Compacto chega ao Brasil em 2026 como parte da nova ofensiva da Fiat com 5 produtos inéditos
O Fiat Grande Panda inaugura uma nova etapa da Stellantis no Brasil. Apresentado na Europa como elétrico em 2024, ganhou versão híbrida no início deste ano e, recentemente, passou a contar também com opção a gasolina. A Revista Carro não só viu o Grande Panda ao vivo como já testou o novo modelo na pista de Balocco, no norte da Itália. Nessa pista que tem diversas configurações e foi construída em 1962, são testados os produtos da Stellantis e de outras marcas.
Hatch ou SUV?
Com linhas retas e altura de carroceria mais elevada, o Panda mistura conceitos de hatch compacto e SUV. Bem diferente dos Fiat que temos no Brasil, esse carro não tem parentesco com a plataforma MLA (Argo e Cronos e sua evolução do Pulse/Fastback).
O Panda utiliza a plataforma Smart Car, uma evolução da CMP, e foi projetado para receber diferentes tipos de motorização — elétrico, híbrido ou a combustão. Essa plataforma já existe no 600 Abarth e Hybrid europeus considerando os modelos Fiat.
Dimensões
As medidas confirmam o posicionamento entre os compactos: 3,99 m de comprimento (semelhante ao Fiat Argo), 2,54 m de entre-eixos (mesma medida do Citroën C3), 1,76 m de largura e 1,58 m de altura. O porta-malas varia conforme a versão: 361 litros no elétrico e 412 litros nas versões híbrida e a combustão.
Interior e acabamento
O ambiente interno aposta em simplicidade com toques sustentáveis. Há grande uso de tecido feito com fibras naturais combinado a plásticos de acabamento rígido.
Motorização híbrida
Na Itália, dirigimos a configuração mais vendida, equipada com o motor 1.2 T-Gen3 turbo de três cilindros (evolução do PureTech) combinado a um sistema híbrido de 48V. O conjunto entrega 110 cv de potência e 20,5 kgfm de torque, administrados por uma transmissão automatizada de dupla embreagem e seis marchas (e-DCT).
O sistema elétrico é mais robusto que os híbridos leves de 12V oferecidos em carros como Pulse e Fastback, e por isso o motor a combustão só entra em ação em rotações mais altas, garantindo rodar mais suave e silencioso.
Impressões ao volante
Durante o teste em Balocco, o Panda mostrou bom equilíbrio entre conforto e dirigibilidade. A direção elétrica tem peso adequado e oferece ajustes nos modos de condução. A suspensão elevada naturalmente provoca maior inclinação em curvas, mas foi bem calibrada, transmitindo segurança e isolamento acústico eficiente.
O câmbio de dupla embreagem surpreende pela suavidade, com reduções discretas que não travam o giro do motor. O desempenho é suficiente para o dia a dia, com velocidade máxima de 160 km/h.
Consumo
Ainda não há números oficiais para o Brasil, mas na Europa o Panda híbrido de 48V registra até 25 km/l em uso urbano. No mercado brasileiro, a presença de etanol na mistura de combustível deve reduzir essa média.
Equipamentos
O Panda europeu traz pacotes de tecnologia que chamam atenção em um carro de entrada: controle de cruzeiro adaptativo, alerta de ponto cego, frenagem autônoma de emergência, multimídia conectada e até freio a disco traseiro — recurso inédito entre os Fiat compactos.
O futuro da linha
O Panda será lançado no Brasil em 2026 e abre caminho para outros quatro novos modelos da Fiat até 2030, incluindo uma inédita picape compacta.
Ficha técnica – Fiat Grande Panda Híbrido 48V (Itália)
•Comprimento: 3,99 m•Largura: 1,76 m
•Altura: 1,58 m
•Entre-eixos: 2,54 m
•Motor a combustão: 1.2 T-Gen3, 3 cilindros, turbo, injeção direta, 100 cv
•Motor elétrico: sistema híbrido leve 48V, 28 cv
•Potência combinada: 110 cv
•Torque combinado: 20,5 kgfm
•Câmbio: e-DCT, dupla embreagem, 6 marchas
•Velocidade máxima: 160 km/h
•Consumo médio (Europa): até 25 km/l
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