Em uma guinada protecionista, o México aprovou uma nova política comercial que impõe tarifas de até 50% sobre automóveis fabricados na China e outros bens importados de nações sem acordo de livre comércio com o país. A medida, articulada pelo governo da presidente Claudia Sheinbaum, visa reestruturar a estratégia econômica mexicana frente às pressões geopolíticas da América do Norte.
A decisão foi validada com ampla maioria no Senado e reflete uma mudança brusca no tratamento dado aos importados asiáticos, que vinham ganhando tração no mercado local.
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A nova barreira tarifária atinge mais de 1.400 categorias de produtos, incluindo autopeças e insumos industriais de países como China, Índia, Coreia do Sul e Tailândia. O setor automotivo é o principal alvo: carros de passeio chineses passam a ser taxados com a alíquota máxima de 50%.
O impacto é direto sobre montadoras como BYD e MG, que hoje respondem por cerca de 20% das vendas no México. O Ministério da Fazenda estima que o aumento das alíquotas gere uma arrecadação extra de 52 bilhões de pesos mexicanos (cerca de R$ 15,5 bilhões) em 2026.
Apesar de o discurso oficial tratar a medida como fortalecimento do mercado interno, analistas veem a taxação como um movimento geopolítico preventivo. Os Estados Unidos — especialmente sob a retórica de Donald Trump — acusam a China de utilizar o México como “porta dos fundos” para triangular produtos e evitar tarifas americanas.
Ao sobretaxar os chineses, Sheinbaum sinaliza boa vontade a Washington antes da revisão do USMCA (acordo comercial entre México, EUA e Canadá), prevista para 2026. A medida tenta equilibrar a balança comercial: em 2024, o México teve um déficit de US$ 71 bilhões com a China.
Pequim reagiu, classificando a decisão como prejudicial e pedindo a reversão da medida. O governo mexicano agora caminha sobre uma linha tênue: manter a China como segundo maior fornecedor, mas priorizar a relação vital com o mercado americano.
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A decisão foi validada com ampla maioria no Senado e reflete uma mudança brusca no tratamento dado aos importados asiáticos, que vinham ganhando tração no mercado local.
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Impacto de R$ 15 bi e alvo nas montadoras
A nova barreira tarifária atinge mais de 1.400 categorias de produtos, incluindo autopeças e insumos industriais de países como China, Índia, Coreia do Sul e Tailândia. O setor automotivo é o principal alvo: carros de passeio chineses passam a ser taxados com a alíquota máxima de 50%.
O impacto é direto sobre montadoras como BYD e MG, que hoje respondem por cerca de 20% das vendas no México. O Ministério da Fazenda estima que o aumento das alíquotas gere uma arrecadação extra de 52 bilhões de pesos mexicanos (cerca de R$ 15,5 bilhões) em 2026.
O fator Trump
Apesar de o discurso oficial tratar a medida como fortalecimento do mercado interno, analistas veem a taxação como um movimento geopolítico preventivo. Os Estados Unidos — especialmente sob a retórica de Donald Trump — acusam a China de utilizar o México como “porta dos fundos” para triangular produtos e evitar tarifas americanas.
Ao sobretaxar os chineses, Sheinbaum sinaliza boa vontade a Washington antes da revisão do USMCA (acordo comercial entre México, EUA e Canadá), prevista para 2026. A medida tenta equilibrar a balança comercial: em 2024, o México teve um déficit de US$ 71 bilhões com a China.
Pequim reagiu, classificando a decisão como prejudicial e pedindo a reversão da medida. O governo mexicano agora caminha sobre uma linha tênue: manter a China como segundo maior fornecedor, mas priorizar a relação vital com o mercado americano.
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