A Autolatina, fruto da parceria entre a Ford e a Volkswagen que durou de 1987 até 1996, trabalhava a plena potência e os novos produtos iam surgindo. Em 1993, mais precisamente no mês de março, chegava ao mercado um novo sedã para substituir o fracassado Apollo: o novo VW Logus. Ao contrário do seu antecessor, o Logus tinha linhas fluídas, arredondadas e aparentemente bem aerodinâmicas. O Apollo era mais quadrado e sem graça.
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Além disso, o novo Logus era construído sobre a plataforma da quinta geração do Ford Escort, projeto na época recém-chegado da Europa. O sedan da VW nascia com uma pompa de carro bem moderno: além da moderna base mecânica europeia, tinha carroceria de desenho bem atraente e atual, com linhas que encantavam até os fãs dos VWs mais quadrados. Aliás, o trem de força era da marca alemã: motor AP, que poderia ser 1.6 na versão de entrada, 1.8 nas intermediarias, ou até o famoso 2.0 oriundo do Gol GTI nas configurações mais caras, como GLS ou Wolfsburg Edition.
Versão topo de linha contava com para-choque na cor da carroceria e motor 2.0 do Gol GTI
Um fato interessante da época da Autolatina é que a tal fusão entre VW e Ford acontecia apenas na América Latina. No restante do planeta, as marcas eram ferrenhas concorrentes e nem os alemães, nem tampouco os norte-americanos, queriam dar informações precisas sobre a evolução de seus produtos. Ambos tinham medo de que suas preciosas informações e segredos construtivos caíssem nas mãos do concorrente. Por isso, as sedes mundiais começaram a restringir informações valiosas para a Autolatina.
As engenharias, tanto da Volkswagen quanto da Ford, passaram a não receber mais informações sobre novas tecnologias e novos produtos. Esse fato acarretou uma fase complicada no desenvolvimento tecnológico dos produtos da Autolatina, que demoravam mais e tornavam-se mais complicados. Ainda assim, aconteciam…
Porta-malas com mais de 500 litros era um dos destaques do Logus
O VW Logus nasceu nesse meio de caminho, intrigado e confuso. Mesmo assim, era moderno, tinha duas portas e um bom porta-malas com mais de 500 litros de capacidade, além do DNA típico da marca alemã, em que pese sua produção nas linhas da Ford. Porém, não eram só alegrias…
Desde o seu lançamento até a paralização de sua produção em dezembro de 1996, o VW Logus foi fabricado na razão de 125 mil unidades, uma média anual de cerca de 35 mil unidades. Se não é um resultado espetacular, pelo menos dava mostras que o público consumidor gostou do carro, em que pese o fato de ele ser um Ford travestido de VW.
Ele tinha problemas crônicos de suspensões, frágeis e com calibração muito molenga, não condizendo com outros carros da fabricante alemã. Além disso, as relações de marcha eram muito curtas, fazendo com que o motor girasse alto e gritasse muito em maiores velocidades. E se não bastasse, por conta da carroceria maior e mais longa sobre a plataforma do Escort (menor), seu monobloco não era dos melhores quando o assunto era rigidez torcional ou solidez estrutural.
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Além disso, o novo Logus era construído sobre a plataforma da quinta geração do Ford Escort, projeto na época recém-chegado da Europa. O sedan da VW nascia com uma pompa de carro bem moderno: além da moderna base mecânica europeia, tinha carroceria de desenho bem atraente e atual, com linhas que encantavam até os fãs dos VWs mais quadrados. Aliás, o trem de força era da marca alemã: motor AP, que poderia ser 1.6 na versão de entrada, 1.8 nas intermediarias, ou até o famoso 2.0 oriundo do Gol GTI nas configurações mais caras, como GLS ou Wolfsburg Edition.

Versão topo de linha contava com para-choque na cor da carroceria e motor 2.0 do Gol GTI
Um fato interessante da época da Autolatina é que a tal fusão entre VW e Ford acontecia apenas na América Latina. No restante do planeta, as marcas eram ferrenhas concorrentes e nem os alemães, nem tampouco os norte-americanos, queriam dar informações precisas sobre a evolução de seus produtos. Ambos tinham medo de que suas preciosas informações e segredos construtivos caíssem nas mãos do concorrente. Por isso, as sedes mundiais começaram a restringir informações valiosas para a Autolatina.
As engenharias, tanto da Volkswagen quanto da Ford, passaram a não receber mais informações sobre novas tecnologias e novos produtos. Esse fato acarretou uma fase complicada no desenvolvimento tecnológico dos produtos da Autolatina, que demoravam mais e tornavam-se mais complicados. Ainda assim, aconteciam…

Porta-malas com mais de 500 litros era um dos destaques do Logus
O VW Logus nasceu nesse meio de caminho, intrigado e confuso. Mesmo assim, era moderno, tinha duas portas e um bom porta-malas com mais de 500 litros de capacidade, além do DNA típico da marca alemã, em que pese sua produção nas linhas da Ford. Porém, não eram só alegrias…
Desde o seu lançamento até a paralização de sua produção em dezembro de 1996, o VW Logus foi fabricado na razão de 125 mil unidades, uma média anual de cerca de 35 mil unidades. Se não é um resultado espetacular, pelo menos dava mostras que o público consumidor gostou do carro, em que pese o fato de ele ser um Ford travestido de VW.
Ele tinha problemas crônicos de suspensões, frágeis e com calibração muito molenga, não condizendo com outros carros da fabricante alemã. Além disso, as relações de marcha eram muito curtas, fazendo com que o motor girasse alto e gritasse muito em maiores velocidades. E se não bastasse, por conta da carroceria maior e mais longa sobre a plataforma do Escort (menor), seu monobloco não era dos melhores quando o assunto era rigidez torcional ou solidez estrutural.
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