O Latin NCAP acaba de divulgar os resultados dos testes de colisão feitos com o Toyota Yaris Cross. O instituto, com sede no Uruguai, deu apenas duas estrelas para o SUV japonês, que começará a ser distribuído em fevereiro de 2026.
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O SUV passou por ensaios de impacto lateral, frontal e lateral de poste. Também foi avaliado efeito chicote da coluna cervical. Os testes também envolveram proteção para adultos, crianças e pedestres.
Curiosamente, os exemplares avaliados pelo Latin NCAP não são do modelo nacional. A entidade adquiriu unidades fabricadas na Tailândia e comercializadas na Indonésia. Ou seja, com especificações que podem não ser idênticas ao modelo fabricado no interior de São Paulo.
A proteção para adultos obteve 77% de pontuação, caindo para 69% na proteção para crianças, com dummies (bonecos) que simulam pequenos de 18 meses e três anos de idade. Com os dois bonecos, os testes foram satisfatórios.
No entanto, penalizou a sinalização de advertência, que não está de acordo com o protocolo do instituto (no carro feito para o mercado asiático) e não há desligamento completo do airbag frontal, que compromete a segurança caso a criança viaje no banco da frente.
Já a proteção para pedestres teve percentual de 56%, principalmente pelo formato do capô em que a parte mais elevada agrava impactos na região pélvica e pernas.
O SUV revelou boa proteção contra colisões tanto para adultos, quanto para crianças
Mas o que chama atenção é o percentual de 58% dos pontos para o tópico Sistemas de Assistência à Segurança. A justificativa do Latin NCAP é que nem todas as versões vendidas na América Latina, como por exemplo no Chile, não terão assistentes embarcados como itens de série, apenas como opcionais. Este fator compromete a pontuação pelo protocolo do instituto.
Em nota à imprensa, o secretário geral do Latin NCAP, Alejandro Furas, disparou: “ao contrário de seus concorrentes, como a Renault com o Kardian e a Volkswagen com o Tera, a Toyota não parece priorizar a segurança na América Latina e no Caribe como era esperado. É surpreendente que, depois de ser líder na região em veículos seguros, a Toyota tenha relaxado tanto seus padrões internos e lançado no mercado modelos tão relevantes com apenas duas estrelas”.
No entanto, o carro que será vendido no Brasil conta com sistema Toyota Safety Sense, que é o como ela chama seu ADAS, de série em todas as versões. E a Toyota deverá distribuir o modelo nacional para o mercado latino, já que confirmou que espera vender 50 mil unidades no Brasil e pelo menos outras 10 mil no restante do continente.
Discrepâncias nos testes do Latin NCAP não são novidade. Em 2021, a entidade testou uma unidade do Jeep Renegade, fora de linha, adquirida no Panamá, que não tinha os equipamentos presentes na linha atual da época, como seis airbags.
O resultado foi apenas uma estrela, com um carro que não condizia com a realidade do mercado. À época o Latin NCAP sugeriu repetir o teste mediante patrocínio de US$ 500 mil, que a Stellantis se recusou a pagar.
Questionamos o Latin NCAP a respeito da validade do teste Yaris Cross para o Brasil, uma vez que o carro nem chegou ao mercado e sua configuração diverge da unidade testada. No entanto, ainda não obtivemos retorno da entidade.
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O SUV passou por ensaios de impacto lateral, frontal e lateral de poste. Também foi avaliado efeito chicote da coluna cervical. Os testes também envolveram proteção para adultos, crianças e pedestres.
Curiosamente, os exemplares avaliados pelo Latin NCAP não são do modelo nacional. A entidade adquiriu unidades fabricadas na Tailândia e comercializadas na Indonésia. Ou seja, com especificações que podem não ser idênticas ao modelo fabricado no interior de São Paulo.
A proteção para adultos obteve 77% de pontuação, caindo para 69% na proteção para crianças, com dummies (bonecos) que simulam pequenos de 18 meses e três anos de idade. Com os dois bonecos, os testes foram satisfatórios.
No entanto, penalizou a sinalização de advertência, que não está de acordo com o protocolo do instituto (no carro feito para o mercado asiático) e não há desligamento completo do airbag frontal, que compromete a segurança caso a criança viaje no banco da frente.
Já a proteção para pedestres teve percentual de 56%, principalmente pelo formato do capô em que a parte mais elevada agrava impactos na região pélvica e pernas.
O SUV revelou boa proteção contra colisões tanto para adultos, quanto para crianças
Mas o que chama atenção é o percentual de 58% dos pontos para o tópico Sistemas de Assistência à Segurança. A justificativa do Latin NCAP é que nem todas as versões vendidas na América Latina, como por exemplo no Chile, não terão assistentes embarcados como itens de série, apenas como opcionais. Este fator compromete a pontuação pelo protocolo do instituto.
Em nota à imprensa, o secretário geral do Latin NCAP, Alejandro Furas, disparou: “ao contrário de seus concorrentes, como a Renault com o Kardian e a Volkswagen com o Tera, a Toyota não parece priorizar a segurança na América Latina e no Caribe como era esperado. É surpreendente que, depois de ser líder na região em veículos seguros, a Toyota tenha relaxado tanto seus padrões internos e lançado no mercado modelos tão relevantes com apenas duas estrelas”.
No entanto, o carro que será vendido no Brasil conta com sistema Toyota Safety Sense, que é o como ela chama seu ADAS, de série em todas as versões. E a Toyota deverá distribuir o modelo nacional para o mercado latino, já que confirmou que espera vender 50 mil unidades no Brasil e pelo menos outras 10 mil no restante do continente.
Distorções do Latin NCAP
Discrepâncias nos testes do Latin NCAP não são novidade. Em 2021, a entidade testou uma unidade do Jeep Renegade, fora de linha, adquirida no Panamá, que não tinha os equipamentos presentes na linha atual da época, como seis airbags.
O resultado foi apenas uma estrela, com um carro que não condizia com a realidade do mercado. À época o Latin NCAP sugeriu repetir o teste mediante patrocínio de US$ 500 mil, que a Stellantis se recusou a pagar.
Questionamos o Latin NCAP a respeito da validade do teste Yaris Cross para o Brasil, uma vez que o carro nem chegou ao mercado e sua configuração diverge da unidade testada. No entanto, ainda não obtivemos retorno da entidade.
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