Notícia Redução de limite de velocidade seria alternativa reduzir globalmente o consumo de petróleo

Em consequência da crise energética global, desencadeada com o início dos conflitos na Ucrânia, a Agência Internacional de Energia (AIE) elaborou 10 propostas para reduzir o consumo de petróleo em escala global. A entidade estima que, se o plano for seguido à risca, a o consumo de petróleo diminuirá em 2,7 milhões de barris por dia.

A medida foi tomada para evitar o risco de uma crise “paralisante” do petróleo. De acordo com o relatório, a medida serviria para reduzir o impacto da alta do combustível no bolso do consumidor, diminuiria danos econômicos, reduziriam a receita de hidrocarbonetos da Rússia, e o consumo de petróleo aconteceria de forma mais sustentável.

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A Agência Internacional de Energia afirma que, se aplicada, será possível reduzir a demanda de petróleo em 2,7 milhões de barris por dia em quatro meses. O que equivale à demanda de todos os carros da China.

Mudanças propostas para reduzir o consumo do petróleo​


O transporte é uma das áreas que mais demanda o uso do petróleo. Então, obviamente, esse setor seria um dos mais impactados.

Em uma visão a curto prazo, o relatório propõe reduzir a quantidade de combustível consumida pelos veículos através de redução do limite de velocidade das vias, aderir ao trabalho home office, baratear o transporte público, etc.

O diretor executivo da AIE, Fatih Birol, que lançou o plano em uma coletiva de imprensa, afirmou que

“Como resultado da terrível agressão da Rússia contra a Ucrânia, o mundo pode estar enfrentando seu maior choque de oferta de petróleo em décadas , com enormes implicações para nossas economias e sociedades”

Tópicos propostos pela AIE​


A Agência Internacional de Energia acredita que a redução do consumo de petróleo não deve mais ser uma pedida temporária. A entidade ainda afirma que essas mudanças são importantes não só para melhorar a segurança energética dos países, mas também para enfrentar as mudanças climáticas e reduzir a poluição do ar.

Por isso, o plano tem como base os seguintes tópicos:

  1. Reduzir o limite de velocidade das rodovias em 10 km/h;
  2. Trabalhar em casa pelo menos três dias na semana;
  3. Proibir o uso do carro aos domingos, nas grandes cidades;
  4. Baratear o transporte público, incentivar a micromobilidade, caminhar e andar de bicicleta;
  5. Uso alternativo de carros particulares nas grandes cidades;
  6. Incentivar o carsharing e práticas que reduzam o consumo de combustível;
  7. Promover o uso eficiente de caminhões de carga e correio;
  8. Evitar viagens a trabalho, se possível;
  9. Priorizar trens noturnos e de alta velocidade quando possível;
  10. Acelerar a adoção de veículos elétricos e mais eficientes;

As propostas são boas, é verdade. Contudo, algumas delas parecem ser impraticáveis no Brasil, por exemplo, e provavelmente em muitos outros países também. Uma delas é a de priorizar os trens: por aqui, o principal meio de transporte é rodoviário e são poucas as linhas de ferroviárias que conectam cidades, ou estados, no território nacional.

Ademais, o veículo elétrico ainda está distante de se tornar popular por aqui. Primeiroamente, porque o investimento inicial em um carro a bateria é muito superior quando comparado ao a combustão. Além disso, é necessário um investimento bilionário para expandir a infraestrutura – com mais postos de carregamento, por exemplo – para estimular o crescimento do mercado de elétricos local.

Contudo, nenhum país é obrigado a seguir essas medidas. Elas podem, inclusive, ser implementadas em diferentes camadas do governo, como estadual, regional, ou serem seguidas voluntariamente pelas pessoas. Resta saber se algum lugar no Brasil vai aderir a essas mudanças.

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