entender – de forma macro e micro – quais eram os cursos operacionais por região. O custo da operação da concessionária. Dentro deste processo conseguimos identificar um meio termo, apresentamos essas propostas para a rede e em comum acordo decidimos o que seria algo viável.”
Em resumo, o executivo afirma que trabalharam bastante para compreender como poderiam ajustar o frete, impostos e outros encargos em um preço padrão para todo o país.
- O ponto chave era acabar com os preços abusivos identificados em alguns locais e revendas.
- A Shineray está em um processo de renovação da sua identidade e com isso traça estratégias como essa para se aproximar do público.
Um exemplo dessa mudança de posição da marca é a mesma política na SBM, uma “repartição” de luxo da chinesa. O executivo afirmou em primeira mão que logo as motos premium estarão também com preço fixo. A SBM deve começar o processo no fim de outubro, enquanto a Shineray já iniciou a nova política.
O mercado nacional e preço fixo em motos
Eu acredito muito que a gente fica um pouco engessado ou se barra em algumas filosofias antigas de mercado.”
Já mais confortável durante a conversa, Wendel trouxe que, em sua visão um pouco mais pessoal, o mercado brasileiro de duas rodas estaria acomodado com a situação.
Acaba sendo uma prática de mercado, vamos colocar assim. Não colocando como desculpa, mas o mercado, o segmento de duas rodas, acaba tendo uma visão de colocar preços mais elevados onde não é tão assistido.”
Fica claro que é confortável a situação que muitas fabricantes, afinal, sempre foi assim. Porém, o executivo ressalta que a Shineray tem uma vantagem: capital próprio. Assim a garantia de uma ação como essa, sem depender do aval internacional, é mais fácil.
É óbvio que tem custos de operação, processos envolvendo governo, enfim. Mas eu acho que se a gente deixar de olhar um pouquinho de cima e olhar de dentro, eu acho que a gente consegue trazer e buscar soluções para agradar o cliente.”
No fim, Lazko aponta que a essência da marca chinesa é o último diferencial. O contato e proximidade com o cliente é o que permite toda essa mudança significativa.
No Festival Interlagos 2025 a gente viu todos os membros da diretoria literalmente se relacionando com o cliente final para escutar reclamações, melhorias, críticas. Para usar isso como laboratório.”
Eu muitas vezes atendi o cliente final e ali escutei muito sobre críticas e sugestões. E ele não sabia que estava falando com um dos gestores, achou que era o vendedor. Então isso a gente traz e coloca em prática. Acho que se as outras marcas também tivessem essa visão, poderia ser um novo caminho.”
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