Notícia Realmente precisa disso? Veja 5 equipamentos superestimados

Conforme os carros evoluem tecnologicamente, mais os consumidores exigem em equipamentos. É comum ver em nossas avaliações comentários do tipo “como pode um carro que custa R$ 100 mil vir sem faróis full-LED?” Porém notamos no convívio com os diferentes carros que passam pelo AutoPapo que muitos desses itens são supervalorizados.

Antes que venham com tochas e forcados atrás da equipe, veja a nossa explicação sobre o motivo de acharmos esses itens supervalorizados. Alguns fazem um “vista” no primeiro contato, mas depois acabam sendo pouco usados, enquanto outros são apenas desnecessários em carros mais comuns.

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1. Roda com aro grande e pneu com perfil fino​

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O Fiat Pulse possui um grande vão livre e o TC+ ajuda em trilhas leves, mas as rodas de 17 polegadas com pneus de perfil fino destoam dessas habilidades (Foto: Fiat | Divulgação)

A regra é clara, quanto mais no topo da gama de um veículo, maior é a roda. Talvez a única exceção sejam veículos com versões de apelo fora de estrada que sejam mais cara que outras, como nos Jeep Compass e Renegade Trailhwak e na Ranger FX4. Nesses, casos usam uma roda menor calçadas com pneus de uso misto.

Mas, no geral, o que vemos é o crescimento das rodas junto do preço. Em muitos casos fica até mais bonito, os fabricantes usam desenhos mais simples nas rodas menores para valorizar os modelos de topo. Porém na prática existe um problema: quanto mais fino o pneu, mais sensível ele é com impactos.

Ou seja, o carro “peladão” acaba sendo o mais robusto para passar em buracos e vias irregulares. Um pneu de perfil mais alto também ajuda no conforto, pois ele irá ajudar a suspensão na absorção de impactos.

Os pneus de aro menor também são mais baratos. As rodas grandes com pneus de perfil fino terão vantagem em aderência, mas no limite um pneu mais alto avisa mais cedo que está ficando sem grip.

2. Bancos em “couro”, ou material sintético​

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Um material sintético imitando couro virou o novo padrão de carros topo de linha mas ainda perde em conforto para o tecido e o couro genuíno (Foto: Volkswagen | Divulgação)

Bancos forrados em couro natural são muito confortáveis. Não esquentam no sol ou ficam gelados no frio, possuem um cheiro gostoso e são duráveis. Mas nos nossos carros compactos e médios, salvo algumas exceções, o que muitos chamam de couro na lista de equipamentos não é esse material.

Antes usavam o nome couro sintético, que é errado pois o nome couro só pode ser usado em materiais com origem animal segundo uma lei federal. Hoje, esse material é chamado oficialmente de “revestimento premium” ou “revestimento sintético”, mas em concessionárias é comum ouvir o termo incorreto.

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O banco em veludo passa sensação de conforto sem esquentar como a imitação de couro (Foto: Chevrolet | Divulgação)

Esses materiais sintéticos nada mais são que o vinil, que era item de carro básico no passado. Sob o sol ele esquenta e pode até queimar os ocupantes, já no frio ele fica ainda mais gelado. E mesmo com o ar condicionado ligado em um dia ensolarado, não é raro as costas continuarem suando devido ao material.

Enquanto isso, o tecido, que virou material de carro de entrada, oferece mais conforto térmico e um toque mais agradável. O único porém de um banco em tecido ou veludo é não ser impermeável como o couro e o material sintético, uma preocupação para quem leva crianças no carro. Mas já existem produtos que ajudam nisso.

3. Sensor de chuva​

sensor de chuva

Em teoria o sensor de chuva é bom, na prática nem tanto

Algumas automatizações nos carros são bastante úteis, como o acionamento do farol e dos vidros. Mas uma que nunca funcionou bem é a dos limpadores de para-brisa. Ele utiliza sensores infravermelhos para medir se o vidro está molhado ou não e determinar a intensidade da chuva.

Mas parece que na prática ele nunca entende o que está acontecendo. Pode ser pelo sensor estar em um ponto específico de vidro e, por isso, é preciso molhar aquela parte para ser acionado. Felizmente os carros que trazem isso podem ter o modo automático desligado.

4. Teto solar​

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O teto solar impressiona no primeiro contato, mas o sol desanima (Foto: Chevrolet | Divulgação)

O teto solar é um equipamento bastante popular em países frios da Europa pelo motivo de terem temporadas ensolaradas menores. Os europeus aproveitam para abrir o teto quando existe uma brecha. No Brasil, onde faz calor até durante o inverno, esse equipamento acaba ficando mais tempo fechado que aberto.

O teto solar não deixa de ser bom para dirigir a noite ou em épocas mais amenas, porém, com o sol tropical a pino, sua função vira a mesma de uma air fryer. E mesmo quando fechado ele exige atenção, o teto solar possui drenos para escoar água e esses drenos podem ser entupidos. Além disso a peça exige lubrificação periódica.

5. Disco de freio na traseira​

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O freio a tambor na traseira atende bem em carros leves (Foto: Shutterstock)

Calma, caro leitor, não fomos “comprados” por algum fabricante para defender o tambor de freio na traseira. Você sabia que 80% do esforço de frenagem de um carro vem das rodas dianteiras? Por isso que os carros trazem sempre freios maiores e mais potentes nesse eixo.

Em carros mais leves, o freio a tambor na traseira atende bem justamente por essa exigência menor. Uma vantagem dos discos é a maior dissipação de calor, o que reduz as chances do temido fading em uma descida de serra, por exemplo. Mas se chegar a um nível onde os freios traseiros apresentam o superaquecimento, significa que os dianteiros já foram para o espaço há muito tempo.

O uso de tambores na traseira também não afeta muito na distância de frenagem, pois nessa hora o mais importante é o do eixo dianteiro. Em carros com discos na traseira as pastilhas duram muito mais que as dianteiras, mas geralmente possuem um pequeno tambor no centro que é responsável pelo freio de estacionamento.


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