Marca diz que segmento só vai crescer com melhor infraestrutura para recarga e abastecimento
Texto: Marcos Camargo
A Mercedes-Benz vai destinar uma pequena fortuna para ampliar a infraestrutura de pontos de recarga para veículos (e ônibus) elétricos.
A empresa aproveitou a Busworld 2025, maior feira de ônibus do mundo, para anunciar a construção de estações de carregamento pela Europa. A partir de 2026, a Mercedes-Benz vai financiar 40 pontos em um programa-piloto em Colônia, na Alemanha.
Mirko Sgodda, head de vendas da Daimler Buses, admitiu que a ideia é aprimorar a rede de pontos de recarga.
“Todo mundo sabe que a infraestrutura não será construída em um piscar de olhos. É algo que requer tempo e planejamento. Nós queremos formar uma infraestrutura adequada e nessa fase de transição (do diesel para a eletrificação) a meta é entender como isso vai funcionar”.
Sgodda disse que a meta é igualar e posteriormente diminuir o custo de um ônibus elétrico para quem o adquire.
“Nós trabalhamos para que o custo total de operação seja nivelado com o de um ônibus a diesel“.
O discurso foi endossado por Till Oberwörder, CEO da Daimler Buses.
“Nossa intenção é que os clientes possam usar um ônibus elétrico pelo mesmo período do que um ônibus a combustão, mas com menor custo de manutenção”.
Vitor Matsubara / Reprodução
Ônibus elétricos vendem bem na Europa e no Brasil
O executivo comentou que mais de 3 mil unidades do eCitaro foram vendidas na Europa desde 2018.
O modelo ainda não é vendido no Brasil. Porém, a filial brasileira da Mercedes-Benz recentemente atingiu o marco de 400 ônibus elétricos vendidos no país desde o inicio de 2025.
Essas unidades foram entregues foram entregues à empresas de transporte coletivo no estado de São Paulo.
O e500U é o primeiro (e até agora único) modelo vendido pela Mercedes no Brasil.
Vitor Matsubara / Reprodução
Ônibus a hidrogênio depende de infraestrutura para virar realidade
Paralelamente, a Mercedes-Benz dedica tempo e recursos para desenvolver ônibus com célula combustível a hidrogênio. A empresa, inclusive, vende o eCitaro Fuel Cell, que aproveita a tecnologia.
Entretanto, a marca ressaltou que falta uma infraestrutura adequada de pontos de abastecimento.
“Mesmo em 2030 não existe previsão de oferta de infraestrutura de recarga de hidrogênio”, disse Till.
“Seria possível investir em hidrogênio para deslocamentos mais longos, mas é preciso ter infraestrutura e volume para que os investimentos sejam justificados”, concluiu Mirko.
*colaboração de Vitor Matsubara
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