Um vídeo que mostra um Jeep Compass tombando em um barranco se espalhou por meio dos aplicativos de mensagens nesta semana. Ao tentar ultrapassar um ônibus, que estava parado em uma via em Trancoso, no município de Porto Seguro (BA), o motorista sobe com duas rodas do veículo em um talude de terra à beira da via. Quando o condutor está quase concluindo a manobra, ocorre o acidente, que, felizmente, não teve proporções mais graves. Mas, afinal, o que houve de errado?
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O AutoPapo consultou especialistas para responder a essa pergunta. Segundo as fontes, o que faltou foi prudência, técnica e conhecimento durante a manobra. Basicamente, o motorista ignorou as leis da física e presenciou a gravidade agir sobre o Jeep Compass.
Ricardo Dilser, assessor técnico da Stellantis, explica que todos automóveis têm um ângulo máximo de inclinação, que é sempre informado pelo manual do proprietário. Para evitar acidentes desse tipo, o motorista deve simplesmente conhecer e respeitar esse parâmetro. Ele sintetiza a questão:
Cacá Clauset, ex-piloto de rali e instrutor de técnicas off-road, adverte que a manobra tentada pelo motorista do Jeep Compass não é fácil: exige boa técnica ao volante, conhecimento do veículo e total atenção. “Na parte prática dos cursos de direção, muitas pessoas mostram dificuldade para manter o controle em terrenos inclinados e irregulares”, adverte.
Nesse tipo de manobra, o motorista se vale do sistema de tração 4×4 para andar com duas rodas sobre um barranco. Porém, para ter sucesso, é preciso conhecer e respeitar o limite de inclinação lateral. Existe até um instrumento que informa o ângulo ao qual o veículo está sendo submetido, muito utilizado por pilotos em trilhas: chama-se inclinômetro.
Ao assistir ao vídeo, Clauset observa que os problemas começam já no início da manobra, quando o barranco fica mais inclinado, fazendo a capota do Jeep Compass atingir ônibus: nesse momento, o SUV já está a ponto de tombar, mas é escorado pelo coletivo. Em seguida, logo após a conclusão da ultrapassagem, ocorre o acidente.
Na última hora, ao perceber o risco iminente de tombamento, o condutor vira a direção no sentido do barranco, reduzindo ainda mais o equilíbrio. O especialista destaca que o correto teria sido esterçar o volante para o lado contrário e acelerar, para reduzir a inclinação e, talvez, recuperar o controle. Contudo, pondera que essa manobra não é intuitiva: “nesse tipo de situação, o motorista tem só alguns segundos para evitar o pior”, conclui.
Dilser, da Stellantis, acrescenta que o veículo estava com lotação máxima, o que também pode ter colaborado para o acidente. Afinal, se a distribuição de peso a bordo, seja ela de passageiros ou de carga, estiver desequilibrada, a dirigibilidade fica comprometida, especialmente em situações mais extremas.
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O AutoPapo consultou especialistas para responder a essa pergunta. Segundo as fontes, o que faltou foi prudência, técnica e conhecimento durante a manobra. Basicamente, o motorista ignorou as leis da física e presenciou a gravidade agir sobre o Jeep Compass.
Ricardo Dilser, assessor técnico da Stellantis, explica que todos automóveis têm um ângulo máximo de inclinação, que é sempre informado pelo manual do proprietário. Para evitar acidentes desse tipo, o motorista deve simplesmente conhecer e respeitar esse parâmetro. Ele sintetiza a questão:
Os veículos têm uma grande massa. Se o centro dessa massa for inclinado até ultrapassar a base, ocorre o tombamento.”
Cacá Clauset, ex-piloto de rali e instrutor de técnicas off-road, adverte que a manobra tentada pelo motorista do Jeep Compass não é fácil: exige boa técnica ao volante, conhecimento do veículo e total atenção. “Na parte prática dos cursos de direção, muitas pessoas mostram dificuldade para manter o controle em terrenos inclinados e irregulares”, adverte.
Jeep Compass tombou por imperícia
Nesse tipo de manobra, o motorista se vale do sistema de tração 4×4 para andar com duas rodas sobre um barranco. Porém, para ter sucesso, é preciso conhecer e respeitar o limite de inclinação lateral. Existe até um instrumento que informa o ângulo ao qual o veículo está sendo submetido, muito utilizado por pilotos em trilhas: chama-se inclinômetro.
Ao assistir ao vídeo, Clauset observa que os problemas começam já no início da manobra, quando o barranco fica mais inclinado, fazendo a capota do Jeep Compass atingir ônibus: nesse momento, o SUV já está a ponto de tombar, mas é escorado pelo coletivo. Em seguida, logo após a conclusão da ultrapassagem, ocorre o acidente.
Na última hora, ao perceber o risco iminente de tombamento, o condutor vira a direção no sentido do barranco, reduzindo ainda mais o equilíbrio. O especialista destaca que o correto teria sido esterçar o volante para o lado contrário e acelerar, para reduzir a inclinação e, talvez, recuperar o controle. Contudo, pondera que essa manobra não é intuitiva: “nesse tipo de situação, o motorista tem só alguns segundos para evitar o pior”, conclui.
Dilser, da Stellantis, acrescenta que o veículo estava com lotação máxima, o que também pode ter colaborado para o acidente. Afinal, se a distribuição de peso a bordo, seja ela de passageiros ou de carga, estiver desequilibrada, a dirigibilidade fica comprometida, especialmente em situações mais extremas.
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